GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Por que o Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo?

depressao tristeza sintoma 0217 400x800A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um dado alarmante: o Brasil é o país com o maior percentual de pessoas com transtorno de ansiedade em todo o mundo. Pelo menos 9,3% dos brasileiros sofrem com esse mal, marcado pela dificuldade de se concentrar, insônia e preocupação excessiva.
Além disso, o país é o 5º do mundo com maior índice de depressão, atrás apenas de Ucrânia, Austrália, Estônia e Estados Unidos. Cerca de 11 milhões de brasileiros têm quadro depressivo (5,8%) e isso é agravante, porque a doença está associada a mortes por suicídio e outros males que podem até levar ao câncer.

Ansiedade dos brasileiros

Esses dados mostram que o país, outrora conhecido como alegre e cordial, está envolto num clima de incerteza que tem comprometido cada vez mais a saúde da população.
Dan Chisholm, especialista em saúde mental da OMS, disse que o aumento das taxas de ansiedade e depressão tem mais a ver com o momento que o país passa do que aspectos culturais. “Trata-se da manifestação de uma confluência de diferentes fatores a nível individual, social e ambiental”.
O dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprova que o brasileiro ficou mais pobre nos últimos anos, com um recuo de 5,4% no rendimento mensal médio.
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Chisholm aponta que esse dado é relevante para interpretar os números da OMS, mas que não se trata apenas disso. “Sim, problemas socioeconômicos como pobreza, desemprego ou desigualdade de renda podem ser fatores justificáveis, mas também pode haver questões mais amplas (políticas e macroeconômicas), além de fatores biológicos e a tendência de comportamento dos brasileiros”.

O especialista lembra que não é bem uma surpresa o fato de o Brasil ter altos índices de ansiedade e depressão. Em 2014, por exemplo, um relatório da OMS focado na cidade de São Paulo indicou que os paulistanos são os que têm maior incidência a perturbações mentais em todo o mundo (pelo menos 29,6% deles sofrem disso).
“É muito difícil pontuar um fator em particular que explique tudo isso”, refletiu Chisholm. “É preciso pesquisar a fundo cada uma dessas particularidades”.

Campanha contra depressão

Apesar de a ansiedade ser considerado o ‘mal do século’, Chisholm diz que a OMS se esforça em uma campanha a nível mundial para conscientizar sobre a depressão.
No dia 7 de abril, a organização promove o Dia Mundial da Saúde, a fim de ouvir o que as pessoas que sofrem com depressão têm a dizer. “Pode ser um ponto vital na sensibilização sobre o tema, ajudando a identificá-la em nós mesmos ou aqueles com quem vivemos, nos envolvemos ou trabalhamos, para ajudar a procurar ajuda, se necessário”, alerta o especialista.

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