GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Policiamento está reforçado no Complexo do Alemão Na noite de terça-feira (6), houve confronto entre traficantes e agentes da Força de Pacificação dez meses após a ocupação militar


Após noite de confronto, policiamento foi reforçado no Complexo do Alemão nesta quarta-feira (7)
O policiamento está reforçado nesta quarta-feira (7) no Complexo do Alemão e seu entorno após o confronto entre traficantes e militares da Força de Pacificação na noite de terça-feira (6). Dez meses após a ocupação da comunidade, um intenso tiroteio, inclusive com balas traçantes, assustou moradores da região e deixou morta uma jovem de 15 anos.

De acordo com a Polícia Militar, 50 homens dos batalhões da Maré e de Olaria ocupam por tempo indeterminado os morros da Baiana e do Adeus. Um blindado foi estacionado ao lado da estação Itararé do Teleférico do Complexo do Alemão. Essas determinações foram dadas pelo comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte.

Os morros da Baiana e do Adeus ficam em frente ao Complexo do Alemão e não estão ocupados pela Força de Pacificação do Exército. Como eles ficam em uma posição geográfica que facilita a visão de cima para baixo, traficantes lá localizados efetuaram disparos contra os militares e PMs.


Militares da Força de Pacificação do Exército reagiram aos disparos feitos por traficantes

Dois artefatos de fabricação caseira também foram arremessados contra viaturas do Exército, deixando uma pessoa ferida. Por motivos de segurança, a Estrada do Itararé, principal acesso ao Complexo do Alemão, chegou a ser interditada ao tráfego durante o conflito.

Segundo a Força de Pacificação do Exército, dentro do Complexo do Alemão o policiamento está reforçado com o apoio de 100 fuzileiros navais. Doze blindados contribuem para o patrulhamento do local. Seis deles participariam do desfile de 7 de setembro no centro do Rio, mas permaneceram na comunidade para aumentar a segurança.

Clima tenso
A Secretaria de Estado de Segurança informou que os disparos feitos na terça-feira (6) teriam sido uma represália ao fechamento de uma revenda clandestina de botijões de gás pertencente ao irmão do traficante Marcinho VP.
Os criminosos também estariam inconformados com a informação de que o Exército vai permanecer no Complexo do Alemão até junho de 2012. Inicialmente, os militares ficariam somente até outubro deste ano.

O conflito na noite de terça-feira foi o terceiro tumulto registrado no Complexo do Alemão, desde o último domingo (4). Nesse dia, uma confusão entre a tropa e moradores terminou com três pessoas detidas e pelo menos outras três feridas.
No dia seguinte (5), moradores fizeram um protesto. Madeiras em chamas foram colocadas na Avenida Itaóca, impedindo o tráfego de veículos por cerca de 40 minutos. Horas depois, cerca de 30 mototaxistas realizaram outro manifesto na região. Eles reclamavam do rigor na cobrança de documentação e realizaram manobras na pista.

Avaliação
Na terça-feira (6), o comandante das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Robson Rodrigues, afirmou que o programa de pacificação da Polícia Militar do Rio vai passar por uma avaliação geral. Segundo ele, o procedimento já estava previsto antes da ocorrência no Complexo do Alemão.

O governador Sérgio Cabral elogiou o trabalho da Força de Pacificação do Exército, mas reconheceu que há problemas e "resquícios" de um tempo em que o aparato policial era feito com violência. "É um processo de educação recíproca entre forças de segurança e comunidade. Estamos dispostos a aprender e os moradores também. Há tanto na comunidade quanto nas forças resquício de aparato violento e da cultura do poder paralelo. São 30, 40 anos em que a polícia só entrava para atirar e ia embora, e a comunidade vivia refém do bandido, seja miliciano ou traficante", disse Cabral.


Balas traçantes assustaram moradores do Complexo do Alemão na noite de terça-feira (6)

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