Fernando Sarney não aceitou ser presidente da CBF por temer o FBI. Foi o que disse a Marco Polo Del Nero ao receber o convite. O deputado tem medo que as investigações americanas avancem sobre sua vida financeira no Brasil, caso tivesse assumido a entidade. Em 2009, foi investigado pela Polícia Federal com a abertura de cinco inquéritos para apurar os crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
A recusa do vice-presidente da CBF colocou Marco Polo numa saia justa. Escolheria Gustavo Feijó, vice da região Nordeste, ou o deputado Marcus Vicente, vice da região sudeste.
Acabou escolhendo Vicente surpreendendo a maior parte dos presidentes de federação que estavam no prédio da CBF. Todos ficaram surpresos. Embora o deputado tenha sido o escolhido para chefiar a delegação da Seleção Brasileira nos últimos jogos, quando se deu a escolha de Fernando Sarney para substituí-lo na Fifa, há cerca de 15 dias, o deputado nem fora convidado para a reunião, mesmo estando no Rio de Janeiro, o que o deixou, no mínimo, chateado. Na ocasião, quem estava presente, além de Sarney, era Gustavo Feijó.
Nesta quinta-feira, quando o blog soube que Marco Polo estava se licenciando, entrou em contato com Marcus Vicente. O deputado estava no aeroporto de Vitória, onde mora, e tinha como certa a nomeação de Fernando Sarney. Minutos após a conversa, ele recebeu o telefone de Marco Polo trazendo a grande novidade.
Momentos
Marco Polo assistiu à coletiva do Departamento de Justiça americano na sala dele, o 3º andar do novo prédio da CBF. Sozinho, como sempre faz. Após o pronunciamento dos procuradores e do FBI, reuniu seus homens de confiança, o secretário-geral Walter Feldman, e o diretor financeiro, Rogério Caboclo. Após a recusa de Sarney, já com a decisão tomada, chamaram os presidentes de Federação presentes e comunicaram a escolha de Marcus Vicente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário