Após ouvir
de várias pessoas a palavra IMPARCIALIDADE e PARCIALIDADE resolvi buscar definição
e entender o porquê desta palavra estar tanto em evidencia nos últimos dias. Será
que sabem significado? Ou será que está na moda falar esta palavra?
O que é
parcialidade e imparcialidade em jornalismo?
Para escrever essa matéria, peço ajuda não dos universitários, mas do
“pai dos burros”. Recorro, agora, ao Dicionário da Língua Portuguesa para saber
o que é:
Parcialidade: Qualidade
de quem ou do que é parcial; Parcialismo; Grupo partidário de uma mesma causa;
Partido; Facção.
Parcial: Que faz
parte de um todo; Que existe ou se realiza em partes; Que toma partido a favou
ou contra uma pessoa, uma facção, etc., sem que importe a justiça ou a verdade;
Injusto; Partidário.
Imparcialidade: Caráter ou qualidade do que é imparcial; Equidade; Isenção.
Imparcial: Que não é parcial; Isento de parcialidade; Que se abstém de tomar
partido ao julgar ou ao constituir-se em julgamento; Que julga sem paixão; Que
não sacrifica a verdade ou a justiça a considerações particulares.
Em síntese, quem é parcial escolhe um lado e quem é imparcial fica em
cima do muro. Nas universidades ensina-se que todos os jornalistas devem
ser imparciais. Por isso, os estudantes são obrigados a podar os adjetivos de
seus textos, uma vez que adjetivos acrescentam qualidades às coisas. E quando
se acrescentam qualidades, somam-se valores de grau negativo ou positivo,
escolhem-se lados, é-se parcial.
É por isso que, em determinado momento da história, os textos
jornalísticos foram divididos em news e comments.
Isto é, em notícias e comentários, textos não opinativos e textos opinativos. O
primeiro tipo de texto deve ser enxuto, sem adjetivos. No segundo, adjetivos a
vontade.
O discurso universitário diz que a parcialidade é um pecado mortal na
elaboração de uma notícia ou numa reportagem. Contudo, a imparcialidade se
parece mais com uma utopia muito difícil de ser alcançada.
A imparcialidade pode até ser alcançada quando não existem grandes
interesses em jogo. Mas quando os interesses são grandes, a imparcialidade é
frequentemente jogada para escanteio.
Exemplos:
Peça para
um jornalista petista ou peemedebista ser imparcial quando
estiver em época de eleições;
Peça para
um jornalista católico ou protestante ser imparcial quando
estiver falando sobre as religiões;
Peça para jornalista torcedor
do Palmeiras ser imparcial quando estiver nos últimos jogos de um Campeonato
Brasileiro qualquer em que seu time estiver disputando o primeiro lugar.
Enfim,
ainda que esses jornalistas tentem ser imparciais, haverá
sempre um juízo de valor que os fará pender para um dos lados, mesmo que
vagamente.
É possível, ainda, burlar uma regra máxima do jornalismo e escrever um
texto totalmente parcial sem utilizar um único adjetivo.
Assim, a parcialidade e a imparcialidade, no jornalismo, são duas irmãs
briguentas. Mas os jornalistas, contudo, devem buscar a imparcialidade ao
máximo, ainda que não seja possível alcançá-la.
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