Foi uma vitória histórica. Antes as mulheres ganharam porque o público queria fazer justiça social. Maria ganhou pelo que foi. A grande virada foi quando o espectador percebeu a humanidade dela.
Ter formado casal a ajudou na vitória?
Não tem nada a ver. Nunca um casal havia chegado à final, mas Maria venceu por conta própria.
E o Wesley foi beneficiado?
Wesley chegou em segundo porque soube manter o equilíbrio, o eixo. Foi discreto, sem grandes rompantes. Ele se beneficiou pelo contraste. Ele foi discreto e educado no meio de homens, às vezes, grosseiros. Isso realçou a elegância dele.
Foi injusta a terceira coloção de Daniel?
Muita gente atribui sua derrota à briga com Maria perto da final. Não sei, acho que não foi falha dele. Ele foi levado pela maré de encantamento por Maria.
Como surgiu a ideia do discurso para a Maria na final?
Já conhecia o conto do Guimarães Rosa, que está no filme ("Outras histórias") que fiz. No cinema, a Maria foi vivida pela Giulia Gam, que estava grávida do meu filho na época. Estava com essa ideia há um mês. Fiquei com isso na cabeça. Sabia que, se desse Maria, seria com esse texto.
Você se emocionou de verdade?
Apresento o "Big Brother Brasil" com estômago, ação e com as partes baixas. Me dedico. Sabia que ia me emocionar. A própria respiração foi me levando para aquele estágio. Sabia que não ia conseguir segurar a emoção.
Férias agora?
Só terei uma semana de férias. Já tenho logo uma reunião com a Globo para um programa que quero fazer. Tenho algumas ideias e quero muito que esse projeto dê certo.
