O mais famoso bordão econômico
sobre o Brasil insiste em que somos o país do futuro. Ironicamente, sete décadas depois deste apelido ter sido aplicado ao país pelo autor austríaco Stefan Zweig, a lista dos maiores bilionários brasileiros entrega
que a maior fonte de riqueza do Brasil ainda está
no passado: a grande maioria dos homens e das mulheres mais aquinhoados do país tiveram suas fortunas amealhadas por antepassados ou por negócios de áreas tradicionais da velha economia.
Bancos, reservas minerais, comércio, construção
e indústria de base ainda são as principais nascentes das mais caudalosas fortunas brasileiras. Somem-se a eles o berço e o altar, que configuraram outros tantos quinhões de riqueza. Também desponta o grande número de fortunas brasileiras moldadas por negócios turbinados pelo consumidor C, a nova classe média brasileira – das roupas aos eletroeletrônicos.
Não fosse pelo jovem Eduardo Saverin, o cofundador do Facebook, que neste ano abriu mão de sua cidadania americana e reestabeleceu o título de brasileiro, o país não teria um único representante da Nova Economia em sua fileira de bilionários.
A lista dos 74 brasileiros leva em conta pessoas ou famílias com patrimônio superior a R$ 1bilhão, em cifras apuradas a partir do valor de sua participação acionária em empresas de capital aberto, negociadas em bolsa, na data do dia 5 de julho.
O número de bilionários é mais do que o dobro do apurado na última lista da FORBES EUA, que trazia
36 nomes. Resultado de quatro meses de pesquisa, o levantamento segue a metodologia da lista de bilionários elaborada pela FORBES americana há 25 anos. No
caso das empresas fechadas, o valor foi calculado pelo cruzamento do patrimônio líquido e o valor de mercado de concorrentes similares, de capital aberto.
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