O Palácio do Planalto encaminhou para o Diário Oficial da União a portaria de exoneração do assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República, Tadeu Filippelli (PMDB), que deve ser publicada na edição desta quarta-feira, 24. Filippelli foi preso na manhã desta terça-feira na Operação Panatenaico, que investiga organização criminosa que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Desde cedo, auxiliares da Casa Civil estavam na expectativa do que seria feito com o auxiliar direto do presidente. Quando Temer chegou ao Planalto, optou pela exoneração.
A prisão de um novo ocupante do terceiro andar no Palácio do Planalto, com gabinete a poucos metros do presidente Temer, é mais uma grande preocupação para o governo. A operação da Polícia Federal atinge o coração do Planalto e também o presidente, avaliam assessores.
Filippelli é o terceiro assessor de Temer a ser derrubado. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures acabaram afetados por denúncias. Filippelli que, assim como Temer, é do PMDB, atuava nos bastidores e fazia ponte com empresários e parlamentares, já que foi deputado também.
Também ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli era próximo de Temer e o acompanhava no Palácio do Planalto desde a vice-presidência. Assim como o deputado Rocha Loures, José Yunes, Gastão Toledo e o ex-deputado Sandro Mabel, todos tinham gabinete no terceiro andar do Planalto.
No Planalto, assessores do presidente tentam explicar que o motivo da prisão de Filippelli tem a ver com atos ocorridos antes dele ter chegado ao Planalto, quando era do Governo do Distrito Federal.
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