A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai convocar ex-jogadores e empresários de futebol para depor na investigação sobre a existência de uma rede internacional de cambistas, que atuaria nos Mundiais desde 2002. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, em sua edição desta quinta-feira.
Os ex-jogadores, entre eles Dunga e Júnior Baiano, serão chamados como testemunhas, mas com o objetivo de apurar se eles tem alguma ligação com o esquema.
Na última terça-feira, a polícia prendeu 11 suspeitos de integrar um esquema venda de ingressos ilegal. O lucro? Até R$ 1 milhão por jogo.
Suspeita-se que integrantes da CBF e das federações de Argentina e Espanha tenham participação no esquema.
O argelino Mohamadou Lamine Fofana, 57 anos, foi preso na terça-feira e está sendo apontado como líder do grupo que ligou para a Granja Comary em busca de ingressos.
O argelino tinha acesso aos eventos da Fifa e teria fechado um bar para uma festa em homenagem a ex-jogadores da seleção. Por isso, os ex-atletas estão sendo chamados.
Junior Baiano, além de conhecer Mohamadou, já inclusive fez negócios com o famoso 'cambista'. O ex-zagueiro alugou, por R$ 12 mil, um apartamento na Barra da Tijuca, bairro carioca emergente.
A polícia investiga ainda ligação do grupo com o pai do jogador Neymar e com o irmão de Ronaldinho Gaúcho, Assis.
Em conversa grampeada, Alexandre Vieira, suspeito de integrar a quadrilha, diz a outro suspeito que assistiu o jogo ao lado do pai do camisa 10 brasileiro.
Outra escuta registra uma suposta negociação de ingressos da máfia com o irmão do meia do Atlético-MG.
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