O pescador Ronaldo Pereira Gomes, de 55 anos, morreu na noite de sexta-feira, em decorrência de complicações de um câncer de pele. A família afirma que durante duas horas tentou atendimento no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Centro. A irmã dele, a estofadora Solange Pereira Gomes, denunciou que houve omissão de socorro e registrou ocorrência na 5ª DP (Mem de Sá).
Segundo ela, o irmão tinha câncer há um ano, mas a doença foi descoberta há apenas quatro meses. Desde então, ela se mudou com ele de Cabo Frio, na Região dos Lagos, para a casa de amigos na Zona Norte do Rio, para buscar atendimento no Inca. Para conseguir o pré-cadastramento no instituto, Solange disse que teve que passar por três triagens. Nesse período, o estado de saúde de Ronaldo se agravou.
No fim da tarde desta sexta-feira, ela alugou uma ambulância particular para levá-lo ao instituto. Na emergência da unidade, ela não conseguiu atendimento. A alegação dos plantonistas, ainda segundo ela, era de que o atendimento no setor só é feito para pacientes cadastrados. Segundo Solange, apesar de já ter o protocolo da pré-matrícula, o cadastro ainda não constava no sistema.
A irmã disse que o pescador ficou duas horas dentro da ambulância e que só foi levado para o interior da unidade quando estava quase morto. Segundo um funcionário do Inca que não quis se identificar, Ronaldo chegou a ser atendido pelo médico de plantão, mas como o pescador ainda não estava cadastrado na instituição ele teria aconselhado que procurasse atendimento em outro hospital. O corpo de Ronaldo foi levado para o Instituto Médico Legal na madrugada deste sábado. O enterro vai acontecer em Cabo Frio.
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