O domingo era de sol e lazer, mas milhares de cariocas optaram pelo ativismo. E lotaram ontem a Praia de Copacabana em um protesto convocado pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) em prol da paz no Oriente Médio. Munidos de cartazes, os manifestantes exaltaram o direito de Israel à autodefesa e esclareceram: a comunidade judaica não é contra o povo palestino, mas contra os terroristas do grupo islâmico Hamas
O mais importante é chamar a atenção de toda a população para o que está acontecendo. Há muitos anos sofremos com terroristas. Só teremos paz se o nosso parceiro também quiser. Não somos contra a Palestina, mas sim contra o Hamas, explicou o presidente da Fierj, Jayme Salomão.
Segundo a entidade, 2.500 pessoas participaram da caminhada da altura da Rua Santa Clara em direção ao Leme. Cálculos da Polícia Militar, porém, estimaram em 1.200 esse número.
A manifestação foi pacífica, mas teve lampejos de tensão. Um dos organizadores pediu que a terapeuta Umaia Ismail guardasse um cartaz contrário às mortes de crianças palestinas, segundo ele, para evitar “pontos polêmicos”. Em outro momento, o vereador Marcelo Arar (PT) rasgou o cartaz do estudante Miguel Tornatolsky, onde estava estampado um apelo pelo fim da ocupação israelense.
Existe uma parcela judaica contra a ofensiva de Israel. A organização nos deu total apoio para expressarmos a nossa opinião, mas, infelizmente, há pessoas intolerantes no protesto, destacou Tornatolsky, alegando que o vereador, que também é judeu, arranhou suas mãos e agrediu um amigo dele.
Arar confirmou ter retirado o cartaz mas negou qualquer tipo de agressão:
Não foi a ação de um político, fui guiado pelo calor do momento, mas não agredi ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário