GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 28 de agosto de 2011

Panis et circenses


SÃO PAULO - O ministro Mário Negromonte (PP), das Cidades, foi acusado de oferecer R$ 30 mil de mesada a parlamentares de seu partido a fim de tentar reverter uma correlação de forças que lhe é desfavorável na bancada da Câmara.
Em sua defesa, não se limitou a negar a acusação. Saiu cuspindo balas, literalmente: "Para acabar com esse fogo amigo, um revólver só não resolveria. Teria que ser uma metralhadora para sair atirando".Em entrevista ao jornal "O Globo", o ministro de Dilma fez acusações e ameaças explícitas aos colegas do PP: "Imagine se começar a vazar o currículo de alguns deputados. Ou melhor, a folha corrida". E completou: "Então aqui vai o meu alerta: em briga de família, irmão mata irmão, e morre todo mundo".Estaria tudo certo se o autor das frases fosse Tony Soprano, dando conselhos para unir a "famiglia". Na boca de um ministro de Estado, não passa de desfaçatez vulgar. Negromonte parece confundir família e governo, máfia e coisa pública.Não é o caso de brincar de Roma Antiga e atirar as pessoas aos leões, como sugeriu Dilma, criticando a espetacularização da faxina (que a rigor não existe), mas, sim, de lembrar essa tigrada que isso ainda é uma República, apesar deles.Depois de Alfredo Nascimento (PR) e de Wagner Rossi (PMDB), além de Antonio Palocci (PT), chegou a vez de o PP oferecer a sua contribuição à degradação da política.Mas não se trata de um rebaixamento apenas moral, o que já seria bastante. A fala de sarjeta do ministro Negromonte vale também como sintoma e metáfora de um governo pedestre, sem nenhum brilho ou capacidade de formulação, que se consome no varejo de escândalos em série, diante dos quais tem atitude no mínimo dúbia.Por ora, a política do pão e circo (programas de transferência de renda para os mais pobres e ilusão de faxina ética para as classes médias) tem funcionado. Veremos até quando Dilma pode se segurar inspirada na Roma Antiga.

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