De acordo com o documentário ''Pacto Brutal'', o livro de Guilherme de Pádua foi proibido circular pela Justiça.
Em 1992, um dos crimes mais bárbaros veiculados na TV, comovia o Brasil. O assassinato da atriz Daniella Perez, filha da escritora Glória Perez, a qual escrevia a novela ”Corpo e Alma” da época, e tinha a filha como a protagonista da trama. Daniella foi brutalmente assassinada pelo seu colega de elenco e par romântico na novela, Guilherme de Pádua.
Na última quinta-feira, 28, chegaram na plataforma da HBOMAX, os últimos episódios da minissérie documental ”Pacto Brutal”, que conta os detalhes do crime e a vida da atriz, que faleceu aos 22 anos de idade.
Guilherme de Pádua foi condenado, junto com a sua então esposa, Paula Thomaz, por 19 anos de prisão. Um dos temas que a minissérie narra, inclusive, é o livro de memórias escrito por Guilherme, a qual chamou de “A História que o Brasil Desconhece”.
Glória Perez disse ter lido o livro e ficou indignada com o relato de que o ex-ator teria se mas******* após cometer o assassinato pensando no que havia feito. “Isso a gente percebe em vários criminosos. E, nele, você percebe claramente como o assassinato pode ser um gatilho para o erotismo de alguém”, disse.
No entanto, o livro foi proibido de circular, pela Justiça. Na minissérie, ainda, é relatado que Guilherme temia por perder seu ”protagonismo” na novela com a diminuição de aparição de seu personagem. Já em outras versões é narrado que a então esposa dele, Paula Thomaz seria a mandante do crime, por motivos de ciúmes.
Em sua narrativa no livro, Guilherme diz que Daniella tinha problemas no casamento com Raul Gazolla, e estava apaixonada pelo colega de elenco. Sendo assim, a atriz começou a persegui-lo e então, como a esposa estava grávida na época, ele acabou matando Daniella.
Ao decorrer do documentário, fica perceptível a fragilidade da versão de Guilherme de Pádua frente aos fatos.