GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 7 de junho de 2014

O LADO PSICOLÓGICO (E POSITIVO) DO SEXTING

A troca de imagens de conotação sexual é uma expressão da sexualidade humana, e não precisa necessariamente terminar de um jeito ruim.
Esta é uma ótima maneira de apimentar um relacionamento
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A explosão do compartilhamento de fotos íntimas pela internet, o chamado sexting, é um assunto bastante abordado pela imprensa.
O foco, como na maior parte das notícias divulgadas sobre qualquer segmento, é a parte criminal e trágica da prática: como ela destrói a vida social de algumas mulheres, é usada em chantagens e vinganças, e as leis que estão sendo criadas para punir quem a usa para estes fins.
O risco trazido por esta abordagem criminal é rotular o sexting como algo inerentemente ruim, perigoso, fora da lei e imoral.
“Pode ser prazeroso ver e exibir o corpo do parceiro”, diz a psicóloga e psicanalista Juliana Cunha, coordenadora psicossocial da SaferNet, ONG que trabalha junto à Polícia Federal e o Ministério Público no combate ao uso criminoso do sexting e realiza apoio a suas vítimas.
“Uma das fontes de prazer sexual é o olhar, então compartilhar essas imagens excita sexualmente os envolvidos. E por isso, para alguns, o fato de se relacionar sexualmente com um completo desconhecido de forma anônima pode ser muito excitante.”
Em função desse prazer, muitas pessoas optam por correr os riscos: o sexting é, hoje em dia, graças às tecnologias atuais, mais praticado do que nunca.
Nos Estados Unidos, quase 30% dos jovens já enviaram fotos íntimas para outra pessoa por meio do smartphone. No Brasil, uma pesquisa feita pela eCGlobalNet em 2012 mostrou que 39% dos entrevistados já enviaram fotos íntimas próprias ou de terceiros e 63% já receberam conteúdo do tipo do próprio remetente ou de outros.
O crescimento dessa prática se deve, naturalmente, ao apelo sexual.
A facilidade de compartilhamento de fotos de cunho sexual é algo bastante novo para a humanidade como um todo, mas é apenas uma expressão de desejos e costumes bastante entranhados em nossa história.
“Os jogos sexuais envolvendo exibição e voyeurismo sempre existiram em diferentes tempos e espaços”, afirma Juliana. “A diferença é que a internet oferece mais oportunidades de realizar essas fantasias e aquilo que antes ficava restrito a alguns participantes e iniciados, hoje pode ganhar um imenso espaço público que são os ambientes online”.
A terapeuta e colunista do jornal Huffington Post, Esther Perel, enxerga pontos positivos nosexting.
“Ele é visto como ilícito ou transgressor, como uma forma de traição”, diz. “Mas é algo natural, pois estamos constantemente nos comunicando por textos, imagens e desenhos. Sexo e amor online permitem que você se expresse de forma não usual”.
Entrando na parte prática da influência da troca de imagens eróticas, Esther afirma que, de acordo com sua experiência clínica, “pode ser um poderoso meio de construir a intimidade” entre casais. Além disso, aqueles que estão com dificuldades na cama podem se reconectar com a dimensão erótica dos seus relacionamentos sexuais.
Obviamente os pontos positivos não eliminam os riscos ligados ao sexting, ainda mais vivendo numa sociedade excessivamente moralista e machista como a nossa.
“Ele pode ser saudável quando envolve pessoas com maturidade e entendimento para consentir e se responsabilizar por seus atos”, diz Juliana Cunha. “Mas não é possível separá-lo dos riscos que traz.”
A melhor forma de lidar com eles parece ser, além de tomar cuidados óbvios como evitar mostrar o próprio rosto nas imagens, encarar o sexting de forma adulta, responsável e honesta.
“O desafio das interações nestes ambientes recai sobre a nossa responsabilidade. Creio que nunca fomos tão responsáveis por nossos atos e os de outrem como somos atualmente”, finaliza Juliana.
Por isso há alguns cuidados básicos que se deve ter na hora de praticar o sexting:
1# Confiança: Mesmo quando você tem confiança plena na pessoa, corre o risco da ser exposto no futuro. O que dizer de uma pessoa de caráter duvidoso? Escolha com extrema cautela, então, para quem vai se mostrar nu.
2# Rosto: Se você quer uma aventura com alguém pouco conhecido, pelo menos não mostre o rosto. Isso pode livrá-lo de muitos problemas caso as fotos caiam na internet. Evite também revelar tatuagens ou outras partes do corpo que podem identificá-lo.
3# Deletar: O ideal é ambos parceiros deletarem as fotos íntimas depois de apreciá-las, diminuindo assim muito o risco de problemas futuros.
4# Usar pasta secreta: Caso os dois decidam manter as imagens, é melhor guardá-las numa pasta com senha, para não correr o risco de perder o celular e as fotos caírem na internet. Ou, então, de um amigo pegar o seu celular para ver as fotos da balada de sábado e ver sua namorada pelada, sem querer.
5# Checar o número: Nada pior do que mandar uma foto íntima para o seu parceiro e descobrir, depois, que você a enviou para o número errado. Cheque duas vezes o contato.

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