O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta-feira a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O inquérito apura se o peemedebista manteve contas na Suíça abastecidas com propina desviada da Petrobras. A partir das 14 horas, os ministros vão decidir se abrem a segunda ação penal contra o parlamentar nas investigações da Operação Lava Jato.
A denúncia foi apresentada em março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, depois que o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, em outubro do ano passado, documentos que mostram a origem de aproximadamente 6 milhões de dólares encontrados nas contas atribuídas a Cunha. De acordo com os investigadores da Lava Jato, os valores podem ser fruto do recebimento de propina em um contrato da Petrobras na compra de um campo de petróleo no Benin, na África, avaliado em mais de 34 milhões de dólares.
O parlamentar é acusado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A mulher de Cunha, Claudia Cruz, também foi citada na ação, mas a parte da investigação que envolve os parentes do deputado foi enviada ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR). A denúncia contra Claudia foi recebida no dia 9 de junho.
Cunha já responde a uma ação penal no Supremo, na qual é acusado de receber 5 milhões de dólares de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras. O peemedebista também foi denunciado em um terceiro processo que o investiga por recebimento de recursos das obras do Porto Maravilha, no Rio. Ainda na Lava Jato, o parlamentar é alvo de dois procedimentos já abertos e um pedido de abertura de inquérito que aguarda a análise do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.
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