GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O governador de São Paulo e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, na primeira entrevista da série Entrevistas Estadão, que não há racionamento de água no Estado e que a Sabesp está preparada para manter o abastecimento. Alckmin disse que o governo fez investimentos "vultosos" para garantir o abastecimento ao longo dos próximos anos e disse que há exploração política da crise hídrica. O governador ressaltou a gravidade da estiagem que o Estado enfrenta e a maneira como o Estado e a empresa de água vêm enfrentando a crise. Nas palavras de Alckmin, a "Sabesp e o governo mostraram capacidade técnica" no enfrentamento da estiagem. Segundo Alckmin, muitas cidades nesta mesma situação não teriam água e São Paulo, "cidade de 22 milhões de habitantes e a 700 metros de altitude", mantém o abastecimento. "Não há necessidade nem é tecnicamente adequado", disse o governador sobre o racionamento, explicando que a retirada de água da tubulação desgasta o sistema. "Estamos preparados para chegar até o começo do ano que vem", afirmou.

MPF pede racionamento imediato de água do Cantareira ao governo de SP

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo recomendou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que apresentem projetos para a imediata implementação do racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira - que ontem estava com 15,8% da capacidade.
Segundo o Ministério Público Federal, o objetivo é evitar um colapso do conjunto de reservatórios que abastece 45% da Região Metropolitana da capital. A recomendação é consequência da maior crise hídrica enfrentada pelo Estado.
O governo de Geraldo Alckmin e a Sabesp têm dez dias para informar quais providências serão tomadas em relação à recomendação. O MPF não descarta a adoção de medidas judiciais caso o governo não cumpra a medida.
Procurados pelo Estado, o governo paulista e a Sabesp informaram que não haviam sido notificados sobre o pedido. A companhia afirmou, em nota, que "discorda frontalmente da imposição de um racionamento". "São Paulo preferiu enfrentar de forma organizada a maior estiagem de sua história", afirmou a Sabesp.
A recomendação do MPF insere-se em um inquérito civil público aberto para apurar a crise hídrica. Um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indica que o volume do Sistema Cantareira pode secar totalmente em menos de cem dias.
Segundo o MPF, apesar de a situação ser delicada e da previsão de pouca chuva para os próximos meses, o governo estadual descartou o racionamento, mantendo apenas a concessão de descontos a quem economiza água. Ainda de acordo com a Procuradoria da República, a Sabesp chegou a propor o aumento da vazão para manter o abastecimento em níveis contínuos, mas o comitê anticrise que monitora a situação dos reservatórios rejeitou o plano.
Volume morto. Desde o dia 15 de maio, a Sabesp tem captado a água do chamado "volume morto" - as camadas mais profundas dos reservatórios. O MPF destaca na recomendação enviada ao governo que o volume morto mantém, segundo estudos, maior concentração de poluentes, que incluem metais pesados, compostos orgânicos prejudiciais à saúde, bactérias, fungos e vírus.
Embora a Sabesp tenha capital misto, cujo maior acionista é o governo de São Paulo, o MPF informa ter atribuição para atuar no caso porque os recursos hídricos do Sistema Cantareira pertencem à União, que concede o uso para a companhia paulista. A última outorga de concessão data de 2004.
Na ocasião, de acordo com a Procuradoria, a Sabesp assumiu o compromisso de apresentar estudos e projetos que tornassem viável a redução da dependência da Região Metropolitana de São Paulo em relação ao conjunto de reservatórios, que também abastecem cerca de 5 milhões de pessoas na região de Campinas. A concessão de uso do manancial em vigor venceria no próximo mês, mas, por causa da crise hídrica, foi prorrogada até outubro de 2015.
O principal projeto da Sabesp para aumentar a oferta de água na Grande São Paulo em 4.700 litros por segundo e diminuir a dependência do Cantareira é a construção do Sistema Produtor São Lourenço, no Vale do Ribeira, que deve ser concluído em 2018.

Nenhum comentário: