O setor de serviços, que responde por 75,8% do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 1,3% em 2018, e foi o que mais contribuiu para o avanço da economia, ao registrar taxas positivas em todas as sete atividades pesquisadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira, 28. Atividades imobiliárias, que cresceram 3,1%, e comércio, 2,3%, foram os ramos que mais influenciaram o desempenho do setor.
De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia Dionísio, a estabilização da economia, com inflação e juros baixos, contribuiu para o avanço do segmento. “Essas atividades foram beneficiadas por um mercado mais estabilizado, aliado à inflação mais controlada e pelo desemprego ligeiramente menor que o do ano passado”, apontou.
No quarto trimestre de 2018, o PIB de serviços subiu 0,2% contra o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2017, o PIB de serviços mostrou alta de 1,1%.
Segundo o IBGE, oPIB nacional repetiu o resultado de 2017 e avançou 1,1% no ano de 2018, somando R$ 6,8 trilhões. No quarto trimestre, o crescimento foi de 0,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. A alta anual leva a atividade econômica ao mesmo patamar do primeiro semestre de 2012, mas o PIB ainda encontra-se 5,1% abaixo do pico alcançado no primeiro semestre de 2014.
Consumo das famílias tem alta
O consumo das famílias subiu 1,9% em 2018 ante 2017, segundo o IBGE. No quarto trimestre de 2018, a alta foi de 0,4% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2017, o consumo das famílias subiu 1,5%.
Segundo a coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o movimento foi impulsionado pelo crescimento da massa salarial real, pelo avanço real (já descontada a inflação) do crédito focado nas pessoas físicas e por um alívio nas taxas de juros.
Nas contas do IBGE, a Selic (pela média diária) ficou em 6,4% em 2018, ante 10% em 2017. Para completar, a inflação "continua comportada, dentro da meta". "Está tendo uma melhora (na renda). É lenta, focada no trabalhador por conta próprio, mas está melhorando", disse Rebeca.
O consumo do governo, por sua vez, ficou estável em 2018 ante 2017. No quarto trimestre de 2018, esse indicador caiu 0,3% contra o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2017, o consumo do governo mostrou queda de 0,7%.
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