Enquanto os holofotes preocupavam-se com o Partido Social Democrático (PSD), articulado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), outra legenda requeria, quase simultaneamente, seu registro à Justiça Eleitoral. O Partido Pátria Livre (PPL) conseguiu, na noite de terça-feira (4), a licença para funcionar.
Diante do desafio de escolher um número para concorrer às eleições, usados pelo eleitor para votar em urnas eletrônicas, alguém poderia imaginar uma corrida pelo 51. Mas, identificado com uma marca de cachaça, o número talvez não fosse uma boa ideia. O PSD do Kassab ficou com o 55 e o PPL, com o 54.
A decisão dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi unânime - todos seguiram o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. Com a decisão, o PPL poderá participar das eleições municipais do próximo ano.
O 29º partido com o registro no TSE é formado por integrantes do Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), organização de luta contra o regime militar que remanesceu mesmo após a redemocratização. Antes dispersos em vários partidos, principalmente no PMDB, os integrantes do grupo decidiram formar uma legenda em 2010, já vislumbrando o pleito do próximo ano.
Segundo o PPL, a coleta obteve 1,2 milhão de assinaturas em 22 unidades da federação do país (são exigidas cerca de 480 mil em nove estados). Registros regionais foram alcançados em 11 estados.
O partido obteve o registro a três dias do fim do prazo para criação de legenda que esteja a participar das eleições municipais de 2012. O prazo termina em 7 de outubro de 2011, um ano antes das eleições.
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