GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Delegado afirma que zona de prostituição deve ser fechada em São Sebastião

O delegado seccional Múcio Alvarenga, e presidente do Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, declarou que o grande objetivo do Comitê, na região, é o de conscientizar as pessoas em relação à prostituição e evitar que o tráfico se concretize. De acordo com o delegado, meninos e meninas, ainda no início da adolescência são os principais alvos desses traficantes de pessoas. Ele alertou, também, sobre os perigos em acreditar nas promessas de alguns agentes que garantem transformar crianças em grandes modelos de sucesso na Espanha, ou então na elaboração de books fotográficos. “Existem diversas situações pesadas que o Comitê enfrenta e discute, apesar de o Litoral Norte não possuir nenhum registro oficial de tráfico de pessoas, nossa luta é conscientizar o público, principalmente de São Sebastião, por ser uma cidade portuária, sobre os malefícios da prostituição”.
Alvarenga afirmou que é uma vergonha para o município de São Sebastião possuir, até os dias de hoje, uma zona de prostituição. “Aquela Rua da Lama é uma vergonha. A prefeitura já devia tê-la fechado. Isto é um problema cultural da cidade que precisa ser solucionado pelas autoridades. Qualquer um que passar naquela rua vai perceber, que a grande maioria que se prostitui são muito jovens. Precisamos mudar os valores. Apesar de que é difícil discutir sobre isso, porque se formos a fundo nessa história nos depararemos com uma situação bem desagradável, pois no passado, quem criou essa Rua da Lama foi um ex-prefeito. Antigamente a rua era afastada do Centro, mas claramente, com o crescimento do município, o Centro já chegou à zona de prostituição. A mentalidade das pessoas precisam ser mudada urgentemente”.
O delegado contou ainda que a relevância das reuniões do Comitê pode ser observada, pelo fato de o Brasil ser o maior exportador de crianças e mulheres para prostituição nas Américas. Além de servir como país de trânsito para as aliciadas nas nações latino-americanas e caminho para a Europa, Ásia e Estados Unidos. “Existem diversos tipos de prostituição, de trabalho, onde em sua maioria, bolivianos e atualmente paraguaios, tornam-se vítimas de empresários do ramo de confecção de roupas, que vivem encarcerados, em regime de servidão. Na região Nordeste do País encontramos a problemática da prostituição de órgãos, pois somos os maiores exportadores de rins no mercado negro. E aqui na nossa região, lutaremos contra a prostituição, que é oriunda da zona portuária. Com a ampliação do porto e duplicação da Tamoios precisaremos ficar bem atentos para que São Sebastião não enfrente problemas ainda maiores”.

Ações

O Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Litoral Norte, criado em 2010, vai realizar sua reunião mensal no próximo dia 17, às 14h, na prefeitura de Ilhabela. Também na reunião, haverá a primeira hora de estudos e debates sobre a temática com representante da secretaria de Justiça do Estado, e uma caminhada para divulgação do projeto.
O comitê teve sua primeira ação no Carnaval 2011, em São Sebastião, quando distribuiu centenas de ventarolas informativas sobre o tráfico de pessoas. A ação foi realizada em parceria com a prefeitura, por meio da secretaria de Cultura e Turismo (Sectur) e recebeu apoio da secretaria do Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.
Em Ubatuba, aconteceu no dia 15 de junho, uma panfletagem no centro comercial da cidade. A ação teve o objetivo conscientizar a população. Os integrantes do Comitê saíram às ruas e distribuíram à população panfletos que explicavam como funciona o tráfico de pessoas, as principais formas de atuação dos traficantes e como os cidadãos podem denunciar casos suspeitos. A ação foi coordenada pelo Núcleo da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo. O Comitê Regional do Litoral Norte é composto por representantes de órgãos públicos e de organizações não-governamentais das cidades de São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela.
Em Caraguatatuba, no dia 20 de julho, também foi realizado um encontro de conscientização. Durante o evento, representantes da Diretoria de Ensino, prefeitura, e Delegacia da Mulher estiveram presentes. Após a formação da equipe, o município receberá, em setembro, um curso de capacitação voltado aos educadores e agentes sociais do comitê, para que possam ser trabalhados diversos temas como, por exemplo, as formas de denunciar o tráfico e desaparecimento de pessoas.
De acordo com Ludmila Sadokoff, suplente da Diretoria de Ensino no Comitê, a ideia é que, em seguida, seja realizada a prevenção nas escolas e com as famílias para que os índices de desaparecimento e tráfico de pessoas sejam minimizados.

Esgoto no mar e violência nas escolas são temas de reunião sobre segurança em Juquehy

Na última semana, o prolongamento da rede de esgoto em Juquehy foi abordado durante reunião mensal do Conseg (Conselho de Segurança) da Costa Sul de São Sebastião.
O encontro aconteceu na Emei “Branca de Neve”, no referido bairro e contou com a presença do secretário das Administrações Regionais (Seadre), Carlos Roberto Berringer Favery; do comandante da GCM (Guarda Civil Municipal), Edson Rosalvo da Silva e de agentes da Ditraf (Divisão de Tráfego) e da Defesa Civil.
A reunião também teve a participação de autoridades das Polícias Civil, Militar e Ambiental; do agente da Sabesp, José Veríssimo dos Santos; da conselheira Tutelar, Elena Komino; dos educadores responsáveis pelas escolas estaduais de Juquehy, Boiçucanga e Maresias; além de representantes das associações amigos de bairro e comunidade em geral.

Saneamento

Com relação à rede de esgoto, a questão foi levantada pelo presidente da Samju (Associação Comunitária Amigos do Juquehy), Aloysio Camargo Filho.
Segundo ele, a praia “está voltando a ficar poluída” e com cheiro de esgoto no rio que fica no canto norte em função da capacidade da rede ser insuficiente ou pelo fato das pessoas despejarem os efluentes diretamente no curso d’água, por falta de sistema de coleta na rua de suas casas. “A rede não expandiu para determinadas áreas do bairro. Qual o plano da Sabesp para Juquehy?”, indagou Camargo Filho.
De acordo com José Veríssimo, o problema pode ser de ligações factíveis. Ou seja, de moradores que não ligaram o esgoto ao sistema existente. “Isso é um trabalho de parceria. Quanto ao prolongamento, é uma questão de estudo para desenvolver um projeto e a população solicitar a melhoria”, salientou.
No próximo dia 25, ele entregará para a Samju uma planta da rede existente em Juquehy.
O secretário Carlos Roberto orientou a entidade e moradores a denunciar o fato à Semam (Secretaria de Meio Ambiente) para que os proprietários das casas onde esteja ocorrendo tal situação façam o devido tratamento. “Eles precisam ter fossa séptica”, frisou.
Várias outras questões relacionadas à Sabesp foram igualmente debatidas no encontro.

Plano 20

Durante a reunião, houve, ainda, reclamações sobre a quantidade de podas e diversos objetos jogados nas vias públicas. O representante da Seadre disse que o problema poderá ser amenizado com a realização do Plano 20, desenvolvido recentemente em Maresias, também na região Sul da cidade.
A iniciativa envolve muitos funcionários, os quais realizam uma mega operação de limpeza e manutenção por todo o bairro. Segundo Favery, o projeto é experimental e visa fazer uma varredura com a condição de que, caso o resultado seja satisfatório, o serviço continue de 20 em 20 dias.
Ele também solicitou aos presentes denunciarem tal infração à Semam, para que os fiscais notifiquem e, consequentemente, apliquem multa em caso de desobediência. Na ocasião, o secretário informou que, brevemente, a Seadre terá o telefone 0800 exclusivo para o atendimento de tais ocorrências.

Escolas

Outro assunto bastante discutido na reunião foi a situação enfrentada pela direção das escolas estaduais. O delegado seccional Múcio Mattos de Alvarenga salientou a necessidade de começar uma aproximação entre a polícia, o Conseg, o Conselho Tutelar e a direção das unidades escolares. “É importante ter esse contato porque é uma ação multidisciplinar”, enfatizou. Uma das reclamações apresentadas é a invasão de pessoas estranhas no interior das escolas.
A ronda escolar, a iluminação pública nas imediações dos prédios, a presença de “desocupados” em frente às instituições de ensino, o uso de entorpecentes, entre outras situações prejudiciais aos alunos e funcionários, também foram comentadas pelos participantes no encontro.
De acordo com Mattos, a Secretaria Estadual de Educação vai formatar o projeto para iniciar na região. Um encontro deve ocorrer nesta semana, em Boiçucanga, entre direção das escolas e a polícia Civil e Militar para tratar da questão. “Os diretores vão levar suas experiências e a polícia vai mostrar os seus meios e limitações para tentar melhorar os problemas nas escolas, que é a origem de tudo”, falou o delegado do 2º DP, Bruno Rodrigues.
A conselheira tutelar, Elena Komino, disse que o aluno causador de “conflitos” está sujeito a perder seus direitos. Os casos problemáticos, segundo ela, também podem ser denunciados à GCM pelo telefone 153. “Uma viatura chegará para dar apoio”, garantiu. O tenente PM Samir fez questão de ressaltar que a ronda escolar é um braço da rede de segurança implementada em toda a região. “Havendo necessidade, outras viaturas estão disponíveis para atender a ocorrência”, afirmou.
Temas como perturbação do sossego público, fechamento do 4º DP em Juquehy, implantação da Guarda Mirim na Costa Sul, pavimentação de ruas, dados estatísticos das polícias, entre outros, também foram debatidos no encontro. A próxima reunião será realizada em Boiçucanga.

Novos servidores recebem palestra motivacional de ética no serviço público

Para receber novos servidores públicos, o Governo Municipal realizou três palestras de capacitação na sexta-feira, no auditório do Centro Universitário Módulo. Uma delas em especial, sobre motivação, promovida pela Profª Drª Emília Cipriano Sanches, chamou à atenção dos presentes.
Conhecida no meio educacional, Emília Cipriano, que é coordenadora do Instituto Aprender a Ser, abordou o tema: “Servidor Público: ser ético de relações sociais comprometido com o respeito à identidade humana”.
Durante a palestra, a professora abordou a importância do bom atendimento, valorização do funcionário, cotidiano de trabalho, respeito no ambiente de serviço e as iniciativas voltadas para a motivação dos trabalhadores.
Em Caraguá, o Instituto Aprender a Ser presta assessoria para a secretaria municipal de Educação com cursos de formação pedagógica, seminários e palestras para professores, diretores e coordenadores da rede de ensino do município. Outras 24 instituições, entre prefeituras e entidades ligadas ao ensino, são assessoradas pelo grupo. Os encontros dos profissionais de Caraguá com a professora Emília Cipriano são mensais. A expectativa da secretaria de Educação é que a cidade possa oferecer cada vez mais uma educação com qualidade.
Durante a tarde, os novos funcionários também assistiram às seguintes palestras: “Estatuto dos Servidores Público”, com a procuradora municipal Márcia Paiva; e “Perspectiva de crescimento para a cidade de Caraguá nos próximos anos”, com o professor mestre Marcello Alves.

Currículo

Emília Cipriano Sanches é Doutora em Educação – PUC/SP, Mestre em Psicologia da Educação – PUC/SP; Especialista em Desenho e Gerência de Políticas Públicas e Programas Sociais INDES – Instituto Interamericano para o Desenvolvimento Social e BID – Banco Interamericano para o Desenvolvimento; além pedagoga, assistente social e professora universitária.
Área de atuação - Consultoria e assessoria educacional; palestrante para congressos, seminários, encontro de educadores e cursos de formação continuada; planejamento; além de formação de gestores, educadores de educação infantil e séries iniciais

Ciclone e ressaca deixam a região em alerta

Ontem, um forte nevoeiro fechou parte do Canal de São Sebastião; onda de mais de 2,5 metros são esperadas para amanhã no Litoral Norte

Um forte nevoeiro cobriu ontem parte do Canal de São Sebastião e de Ilhabela. Um forte vento, de mais de 48 quilômetros por hora, no início da tarde provocou a paralisação da travessia de balsa entre o continente e o arquipélago.
De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) o retorno da massa de ar frio estava previsto para retornar ontem, junto com chuva, assim como o tempo deve ficar fechado hoje.
O deslocamento de uma frente fria do sul em direção ao sudeste, segundo a meteorologista Mônica Lima, deve deixar a água agitada a partir de hoje com a previsão de formação de ciclone em alto mar.
“Essa mudança de tempo deve trazer chuva forte para o Litoral Norte já amanhã (hoje), deixando a região em estado de atenção”, alerta a meteorologista. Ela acrescenta ainda que nos próximos dias uma pista de vento sudeste persistente deve deixar o mar mais agitado não descartando a chegada de ressaca às da região.
Ontem, das 14h20 às 14h38, foi necessário interromper a travessia da balsa entre São Sebastião e Ilhabela porque a velocidade do vento chegou a 26 nós, o equivalente a 48,1Km/h.
Segundo boletim emitido ontem pelo Cptec, navegação entre a costa do Rio Grande do Sul (RS) e Espírito Santo (ES) deve continuar em situação de ‘Alerta’. A agitação marítima continuará se propagando para o norte, ao largo da costa brasileira.
Ainda de acordo com o órgão, agitação marítima foi observada ontem na costa do RS, Santa Catarina (SC), Litoral Norte de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e ES com ondas que se propagavam quase paralelamente à costa (de sudoeste) com alturas acima de 1,5 metro. Em oceano aberto, as ondas chegariam a de 2,5 metros, segundo o modelo de previsão de ondas.
O ciclone poderá atuar no Atlântico, a leste da Região Sudeste e novas pistas com ventos de sudeste acima de 12 metros por segundo irão se formar próximas da costa do Paraná (PR), SP e RJ. A agitação marítima deverá se estender entre a costa do RS e RJ, onde poderão chegar ondas de sudeste com alturas acima de 2,5 metros. Ondas com alturas acima de 3 metros também poderão ser observadas em oceano aberto na altura da costa Sul e Sudeste do Brasil. (M.C)

Dados do Aeroporto de Ubatuba contradizem fala da Petrobras em audiência do Pré-Sal

Foi realizada na última terça-feira, em Ilhabela, audiência pública sobre o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) dos Projetos Integrados de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos, encaminhados para licenciamento junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Durante os questionamentos sobre os impactos dos empreendimentos, a utilização do aeroporto Gastão Madeira, em Ubatuba, foi alvo de perguntas feitas aos representantes da Petrobras.
Na ocasião, o gerente setorial de Meio Ambiente da Unidade Operacional da Bacia de Santos (UOBS), Marcos Vinicius de Mello disse que “nem a Petrobras, nem nenhuma prestadora de serviços (ligada à obra do Pré-Sal) utiliza o aeroporto de Ubatuba para pousos e decolagens”. No entanto, a afirmação do representante da Petrobras não condiz com a realidade passada e atual do aeroporto ubatubense Gastão Madeira. Hoje mesmo, a administração do local tem previsão de pouso e decolagem de uma aeronave da empresa Líder, especializada no transporte para plataformas.
E, segundo a gestora do aeroporto, Cleonice da Silva Andrade esta não foi a primeira e não deve ser a última viagem do tipo. “A utilização de aeronaves para esta questão de petróleo e gás caiu bastante do ano passado para cá, no entanto, ainda existe movimento do setor sim”, revela Cleonice, acrescentando que, se agora o movimento é baixo, no passado recente, o aeroporto foi fundamental para a expansão do Pré-Sal.
“Em 2008 e 2009 era muito constante a utilização do aeroporto. Foram dezenas de vôos e decolagens, não tenho o número preciso, mas era bem usado pela Petrobras e terceirizadas. Entretanto, de 2010 pra cá, eles preferiram centralizar tudo em Itanhaém e o movimento teve queda significativa”, completa a gestora do Aeroporto ubatubense Gastão Madeira, apresentando uma realidade diferente da sugerida pelo representante da Petrobras durante a audiência pública do Pré-Sal em Ilhabela.

Petrobras

A reportagem entrou em contato com o gerente setorial de Meio Ambiente da Unidade Operacional da Bacia de Santos (UOBS), Marcos Vinicius de Mello, e o questionou sobre afirmação de que o aeroporto de Ubatuba não era utilizado pela Petrobras ou terceirizadas. Ele minimizou o efeito da frase e tentou expor melhor seus argumentos.
“O que tentei dizer é que a Petrobras escolhe aeroportos que servirão de forma efetiva às operações de exploração de petróleo e gás. Serão locais que servirão rotineiramente à empresa, como Itanhaém. Mas isso não significa que não iremos trabalhar com aeroportos adjacentes, como Ubatuba. Se temos 100 voos em um efetivo, pode acontecer de termos 1 em um adjacente”, justificou Marcos Vinicius de Mello, ratificando que o aeroporto Gastão Madeira não faz parte do planejamento efetivo da Petrobras de expansão do Pré-Sal. Ele ainda acrescentou que não vê motivos para qualquer estudo no sentido de compensação para a cidade, em função do aeroporto.
“Não vejo necessidade (de compensação), até porque entendemos que esse movimento esporádico é um benéfico para a cidade, gerador de emprego e renda”, disse o gerente setorial de Meio Ambiente da Unidade Operacional da Bacia de Santos (UOBS), Marcos Vinicius de Mello. Ele ainda explicou que o movimento intenso, relatado pela gestão do aeroporto nos anos de 2008 e 2009, faz referência a fase mais aguda da construção da UTGCA, em Caraguatatuba, obra já em fase de conclusão.

Fundaci abre inscrições para concurso público com 11 vagas

A Fundaci (Fundação Arte e Cultura de Ilhabela) realizará o Concurso Público para o provimento de 11 vagas, cujos salários vão de R$ 689,33 a R$ 2.197,00. Os candidatos aprovados em todas as fases do concurso e convocados para nomeação serão contratados sob regime Estatutário.
O prazo de validade do concurso será de dois anos, contados a partir da data da homologação do resultado final, podendo a critério da Fundaci ser prorrogado uma vez por mais dois anos.
Três vagas são para auxiliar administrativo, quatro para auxiliar de serviços gerais, uma vaga para contador e três vagas para mantenedor de equipamentos e instalações.
As inscrições serão realizadas entre dia 10 e 23 de agosto, das 10h às 16h, durante os dias úteis, em dois locais: na Fundaci - Fundação Arte e Cultura de Ilhabela, na Rua Dr. Carvalho, n°80, Vila, e no Centro Educacional e Cultural Prefeito Roberto Fazzini , na Av. Riachuelo, 1929, Praia Grande - Ilhabela – SP.
O edital completo está disponível na página da Prefeitura de Ilhabela na internet: www.ilhabela.sp.gov.br.

Vereadores votam hoje, pela segunda vez, o projeto Ficha Limpa Municipal

Vereadores ilhéus vão votar hoje, pela segunda vez, o projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) que quer implantar na cidade a Ficha Limpa Municipal. A propositura criada pelo parlamentar Erick Pinna (PR), pretende proibir a nomeação de pessoas com impedimentos judiciais para atuar em cargos de alto escalão do município, cargos comissionados, como os de secretários, diretores e assessores.
O projeto foi apresentado em maio para os trâmites na Casa de Leis, depois de lido, foi encaminhado às comissões. No dia 28 de junho, foi colocado na pauta para votação, pela primeira vez. Momento este em que a vereadora Nanci Zanato (PPS) pediu vistas à propositura. O Ficha Limpa só voltou à pauta da Câmara, para votação, no último dia 2, depois do recesso legislativo de julho. Na última terça-feira, o projeto foi aprovado por unanimidade entre os vereadores. Contudo, por se tratar de uma emenda à LOM, o projeto precisa passar por duas discussões e duas votações para poder alterar a lei.

“2ª Conferência Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.”


A homofobia e a diversidade sexual do brasileiro à O Brasil precisa acabar com a discriminação sexual, afirmou a ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, nesta terça-feira (9). A declaração foi dada no lançamento da 2ª Conferência Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), evento que ela classificou com um espaço de participação dos grupos LGBT no diálogo com o governo federal.
"Queremos que o governo ajude a lutar contra a homofobia. Cada ser humano é de um jeito e nosso país tem diversidade, lutamos para que o Brasil reconheça e aceite a diversidade no âmbito da sexualidade", disse a ministra.
A conferência será realizada de 15 a 18 de dezembro, em Brasília, com o tema "Por um País Livre da Pobreza e da Discriminação: Promovendo a Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais”.
Segundo Maria do Rosário, a segunda conferência fecha um ciclo que está sendo realizado pela militância brasileira. "Devemos ressaltar que, assim como a 1ª Conferência, realizada no governo Lula, essa segunda acarretará uma maior união entre o governo e a sociedade LGBT para agir em favor da diversidade sexual", concluiu. Com informações da Agência Brasil.

Pedindo ajuda para um trabalho evangelização.

Famílias atendidas no Parque Prazeres
Pregando a Palavra de Deus nas residências.

Famílias participam do culto no lar.

Apoiando as pessoas que precisam se libertar dos vícios.
Visitando os doentes acamados impossibilitados de ir a igreja.
Olá! Estamos realizando um trabalho de apoio as famílias. São os Cultos nos lares.Estamos atendendo pessoas que estão debilitadas, desanimadas e outras cansadas de doutrinas e imposições que nada tem a ver com a mensagem de Cristo.

Como não temos patrocinadores e a demanda tem crescido. Então para ajudar essa obra estou oferecendo meu livro: “A Vida Sexual do Cristão Contemporâneo” de presente para quem puder contribuir com uma ajuda de 5 reais, ou, de acordo com sua possibilidade. 

O livro será enviado para seu e-mail. Para ajudar essa obra – Basta depositar sua doação. Banco do Brasil - Agência: 0005-1 -Conta corrente: 75359-9.


“Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas.

Deus abençoe!
Desde já agradecemos seu apoio.
Grupo - Família a Serviço de Cristo.
Pastor Washington Luiz.

“Homossexualismo”: Aceitação e transformação de valores morais.


Ponto de vista àEis um assunto extremamente polêmico, antigo e difícil de aceitar. Mas não podemos negar, pois está presente dentro das igrejas. É preciso entender que o Senhor Jesus nunca ensinou que seus seguidores devem ser preconceituosos. Ao contrário nosso Senhor perdoou uma prostituta condenada à morte. Primeiramente, Ele ama o pecador, mas não o pecado.
  
Vejamos,  de repente,  o amigo ou amiga leitora até o momento é homossexual ou lésbica. Isso não o diferencia humanamente falando dos demais, ou significa que deve ser excluído da igreja. Creio que a libertação é um processo e se não fosse assim, também não estaria escrito “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...”

Esse conhecimento é suficiente para a libertação. Através do entendimento, consegue-se ficar livre das algemas do pecado, pois esse é o pior inimigo do homem. Sua prática quase sempre coaduna-se com a vontade da carne. O pecado é justamente a semente de que o diabo tem se aproveitado. Essa semente verdadeiramente é como um joio que cresce no meio do trigo, mas no tempo certo é arrancado.  

É bem verdade que uma boa parcela da sociedade já nao vê o homossexualismo como antes, ou seja, há uma suposta aceitação. Suposta por quê? Gostaria de dar enfase a essa palavra, visto que sinceramente não acredito que nenhum pai ou mãe, em seu íntimo, fique satisfeito ao conhecer o namorado, futuro marido de seu filho, ou a namorada, futura esposa de sua filha. Dá para aceitar isso sorrindo? Não, com certeza que não. Até mesmo o próprio casal homosessual não alimenta o desejo de criar filhos gays, ou lésbicas.

Mas nem tudo está perdido. Ainda existe uma saída, afinal Deus não tem prazer na morte do pecador. Mas não podemos deixar de alertar que: “os covardes e incrédulos, os abomináveis e homicidas, os fornicadores e feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte.” Apocalipse 21:8

Enquanto há vida, há salvação. Nosso objetivo não é um aprofundamento no tema da homossexualidade, pois entendemos que ele é bem complexo e seria necessário um livro. Mas, como pedimos direção ao Senhor Jesus, e  estamos buscando a inspiração do Espírito Santo, demos uma pincelada no assunto.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O método Sandy


A vida inteira desconfiei de que tinha gato na tuba. De que esse negócio de autoestima é invenção de americano para vender livro de autoajuda. Agora vem uma psicóloga lá do Texas e escreve um livro de - adivinhe?- autoajuda para nos dizer que autoestima é um demônio capitalista comparável a dirigir com as partes expostas, como fez o jovem encontrado enrolando a língua dentro de um Camaro amassado em São Bernardo.

Kristin Neff, autora de "Self-Compassion", foi entrevistada pelo
Equilíbrio, da Folha, e explicou que o narcisismo se tornou uma epidemia: "Para manter a autoestima em alta, precisamos nos sentir melhor do que somos e achar que os outros são piores do que são", diz. "Numa sociedade competitiva, crianças têm sido educadas com a ideia de que devem sempre se sentir especiais e ganhar prêmios."

Eu me amo e me odeio, me amo e me odeio... Essa gangorra emocional não pode dar certo. Onde eu me encaixo em uma sociedade que já não fala mais nem sequer em "segmentação"?


Vivemos a era da "customização". O mercado globalizado do luxo é um Bin Laden que opera debaixo de nossas fuças, sabotando todo mundo e nos fazendo crer que somos especiais quando todos podem ver que até os plantadores de ópio do Afeganistão agora possuem bolsas Louis Vuitton. Não basta mais ser hippie, punk ou Hell's Angels para ser único.


Agora eu tenho de ter algo a mais. E dá-lhe exclusividade e bacanice. Autoestima em alta eu reconheço à distância. Identificamos a falação no meio da aula da Casa do Saber, lugar frequentado para adquirir cultura porque, afinal de contas, modelos de bolsas já temos todos. Quando dona madame interrompe o Wisnik com a mesma tranquilidade com que cortaria a fala da camareira de casa é porque estamos com a autoestima em turbo. E tome viagem para a Índia ciceroneada pelo Deepak Chopra. Pensa que a subida do Everest está atulhada de lixo por quê? É a montanha pagando os pecados da nossa vulgaridade.


A mim sempre disseram: "Barbara, você deveria aprender a se gostar mais". E, a cada vez, cuspi de volta: "Puxa, mas justo agora que eu estava pensando em ir até dezembro sem tomar banho, escovar os dentes ou cortar as unhas dos pés?".


No meu tempo, um a cada três conviviva muito mal com o nariz; três a cada duas achavam que tinham cabelo ruim e cerca de 90% sofriam de inadequação com o seu pênis.


Hoje não. Tem lavadora e secadora numa máquina só e sobra tempo para pensar na vida. E o pessoal acaba elevando o problema da autoestima a patamares complexos. Pesquisas mostram que todo mundo se acha mais engraçado, mais coerente, mais confiável e melhor motorista do que o resto do mundo. E como fica na hora de renovar a autoestima? Ansiolíticos? Ou será que a Sandy, com suas infinitas sabedoria e versatilidade, não terá encontrado o caminho?


Isso mesmo, a Sandy. Tão pura, casada com aquele menino polido que conheci na sala de maquiagem da Band. Não posso crer que esteja querendo me manipular. Se ela diz que gosta de determinada prática, eu também gosto. Muito melhor fazer exercício do que ficar correndo atrás do impossível, né não? Pronto, resolvi. Vou aderir à técnica de relaxamento da Sandy. Vem comigo?

O paradoxo de Amy Winehouse


Você prefere imaginar sua filha errando para sempre num shopping ou perdida numa balada perigosa? 
 
Stéphanie, minha enteada, tem 11 anos: ainda é menina, mas é já moça. Assim que foi informada da morte de Amy Winehouse, ela veio até minha escrivaninha e, simulando o choro inconsolável de um nenê, perguntou: "Você está sabendo que morreu minha cantora preferida?".

Justamente por ela simular o choro e se esforçar para ser engraçada, pensei que devia estar sofrendo muito. A coisa se confirmou no meio da noite, quando Stéphanie acordou, e, para que reencontrasse o sono, foi preciso que alguém conversasse com ela sobre a vida e a morte de Amy.


Teria gostado de poder oferecer a Stéphanie uma boa explicação pela dureza da vida e da morte de sua cantora preferida -por exemplo, dizer que Amy teve uma infância muito triste, que nada em sua vida adulta pôde compensar; ou, então, que ela teve sorte na vida profissional, mas não no amor, e se perdeu nas drogas e no álcool por desesperos sentimentais. Mas o que sei da infância e dos amores de Amy é só fofoca.


Sem mentir nem inventar, melhor deixar Stéphanie lidar com este enigma: alguém pode ter um extraordinário talento, gostar de exercê-lo, alcançar sucesso e reconhecimento, amar e ser amado por um ou mais parceiros e, mesmo assim, esbarrar num vazio que nada consegue preencher.

Stéphanie também tinha lido sobre a maldição dos 27 anos, que, antes de Amy, teria pego Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison, Kurt Cobain etc. Como é normal na sua idade, ela parecia sensível à "glória" de morrer jovem (ou talvez de não viver até se tornar tão chato quanto os adultos).

Foi fácil desvalorizar a morte precoce mostrando que ela é, justamente, um ideal muito antigo: o rock apenas retomou o lugar comum romântico do poeta que vive tão intensamente que, como Ícaro, queima suas asas e cai antes da hora, em pleno voo. Em suma, eu não tenho nada contra viver intensamente; ao contrário, artista ou não, acho que a gente deve viver da maneira mais intensa que der. Mas resta o seguinte: a ideia de que viver intensamente consistiria, por exemplo, em encher a cara de absinto ou ópio é velha de 200 anos.


Agora, há uma coisa que pensei e que não disse a Stéphanie: no fundo, para mim, a história de Amy tem um valor pedagógico, não só (obviamente) como exemplo dissuasivo ("Olhe o que pode lhe acontecer se você beber ou se drogar"), mas também como exemplo "positivo".


Como assim, positivo???


Concordo, a morte de Amy é um horror e uma estupidez, mas também lembra que viver é uma coisa séria, com apostas e riscos sérios, a começar pelo risco de perder a própria vida antes da hora. Você dirá: "Alguém duvida disso?". Pois é, constato que há um monte de gente tentando convencer nossas crianças de que a vida é feita de gritinhos, compras e namoricos que só servem para trocar trivialidades online com amigos e amigas.


Até a morte de Amy, eu pensava que o cantor preferido de Stéphanie fosse Justin Bieber. Ora, é possível que Bieber seja uma espécie de Dorian Gray (uma cara de porcelana que esconde dramas e anseios humanos), mas o fato é que ele promove uma imagem de bom moço num mundo intoleravelmente cor-de-rosa.


"E daí?", dirão alguns pais, "não seria esse o adolescente ideal com quem deveríamos gostar que nossas filhas saíssem, em sua primeira ida ao cinema sozinhas com um garoto?". E acrescentarão: "Você quer o quê, que sua enteada seja parecida com Justin Bieber ou com Amy Winehouse?".


Claro, é um golpe baixo: ninguém quer que sua filha acabe como Amy. Mas devolvo a pergunta: será que Justin Bieber é mesmo melhor? Stéphanie será mais protegida se ela permanecer numa pré-adolescência à la fã de Justin Bieber. Mas protegida de quê, se não da própria vida? Entre imaginá-la errando para sempre num corredor de shopping e imaginá-la numa balada que pode acabar na sarjeta à la Amy, a escolha não é fácil. E, na comparação, Amy passa a simbolizar minha esperança (e meu receio, indissociavelmente) de que Stéphanie cresça e se torne mulher, com desejos próprios, fortes.

É o paradoxo de Amy: o que você prefere, uma filha que se perca tragicamente nos excessos do desejo ou uma filha que chegue à vida adulta sem ter conhecido outros desejos do que os que surgem nas conversas sobre marcas de mochilas e sapatos?

ENTREVISTA inedita de Ezekiel Emanuel

 Gabriela Carelli

Entre a vida e a morte

O chefe do setor de bioética do governo americano diz que nenhum sistema público do mundo consegue atender em igualdade de condições todas as pessoas necessitadas

O médico Ezekiel Emanuel, 54 anos, é diretor de bioética dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). Com dois diplomas de Harvard (medicina e filosofia política), universidade da qual foi também professor, foi assessor de dois presidentes (Bill Climon e Barack Obama) e escreveu nove livros sobre os dilemas morais da medicina. Fora do ambiente acadêmico, contudo, tornou-se mais conhecido pelo apelido maldoso de “Dr. Morte”, cunhado por uma colunista de jornal que o acusava de estar, no fundo, pregando a negação de tratamento pelo sistema de saúde pública a velhos e doentes terminais. Filho de um imigrante israelense, ele é irmão de Rahm Emanuel, prefeito de Chicago e ex-chefe de gabinete de Obama. Em São Paulo, onde esteve na semana passada para uma conferência médica, Ezekiel Emanuel concedeu entrevista à VEJA.

VEJA: O senhor tentou realmente instituir no serviço de saúde americano uma comissão para decidir sobre a eutanásia de pacientes idosos e pobres?
Ezekiel: Durante meu mandato como conselheiro do presidente Barack Obama, escrevi um artigo para a revista científica The Lancer que discorria sobre quais pacientes deveriam ser privilegiados pelo sistema de saúde em situações de falta aguda de recursos. Referia-me a situações extremas, como a vacinação em casos de pandemia, quando faltam vacinas para todos e é preciso decidir quem será ou não imunizado. Nessas condições, a recomendação do governo dos EUA e de outros países é que se favoreçam os mais jovens. O mesmo acontece quando você tem apenas um fígado para transplante, mas três pacientes precisam do órgão com urgência, outro caso mencionado no meu texto. Quem será o beneficiado? Uma criança de 2 anos, um jovem de 20 ou um idoso de 70? Qualquer pesquisa de opinião, em qualquer lugar do planeta, vai mostrar que 70% da população, seja americana, seja brasileira, decidirá pelo jovem de 20 anos. É eticamente defensável. Nesse caso, a maioria do público concorda comigo. A filosofia também. Não estou nem um pouco constrangido por ter escrito isso. Na medicina, muitas vezes é preciso fazer escolhas difíceis. Isso acontece com muito mais frequência do que as pessoas imaginam ou querem crer.

O senhor está dizendo que o sistema de saúde escolhe quem vai viver, quem vai morrer?
Isso ocorre nos países mais pobres, sem infraestrutura. Nos Estados Unidos, esse tipo de situação não existe no dia a dia da medicina, Só temes racionamento em situações-limite. Não há como negar que, em relação ao transplante de fígado, há, sim, um problema a ser resolvido. No passado, a preocupação era o número limitado de máquinas de diálise. Chegou a ser formado um “Comitê de Deus”, composto de médicos que decidiam quem seria tratado. Isso não existe mais. No restante da saúde americana, não há racionamento. Hoje, o gasto do sistema de saúde por pessoa nos Estados Unidos, em relação ao PIB per capita, é um dos maiores do mundo. É uma vantagem e tanto. Não temos de decidir para onde vão as verbas. Talvez os médicos brasileiros tenham de tomar decisões difíceis com mais frequência, infelizmente. Quando os hospitais públicos não dispõem de vagas suficientes nas UTIs para atender a população, é preciso decidir quem ocupará o leito da forma mais ética e moral possível.

Como é possível decidir que uma vida humana tem mais valor que outra?
Existe, sim, um princípio ético de igualdade segundo o qual todas as vidas humanas têm o mesmo valor e merecem o mesmo tratamento. Concordo com isso. O problema é que não há somente um princípio ético. Existe uma lista enorme de outros princípios. Para ser ético quando se trata da saúde da população de um país, é preciso salvar o maior número de vidas possível. não pensar em salvar uma vida apenas. Outro princípio estipula que é preciso salvar pacientes com mais anos de vida pela frente. As pessoas são muito simplistas ao tratar de um assunto tão complexo.

A tecnologia permite manter vivos miihares de pessoas com pouquíssimas chances de recuperação. O sonhar é a favor da eutanásia nesses casos?
Sou oncologista. Durante meus anos de prática médica, tive de vivenciar, centenas de vezes, situações em que não existe tratamento capaz de diminuir um tumor e em que o paciente vai morrer inevitavelmente. Nesses casos, acho que é dever do médico conversar com a família e decidir o que é melhor para garantir ao paciente um fim digno, sem sofrimento, como tornar menos dolorosas as últimas semanas ou meses. Só uma pessoa totalmente insensível negaria a um paciente o direito de morrer quando a vida se toma pior do que a morte. Apesar de pensar assim, sou totalmente contra a legalização da eutanásia, o que é bem diferente. Isso abriria precedentes para a ocorrência de milhares de mortes desnecessárias.

Por que o senhor é contra a legalização da eutanásia?
Por três razões principais. Primeira, porque, num mundo cada vez mais cheio de velhos, pessoas mal-intencionadas podem se apropriar de uma legislação que permite a eutanásia para matar quem ainda quer e tem o direito de continuar vivo. Segunda, porque para muitos médicos, é mais fácil aplicar uma injeção em um paciente à beira da morte do que tratá-lo. E emocionalmente exaustivo, um verdadeiro fardo para os médicos e outros profissionais de saúde, acompanhar diariamente um paciente assim e presenciar o sofrimento de seus familiares. Terceira, porque a eutanásia não é um assunto relevante para a maioria da população. Basta olhar a experiência holandesa. Na Holanda, onde a eutanásia é legalizada, só 3% das pessoas morrem dessa forma. Os outros 97% dos pacientes não estão interessados nisso. E preciso gastar energia para criar uma legislação que beneficie a vida dos 97% que querem continuar respirando, não o contrário.

O senhor é contra a eutanásia mesmo quando se trata de pôr término a uma existência em estado vegetativo ou a dores insuportáveis, que droga nenhuma é capaz de eliminar?
É um equívoco achar que a maior parte das pessoas que pedem para morrer está sofrendo imensa dor. A maioria delas está deprimida ou perdeu as esperanças. Para essas pessoas, melhor do que dar uma injeção mortal é tratá-las com ajuda psiquiátrica, terapia, antidepressivos e medicamentos adequados.

O que fazer com os pacientes em coma irreversível?
Muitos médicos, em diversos países, já optam por interromper o tratamento em casos de pacientes em estado vegetativo. Um médico responsável pode decidir se é hora de desligar os tubos ou parar com a medicação. Isso não é o mesmo que dar uma injeção letal em uma pessoa à beira da morte. Não é eutanásia. É uma medida ética, que garante um fim digno. Os Estados tinidos são o país que mais gasta em saúde. Apesar disso, a sistema de saúde público americano é considerado inferior em comparação ao de muitos países industrializados.

Os Estados Unidos são o país que mais gasta em saúde. Apesar disso, o sistema de saúde pública americano é considerado inferior em comparação ao de muitos países industrializados. O que há de errado?
Quando os países enriquecem, eles passam a gastar mais com saúde. Na década de 30 os Estados Unidos gastavam 3% do PIB em saúde e as pessoas viviam até os 60 anos. Atualmente, o país despende cinco vezes mais, algo em torno de 2 trilhões de dólares por ano. Isso garante assistência a 200 milhões de americanos, cuja expectativa de vida beira os 80 anos. A projeção é que os gastos com saúde dupliquem ou tripliquem em três décadas. Não vejo problema nenhum em gastar dinheiro com saúde pública. O problema é gastar e distribuir essa montanha de dólares de forma eficiente. É preciso adaptar o sistema americano e outros sistemas de saúde a uma nova realidade. A população mundial está envelhecendo. Isso implica mais doenças crônicas, mais tratamentos, mais internações e, obviamente, maiores gastos.

Como um sistema de saúde pode lidar com o envelhecimento da população?
Sou otimista em relação ao futuro da saúde tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, como o Brasil, mesmo com o aumento da longevidade. O envelhecimento da população por si só tem pouco impacto sobre o custo do sistema. Nos Estados Unidos, as mudanças demográficas respondem por apenas 2% no aumento total dos gastos com saúde. O que realmente pesa no custo do sistema de saúde americano é a necessidade de acompanhar os avanços tecnológicos. Novas técnicas, equipamentos e remédios encarecem em 40% a 60% o custo dos tratamentos. No decorrer da próxima década, porém, a tecnologia médica tende a ficar menos onerosa, da mesma forma que ocorreu com os televisores e, mais recentemente, com os telefones celulares. Até que isso se reflita no custo dos tratamentos é vital investir em prevenção. Por isso as campanhas contra o fumo, a obesidade e a favor de uma vida mais saudável são imprescindíveis neste período de transição. A médio e longo prazo, as tecnologias vão ajudar a reduzir o custo da saúde, aumentando o grau de segurança dos hospitais, diminuindo a incidência de erros médicos e prevenindo mais eficientemente as doenças crônicas.

O que um governo deve oferecer à população em termos de assistência médica?
Nenhum sistema público de saúde consegue solucionar todos os problemas e atender todas as pessoas. O Estado tem o dever de fornecer a assistência básica de forma eficiente. Ou seja, prover hospitalização em casos graves, estabelecer programas de prevenção, dar vacinas. Mas quem não quer dividir o quarto de um hospital com outra pessoa tem de pagar por esse luxo; Quem quer se tratar com medicina alternativa também tem de enfiar a mão no bolso. Para mim, isso é eticamente aceitável. O problema é que as pessoas olham o tratamento que os ricos conseguem ter e acham que o governo tem a obrigação de fornecer a mesma qualidade e diversidade. Nunca foi e nunca será assim. Os ricos sempre vão ter mais do que os pobres porque eles podem pagar. Não podemos definir o que é ético e moralmente aceitável em um sistema de saúde com base no tratamento que os ricos conseguem obter. Para saber se um governo cumpre sua obrigação moral em relação à saúde, deve-se perguntar o que é garantido pelo governo aos pobres. Se os pobres têm direito ao básico, de forma eficaz, então o sistema cumpre seu papel.

A Constituição brasileira estabelece que a saúde é um direito do cidadão e um dever do estado. O senhor considera esses enunciados realistas?
Os economistas dizem que tudo o que é gratuito acaba provocando abusos. E uma regra econômica básica. Quando se estipula que a saúde é um dever do Estado, qualquer cidadão pode pleitear na Justiça tratamentos caros e dispendiosos que não são cobertos automaticamente pelo sistema público. Quem vai aos tribunais tem muita chance de ganhar. Que juiz não se comove diante do sofrimento de um doente? O problema é que isso não é ético, não é justo com as outras pessoas que dependem do mesmo sistema. Como determinar que parte dos recursos destinados à compra de medicamentos, por exemplo, pode ser redirecionada para tratamentos caros autorizados pela Justiça? É uma questão muito delicada. Não sei o que os governantes brasileiros estavam pensando quando inseriram isso na Constituição.

Qual é seu maior desafio atual no cargo que ocupa?
Durante os oito anos do presidente George W. Bush, o governo americano cortou as verbas para pesquisas com células-tronco embrionárias. Conseguimos reverter essa situação em 2009, o que foi uma grande vitória para todos os americanos. Além dessa questão, que já foi resolvida, acredito que um dos desafios é tornar mais eficiente a prevenção da malária e da aids em países da África e da Ásia com os 10 bilhões de dólares destinados anualmente para esses fins. Há quem pense que os americanos são muito conservadores e que, todos os dias, tenho de lidar com manifestantes contra o aborto ou o uso de células-tronco embrionárias. Isso é um equívoco. Meu maior desafio é gastar bem o dinheiro público para melhorar a vida dos outros.

OLutador Visita: Lótus Clube Caraguá Jiu Jitsu

Clebaum e sua equipe Lótus Clube Caraguá

Aproveitando nossa passagem pelo litoral visitamos na cidade de Caraguatatuba o treino da Lótus Club Caraguá do professor Clebaum e seu sócio-irmão Marcos Guerreiro. O treino foi bastante puxado e contou com visitantes de outras equipes. E para fechar a noite fomos até o Açaí Praia e Sucos onde rolou mais conversa, muita risada e claro açaí.

Veja as fotos do treino (((CLIQUE AQUI)))

Visite o treino da Lótus Clube Caraguá

Saiba como chegar
Tel. (0XX12) 81491282
Agora não tem desculpa: se estiver de férias no litoral tem onde treinar sim.
Agradecimento


Entrevista Luis Neto by X-COMBAT