A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (23) que o programa Ciência
sem Fronteiras deve levar, ainda este ano, 20 mil estudantes ao exterior
para cursos de graduação, doutorado e pós-doutorado. O programa está
com inscrições abertas até a próxima segunda-feira (30), com bolsas de
estudo em países como o Canadá, a Bélgica, Portugal e a Espanha. A meta
do governo é selecionar 101 mil estudantes até 2014.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma avaliou o Ciência
sem Fronteiras como uma das iniciativas mais importantes do governo. Ela
lembrou que os estudantes selecionados terão contato com o que há de
mais avançado em ciência e tecnologia. Os cursos escolhidos devem ser
nas áreas de ciências exatas, ciências médicas, ciência da computação e
engenharia.
“Quando esses estudantes voltarem, vão trazer conhecimento para
aplicar aqui no Brasil e vão ajudar a nossa indústria e o governo a
fazer tecnologias novas e a provocar processos de inovação dentro das
empresas”, disse.
Segundo ela, o país já conta com quase 3.700 estudantes no exterior
iniciando os cursos. Até o fim de abril, a meta é selecionar 10.300
bolsistas e, até junho, mais 6 mil bolsistas, totalizando 20 mil alunos
beneficados.
A presidenta explicou que, para ser escolhido, o estudante deve
conseguir mais de 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Uma premiação nas chamadas olimpíadas do conhecimento também pode ajudar
a garantir uma vaga. É preciso ainda falar o idioma do país e ter boas
notas, já que as universidades estrangeiras têm um processo interno de
seleção bastante rigoroso.
“O critério de escolha do Ciência sem Fronteiras é o do mérito, que
leva em conta o desempenho e o esforço do estudante. Com isso, estamos
abrindo oportunidade a todos, inclusive para aqueles alunos de famílias
pobres e que jamais conseguiriam pagar os custos de estudar no
exterior”, concluiu.
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