Na reta final da novela 'Salve Jorge', a autora Gloria Perez fez um balanço sobre os pontos altos e baixos da trama das 21h da Globo.
Em relação à estreia de Nanda Costa no papel de mocinha, por exemplo, a escritora garantiu que foi uma escolha certeira. Segundo ela, trazer uma protagonista que morasse na favela, coisa inédita na teledramaturgia, não a deixou com medo de arriscar.
'Mesmo sabendo que isso iria mexer com tantos preconceitos, como mexeu! Ainda mais tendo uma atriz do porte da Nanda para defender a personagem. Nanda nunca foi uma 'aposta' para mim: sempre considerei um tiro certo! E foi mesmo!', garantiu ela ao colunista Leo Dias.
Já acerca das polêmicas envolvendo alguns episódios da trama, a escrito afirmou ter encarado tudo com naturalidade.
'É o preço que a gente paga quando ousa e inova, quando traz para o cotidiano das pessoas questões atuais que ainda não estão claramente percebidas, como barriga de aluguel, imigração ilegal, clonagem humana, internet, tráfico de pessoas, etc. Por incrível que pareça, durante essas novelas, tudo isso foi atribuído à minha imaginação delirante! No começo, me surpreendi com o nível de desinformação, depois achei graça. E continuo achando.'
O fato de ter sido alvo de críticas principalmente nas redes sociais, não a impediu de continuar 'fantasiando' ao longo da trama.
'Ficção não é reportagem: é ficção. E novela é folhetim. O folhetim, por exigência do gênero — quem conhece literatura sabe disso — tem como característica sacrificar a coerência pelo sensacionalismo, e utilizar uma quantidade de clichês e ganchos que seriam pecado num outro formato, como uma minissérie ou um filme. Quem reclama disso não sabe do que está falando: é a mesma coisa que criticar um soneto porque tem rima! Logo, não dá para levar a sério', completou.
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