GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Caraguá comemora IDEB mais alto do Litoral Norte‏

As provas aplicadas em 2015 analisaram desempenho dos alunos dos 5º e 9º anos
O trabalho conjunto da Secretaria Municipal de Educação com as equipes gestoras, professores, alunos e pais resultou no aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb-2015). Caraguá, além de elevar os índices do Ideb-2013, teve o melhor resultado entre as cidades do Litoral Norte. Os dados completos de todo Brasil estão disponíveis no site do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio.
As provas foram aplicadas, em 2015, para alunos dos 5º e 9º anos. O município alcançou as notas 6,2 nos 5º anos e 5,1, nos 9º anos. Seguido de Ilhabela 5,9 e 4,9; São Sebastião, 5,7 e 4,6; e Ubatuba, 5,6 e 4,6. Em 2013, Caraguá oteve a nota 5,5 (5º anos) e 4,6 (9º anos).
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) estabelece como meta, que em 2021 o Ideb do Brasil seja 6,0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.
Destaques - No Fundamental 1, a EMEF Dr. Carlos de Almeida Rodrigues obteve a nota mais alta, 7,3. Em segundo, o Ciefi Profª Antonia Ribeiro da Silva, 6,9. Em terceiro, EMEF Prof. Jorge Passos, 6,7.
No Fundamental 2, a EMEF Profª Maria Moraes de Oliveira obteve 5,8; seguida da EMEF Prof. Luiz Ribeiro Muniz, 5,6.
Contudo, o maior destaque entre as escolas municipais nos 5º anos, foi a EMEF Profª Antonia Ribeiro da Silva que de 2013 para 2015 subiu de 5,2 para 6,9. Também a EMEF Prof. Alaor Xavier Junqueira, que elevou a nota de 5 para 6,3 e a EMEF Prof. Lúcio Jacinto dos Santos de 5,2 para 6,4.
Já as unidades que mais se destacaram nos 9º anos, foram a EMEF Profª Edna Maria Nogueira Ferraz que elevou a nota de 4 para 5,2; e a EMEF Profª Maria Thereza de Souza Castro de 4,5 para 5,4.
Cálculo - O indicador é calculado desde 2007, a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e nas médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país e a Prova Brasil – para os municípios.O Ideb é importante por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do PDE para a educação básica. 
Secretaria de Comunicação Social

Jornalistas visitam Caraguá no Encontro com a Imprensa

Encontro apresentou pontos culturais e estruturas que promovem a qualidade de vida a moradores e turistas
 Concerto de Gala com a Orquestra Sinfônica de Caraguá, regida pelo maestro Bartolomeu Vaz, com a cantora lírica Josy Santos, foi a principal atração do Encontro com a Imprensa do Litoral e Região, que reuniu em Caraguá profissionais das rádios Integração, Antena 8, Nativa, Jornal Expressão Caiçara, Gazeta São Paulo, A Melhor Idade, O Vale, televisão Record Vale e Band Vale, Revista da Cidade e Costa Vip Brasil, sites Portal Agora Vale, Artekula e um youtuber do canal Sandrão Comigo é assim.
Os convidados foram recepcionados pela Secretaria de Comunicação Social, juntamente com as Secretarias dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Educação, Esportes e Recreação, Desenvolvimento Social e Cidadania, Saúde e Fundacc.
Os participantes foram recepcionados pelo prefeito, vice-prefeito e secretários na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (SEPEDI), onde  puderam bater um papo e conhecer o trabalho realizado nas diversas oficinas adaptadas e de estímulo oferecido no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (CIAPI).
Além de fazerem um tour pela cidade, passando pela Secretaria de Turismo, a Praia Acessível, o Espaço Aventura, a nova Orla do Massaguaçu e o Centro de Eventos do Porto Novo, os convidados visitaram o Centro Integrado de Atividades Sociais, Culturais e Esportivas (CIASC), que conta com diversas oficinas de arte, música e dança, e o Centro Integrado de Desenvolvimento Educacional (CIDE), no Perequê-Mirim, onde foram recebidos pelas crianças da oficina de fanfarra tocando e emocionando a todos.
Após o passeio, um café na Secretaria de Turismo encerrou as atividades no período do dia. Fechando o encontro, todos foram assistir à comemoração dos dez anos de carreira da Mezzosoprano Josy Santos, que se apresentou em um belo concerto em parceria com a Orquestra Sinfônica e o Corpo de Baile de Caraguatatuba.
Secretaria de Comunicação Social

Colégio Adventista inicia atividades em 2017

A entidade pretende gerar cerca de 400 empregos e oferecer 35% de vagas em bolsas de estudos
A décima unidade escolar do Colégio Adventista no Vale do Paraíba e Litoral Norte inicia suas atividades em Caraguá, em janeiro de 2017.
As obras já estão em fase avançada no Pontal Santa Marina, num terreno cedido por concessão de uso para a Instituição Paulista Adventista de Educação e Assistência Social, de acordo com a Lei Municipal 2.213.
A apresentação do projeto foi feita na segunda (12), no salão de eventos do Costa Norte Hotel, no Massaguaçu. O evento contou com a presença do prefeito Antonio Carlos e secretários municipais; do tesoureiro da Rede de Educação Adventista de São Paulo, Elnio Freitas; da diretora do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Nádia Romanelli; do diretor da unidade Caraguatatuba, Alessandro Giacomini; e do presidente da Igreja Adventista da região, Ronaldo Oliveira.
A nova unidade escolar terá capacidade para atender até 1.500 alunos em dois turnos diários. Com o empreendimento, a entidade pretende gerar cerca de 400 empregos e oferecer 35% de vagas em bolsas de estudos para estudantes carentes do município, cujos critérios serão definidos pela Secretaria Municipal de Educação.
O prédio terá 20 salas de aula, 4 salas de aula infantil, sanitários, administração, auditório para 300 pessoas, estacionamento com 60 vagas, quadra poliesportiva, pátio para recreação e playground.
Após a apresentação, os representantes da Instituição Paulista Adventista de Educação e Assistência Social visitaram as futuras instalações do colégio, acompanhados da secretária Municipal de Educação, Marta Regina de Oliveira Braz, que representou o prefeito Antonio Carlos.
Serviço - Colégio Adventista de Caraguatatuba, Avenida Francisco Garrido, 860, bairro Pontal de Santa Marina.


Secretaria de Comunicação Social

Colégio Adventista inicia atividades em 2017

A entidade pretende gerar cerca de 400 empregos e oferecer 35% de vagas em bolsas de estudos
A décima unidade escolar do Colégio Adventista no Vale do Paraíba e Litoral Norte inicia suas atividades em Caraguá, em janeiro de 2017.
As obras já estão em fase avançada no Pontal Santa Marina, num terreno cedido por concessão de uso para a Instituição Paulista Adventista de Educação e Assistência Social, de acordo com a Lei Municipal 2.213.
A apresentação do projeto foi feita na segunda (12), no salão de eventos do Costa Norte Hotel, no Massaguaçu. O evento contou com a presença do prefeito Antonio Carlos e secretários municipais; do tesoureiro da Rede de Educação Adventista de São Paulo, Elnio Freitas; da diretora do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Nádia Romanelli; do diretor da unidade Caraguatatuba, Alessandro Giacomini; e do presidente da Igreja Adventista da região, Ronaldo Oliveira.
A nova unidade escolar terá capacidade para atender até 1.500 alunos em dois turnos diários. Com o empreendimento, a entidade pretende gerar cerca de 400 empregos e oferecer 35% de vagas em bolsas de estudos para estudantes carentes do município, cujos critérios serão definidos pela Secretaria Municipal de Educação.
O prédio terá 20 salas de aula, 4 salas de aula infantil, sanitários, administração, auditório para 300 pessoas, estacionamento com 60 vagas, quadra poliesportiva, pátio para recreação e playground.
Após a apresentação, os representantes da Instituição Paulista Adventista de Educação e Assistência Social visitaram as futuras instalações do colégio, acompanhados da secretária Municipal de Educação, Marta Regina de Oliveira Braz, que representou o prefeito Antonio Carlos.
Serviço - Colégio Adventista de Caraguatatuba, Avenida Francisco Garrido, 860, bairro Pontal de Santa Marina.



Secretaria de Comunicação Social

11º Caraguá a Gosto premiará vencedores nesta quarta-feira

O resultado do 11º Caraguá a Gosto será divulgado aos participantes nesta quarta-feira, 14 de setembro. O festival, realizado pela Secretaria Municipal de Turismo em parceria com a Associação Comercial de Caraguatatuba com o objetivo de promover o comércio e o turismo na baixa temporada, foi encerrado no último dia 04/09. 
O encerramento oficial com a entrega da premiação será na quarta-feira, dia 14/09, às 19h no Teatro Mario Covas, onde serão anunciados os vencedores do Caraguá a Gosto 2016.
Um dos critérios foi a originalidade dos pratos, que deveriam ser criados exclusivamente para o festival. Foram quatro categorias e os 29 estabelecimentos e seus chefes concorreram aos prêmios de melhor em Sabor de Praia, à La Carte, Comida de Boteco e Pizza.
Além dos consumidores, os clientes ocultos também analisaram a qualidade dos pratos e serviços. Após a apuração dos resultados, o prato mais votado e com as melhores notas receberá o troféu de campeão do Caraguá a Gosto 2016. Os quatro melhores garçons ganharão um tablet e o público concorrerá a 4 TV’s 43’ e a 30 pratos dos chefs.
Um dos momentos marcantes da programação do Caraguá a Gosto foi a Aula Show com o Chef Henrique Fogaça, jurado do programa MasterChef, da Rede Bandeirantes de Comunicação, e também o Jazz e Vinhos com Massa Festival, que aconteceu na Praça da Cultura no Centro de Caraguá, onde o público pode ouvir bandas de Jazz e saborear massas e vinhos. Cinco dos 30 restaurantes foram sorteados para montar estandes com massa durante o Jazz e Vinhos Festival.
Os participantes do Caraguá este ano foram: Comida de boteco - Arataka Bar, Bar do Hélio, Escafandro Petiscaria e Boteco. Sabor de praia - Balaio Caiçara e Quiosque do Marquinhos. À la carte - Bar do Julinho, Guaruçá Frutos do Mar, Kintal do Neno, Kiskonofre, Mar e Terra Restaurante, Nativus Restaurante, Nori Sushi, Ostra e Ouriço, Pastel  Trevo de Bertioga, Quiosque Baleia Branca, Restaurante Akebono, Restaurante Baleares, Restaurante Pousada Vivendas, Restaurante Valentin, Restaurante Toca do Robalo, Taller Gastronomia, Tapera Branca, Zanfredo Pasta Bar e Rissoteria. Pizza - D’ Olivino Pizzas Artesanais, Gergelim Pizzas, Pizzaria do Neno, Pizzaria Lunamar, Osteria Officina das Pizzas, Surf’s Restaurante.

Secretaria de Comunicação Social

Projeto para criação de parque ecológico está na pauta da sessão desta semana

A primeira proposta é o projeto de lei 45/16, da Vereadora Vilma Teixeira de Oliveira Santos, que dispõe sobre a criação do Parque Ecológico na região Sul do município.
De acordo com a propositura, o parque deverá ser implantado em área a ser destinada pela Administração Municipal. Os objetivos são a preservação dos cursos d´água existentes na área, a recuperação da mata ciliar, a arborização e a implantação de espaços e equipamentos de lazer.
O parque ecológico, segundo a Vereadora, autora do projeto, poderá também ser destinado para fins culturais, educativos, recreativos e esportivos, constituindo-se em um bem público do município, destinado ao uso comum da população.
A sessão contará também com a discussão e votação do projeto de lei 48/16, de Francisco Carlos Marcelino (Carlinhos da Farmácia), que dispõe sobre a obrigatoriedade da prioridade de todos os assentos nos veículos de transporte coletivo.
Para o Parlamentar, a proposta tem caráter educativo e vem de encontro as necessidades de pessoas com necessidades especiais, temporárias ou não, de modo que possam usufruir de serviços públicos com mais qualidade e respeito.
No projeto, ficam destinados ao uso preferencial: idosos; gestantes; lactantes; obesos; pessoas com deficiência; com limitação temporária de locomoção ou acompanhadas por criança de colo.

Vitor Miki

O que restou de Eduardo Cunha depois da cassação

Editorial das leituras do Guilherme Araújo, jornalista e consultor de negócios e políticas
  
Após ler e analisar dezenas de editoriais de renomados colunistas políticos pactuo do mesmo pensamento do meu amigo e blogueiro Noblat e jornalista. É indiscutível que a perda de mandato do deputado não elimina a corrupção na política, mas ajuda na luta pela ética, da qual faz parte aprovar a PEC dos partidos
A votação final do pedido de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não prometia qualquer surpresa. Se houve alguma foi à magnitude da avalanche de votos pela volta dele à planície dos cidadãos comuns, sem foro privilegiado. Um sério problema para o ex-deputado, porque passou a ficar ao alcance do juiz federal Sérgio Moro, de primeira instância, um dos pólos da força-tarefa da Lava-Jato, em que o político é investigado e já virou réu.
Os 450 votos contra ele quando eram necessário 257 denunciam o clássico movimento de abandono de quem cai em desgraça, em busca de outro núcleo de poder. Hoje, o Planalto de Michel Temer. Mas a causa básica da débâcle de quem chegou à Câmara com um estilo de atuação nas sombras, para galgar a presidência da Casa e sonhar com vôos mais altos, foram os atos de corrupção investigados na Lava-Jato e o uso sem limites dos instrumentos de poder da presidência da Casa em benefício próprio, para tentar barrar o processo por quebra de decoro que o levaria à cassação.
Por isso, a pedido do MP, o Supremo o afastou do cargo e suspendeu o mandato. Eduardo Cunha mentiu de fato à CPI da Petrobras ao garantir não ter contas bancárias no exterior. Ao chegarem às provas do Ministério Público da Suíça, o deputado forjou a história da carochinha dos trusts, titulares imateriais de contas cujo dinheiro ele e a família usufruíam em viagens ao exterior.
É indiscutível que a cassação não remove as fundações do fisiologismo e clientelismo que existem na vida pública brasileira, cujas causas se tornaram estruturais. A cassação, no entanto, ajuda, e muito, na luta contra essas mazelas. Sem considerar a coincidência emblemática e feliz de a perda de mandato haverem ocorrido horas depois da posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal, numa solenidade que escapou dos cerimoniais enfadonhos para ser vigorosa demonstração de compromisso de combate à corrupção na mais alta Corte da Justiça e na cúpula do MP.
Houve, nos debates que antecederam a auspiciosa votação contrária a Cunha, quem dissesse que em torno do agora ex-deputado havia um embate entre “direita” e “esquerda”, “conservadores” e “progressistas”, com estes saindo vencedores. Balela. Ocorreu, na verdade, algo muito além desse reducionismo: a Câmara se curvou a legítimas pressões da sociedade contra a roubalheira, à esquerda e à direita.
Muitos que acusaram o “conservador” Cunha foram aliados dele quando o PT cevava ampla base parlamentar com os mimos do fisiologismo. Importa, agora, o Congresso tratar das reformas para consertar a economia, e aprovar a proposta de emenda à Constituição dos senadores tucanos Ricardo Ferraço (ES) e Aécio Neves (MG), aprovada ontem na CCJ do Senado, para cauterizar dois dos principais focos da degradação da política brasileira: a multiplicidade de partidos sem representação, a ser reduzida via cláusula de desempenho  um mínimo de votos nacionais e regionais para a legenda ter acesso à representação parlamentar plena, e o fim das coligações em eleições proporcionais, pelas quais o eleitor elege quem não conhece.

Eduardo Cunha e outros não surgiram por acaso.


Fonte: Noblat

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Esposa explica por que não mora com Felipe Dylon

Em meio aos rumores de que teria terminado o casamento com Felipe Dylon, Aparecida Petrowky negou que esteja solteira e explicou por que está morando em uma casa separada do cantor.
A atriz detalhou que o apartamento em que morava com o amado no Rio de Janeiro era alugado e foi devolvido ao proprietário. O casal, no entanto, não teve tempo para procurar outro espaço.
"O Felipe está ficando na casa da mãe dele e eu na casa de um parente. Mas em breve estaremos morando juntos, como acontece desde quando nos casamos", garantiu a a atriz.
Vale lembrar que o rapaz deu uma explicação diferente à publicação, há alguns dias: "Estamos morando em casas separadas, pois estamos focando 100% na nossa carreira. Eu na minha e ela na dela. Mas estamos juntos".

O manifesto picareta contra a PM, de que Antonio Candido é o signatário zero. E o chupão de Suplicy. Eca!!!Os ditos “intelectuais” de sempre e um bando de anônimos assinam um texto asqueroso, que ataca a polícia e não censura a violência dos black blocs


Um dito “manifesto de intelectuais” — reúne as celebridades esquerdistas de sempre e gente de que nunca ninguém ouviu falar (são os “intelectuais” de si mesmos) — circula por aí com quase mil assinaturas enquanto redijo este post. Eu o reproduzirei abaixo. O texto foi lido no protesto de ontem, liderado por Guilherme Boulos, que teria, segundo os organizadores, reunido 15 mil pessoas. Se deram esse número, chute umas 3 mil. E olhem lá. O propósito dos valentes era cercar a casa do presidente Michel Temer, em São Paulo. Desistiram antes de chegar lá. A foto mais contundente do evento é a do ex-senador Eduardo Suplicy, candidato a vereador, dando um chupão na boca de uma militante. Bem feito para ambos! Ah, sim: ele disse que o ato foi “involuntário”. Petista não se responsabiliza nem por beijo na boca.
O garanhão do protesto: candidato dá um chupção na militante. Ele disse ter sido involuntário. Petista não se responsabiliza nem por beijo na boca (Foto: Grabiela Bilo/Estadão) O texto segue abaixo. Como vocês verão, em nenhum momento, há a censura ou o repúdio aos atos dos black blocs. Como escrevi aqui tantas vezes, Boulos e sua turma sabem que esses bandidos são seus aliados. Como vão partir para a porrada, a Polícia Militar necessariamente entrará em ação. E era precisamente isso o que queria o chefe da milícia: colar a pecha de repressão violenta na ação policial — o que é escancaradamente falso até pelo número de feridos, que é irrisório. Imaginem se esses malucos conseguem um cadáver.
Até agora, o caso da estudante Débora Fabri segue sendo um mistério. Os militantes tentaram transformá-la em heroína. Mas houve, claramente, um recuo. Por quê? Ninguém sabe. Há a suspeita de que tenha sido vítima de fogo amigo, já que ela mesma é uma apologista da violência. Que se apure tudo, até o último detalhe. Leiam o texto dos vermelhos, que segue em vermelho. Volto depois.
*
As liberdades democráticas básicas requerem o respeito a direitos fundamentais, seja por parte do Estado, seja por outros cidadãos. Dentre tais liberdades básicas incluem-se a de reunião e a de manifestação com fins políticos. O direito à expressão pública – e em espaços públicos – de interesses, ideias e valores não pode estar submetido ao arbítrio das autoridades policiais ou de seus chefes, ocupantes de cargos governamentais eletivos ou não.
Como já ocorreu outras vezes, a manifestação de domingo, dia 4 de setembro, iniciada na Avenida Paulista e concluída no Largo da Batata, foi pacífica do começo ao fim, tendo perdido esse caráter unicamente pela ação desproporcional e truculenta da Polícia Militar. Antes mesmo que a manifestação principiasse, jovens (dentre eles menores de idade) foram detidos e mantidos incomunicáveis por diversas horas, sem que lhes fosse autorizado o acesso a suas famílias ou a advogados.
Tais condutas das autoridades policiais retratam um padrão na atuação das forças de segurança paulistas, que se reproduz frequentemente no trato cotidiano com a população, nos índices de letalidade policial e na impunidade dos crimes cometidos por policiais, como as chacinas.
Não bastasse a violação cotidiana dos direitos civis de cidadãos comuns, o uso desregrado da força em manifestações políticas coloca em risco não apenas a segurança individual das pessoas, mas atinge o cerne do próprio regime democrático. A discricionariedade necessária à ação policial não pode ser confundida com a arbitrariedade que motiva ações ao arrepio da ordem democrática.
A suposta defesa da ordem, que vale frisar, é muito mal definida na nossa legislação e objeto de fortes disputas sobre seu significado cotidiano, não pode se constituir num salvo-conduto para ações violentas de intimidação a manifestações legítimas numa democracia, nem se tornar um instrumento de imposição de outra ordem, não democrática, que atente contra a garantia de direitos e da vida.
A eventual presença ou ação de grupos violentos no interior de uma manifestação pacífica não pode se tornar justificativa para ações repressivas, de retaliação e à margem da lei, que atinjam o conjunto dos manifestantes, jornalistas ou mesmo transeuntes sem qualquer relação com as atitudes de grupos isolados.
Exigimos que as forças policiais se conformem à ordem democrática, tendo claro que o desempenho de suas tarefas tem como pressuposto básico administrar conflitos e reconhecer a legitimidade das manifestações sociais, não se deixando levar por orientações morais ou por motivações político-partidárias, pautando-se – isto sim – pelos valores maiores que definem nosso Estado de Direito, previstos na Constituição Federal de 1988. Excessos no uso da força e ações arbitrárias poderão levar a uma escalada de violência sem precedentes, e é dever das corporações policiais e de seus chefes hierárquicos impedir que isso aconteça, sob o risco de comprometerem a convivência social pacífica, a ordem legal e os fundamentos do regime democrático.
Voltei
Espero que a inteligência de Antonio Candido ainda esteja entre nós para que ele explique o que significa “eventual presença ou ação de grupos violentos”. EVENTUAL??? Será mesmo que a Polícia Militar sai por aí distribuindo porradas? A única vítima fatal até hoje das manifestações, Santiago Andrade, foi morto por black blocs ainda impunes.
Venham cá: por que as manifestações pró-impeachment, que chegaram a reunir quase 4 milhões de pessoas, não precisaram de manifestos dessa natureza? A resposta é simples: PORQUE UM DOS VÍCIOS DA ESQUERDA É USAR A VIOLÊNCIA PARA PROVOCAR A REPRESSÃO E, ASSIM, TRANSFERIR A RESPONSABILIDADE DO CONFLITO PARA A POLÍCIA. Guilherme Boulos o confessou de viva voz.
É o extremo da cara de pau abrigar mascarados violentos em manifestações e depois escrever: “Exigimos que as forças policiais se conformem à ordem democrática”. Ora, elas já estão conformadas. Aqueles que cometem excessos são punidos. E que punição merecem os vagabundos que açulam os conflitos, a serviço do PT e das esquerdas?
O PT quer acertar vários coelhos com as múltiplas pauladas dos black blocs: faz campanha eleitoral, tenta manter vivo o partido, busca mobilizar a população contra as reformas trabalhista e da Previdência na base do terrorismo e simula um clima de insurreição contra “o golpe”…
Se a gente, no entanto, olha a coisa de perto, lá estão os desocupados de sempre. E também os de sempre assinam manifestos. Que Antonio Candido seja o signatário zero, eis uma autoironia involuntária.

Temer confirma Grace Mendonça como nova advogada-geral da UniãoEla é a primeira mulher a ser nomeada para o alto escalão do governo Temer. Grace entra no lugar de Fábio Medina Osório

O Palácio do Planalto confirmou na manhã desta sexta-feira a escolha de Grace Maria Fernandes Mendonça para assumir ao cargo de advogada-geral do União (AGU). Grace substituirá o advogado Fábio Medina Osório, que foi demitido do posto nesta sexta-feira. Ela é a primeira a mulher a ser nomeada para o alto escalão do governo Temer.
Segundo fontes do Planalto, o presidente esteve pessoalmente com Grace nesta manhã em seu gabinete e falou com Osório apenas por telefone. Na nota enviada à imprensa, o presidente agradeceu “os relevantes serviços prestados pelo competente advogado”.
Grace Mendonça é funcionária de carreira da AGU e responsável pelo acompanhamento das ações no Supremo Tribunal Federal (STF). O governo não conta mais com a AGU como ministério, mas vai enviar uma PEC ao Congresso para garantir que o Advogado-Geral da União tenha as mesmas prerrogativas de ministro.
Problemas – Além dos problemas com Padilha, Osório deixa a pasta “pelo conjunto da obra”. Uma das primeiras críticas a ele foi o fato de ele ter sugerido estratégias que se revelaram ineficientes e equivocadas no caso da substituição do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, no início da interinidade do presidente Temer, o que gerou uma série de problemas ao governo na estatal. Tais questões estão, aparentemente, resolvidas com a suspensão da liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli, do STF, permitindo que Melo se mantivesse à frente da presidência da empresa.
Pouco depois, desagradou também ao Planalto a iniciativa de Osório de investigar a atuação de seu antecessor, José Eduardo Cardozo, criando mais uma frente de atrito. Além disso, ele teria “atropelado” seu padrinho, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, marcando uma “reunião de emergência” com Temer para despachar assuntos de rotina.

Doria dispara e empata tecnicamente com Marta, que cresce; Russomanno começa a cair Não há exagero nenhum em afirmar que os números do Datafolha acenam com um possível segundo turno entre Marta SuplIcy, do PMDB, e João Doria, do PSDB

O Datafolha divulgou há pouco a sua pesquisa para a Prefeitura de São Paulo, encomendada pela Rede Globo. O horário eleitoral e o início efetivo da campanha nas ruas mexeram substantivamente com o quadro. É claro que muita coisa ainda pode acontecer, mas os números passaram a acenar, sim, senhores, com um possível segundo turno entre a peemedebista Marta Suplicy e o tucano João Doria. Os dois já estão tecnicamente empatados em segundo lugar. Celso Russomanno teve uma queda importante. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.
Se a eleição fosse hoje, Russomanno (PRB) ainda chegaria na frente no primeiro turno, com 26%, o que indica que teve uma queda de cinco pontos em relação ao Datafolha de agosto, quando aparecia com 31%. Numericamente, Marta (PMDB) continua em segundo lugar: cresceu 5 pontos percentuais e passou de 16% para 21%. Mas o grande salto mesmo foi o de João Doria (PSDB), que disparou: 11 pontos percentuais a mais do que no levantamento anterior. Ele tinha 5% e, agora, aparece com 16%. Assim, a peemedebista pode ter entre 18% e 24%, e o tucano, entre 13% e 19%, o que caracteriza o empate técnico.
O candidato do PT, Fernando Haddad, mal se mexeu: aparecia com 8% e agora está com 9%. É difícil crer que já não seja, a esta altura, carta fora do baralho. Está empatado com Luiza Erundina (PSOL), que, muito provavelmente, caiu: passou de 10% para 7%.
Ah, sim: no dia 25 do mês passado, publiquei aqui um post em que afirmei que eu contava com a própria Erundina para derrubar Erundina: se ela começasse a participar dos debates, seria pior para ela. Bingo!
Segundo turno
Russomanno ainda venceria seus possíveis adversários no segundo turno, mas a diferença a seu favor caiu: ele bateria Marta por 45% a 38%. Em agosto, a diferença era de 51% a 32%. Venceria Doria por 52% a 28% — antes, era 63% a 16%. Contra Haddad, a mudança é irrelevante: 56% a 25% contra 56% a 27% em agosto.
Considerações
O que explica a mexida? Bem, certamente o início do horário eleitoral é o fator principal. Doria era muito pouco conhecido. O eleitorado tucano em São Paulo é grande. Sabedores de que é ele o candidato, os que se identificam com o partido passam a ter uma opção. O desafio agora é conquistar eleitores que vão além do espectro ideológico onde transita o tucanismo.
É preciso que se vejam os dados no detalhe. Não existe exatamente uma cultura peemedebista na cidade. Mas aposto que Marta se beneficia da inserção que tinha e tem na periferia, que, tudo indica, não quer saber do petista Fernando Haddad. Aposto o mindinho que é o nome preferido dos endinheirados de esquerda.
Russomanno corre o risco de repetir a façanha da campanha passada. Não sei que peso tiveram nessa queda as suas críticas ao Uber, por exemplo. O fato é que está em todo canto que ele pretende acabar com o serviço — e os taxistas são alguns dos propagadores dessa “boa-nova”, que, suponho, desperta a reação negativa de muitos milhares. Não é uma estratégia muito esperta.
E há também a qualidade da campanha. A de Doria é, de longe, a mais competente do ponto de vista técnico. O candidato do PRB não consegue fugir daquele figurino de, sei lá como chamar, “repórter” intimidando comerciante.
Consequências
Vamos ver a estratégia, agora, de cada um. A lógica indica que Marta tende a intensificar as críticas a João Doria, e João Doria tende a buscar a polarização com Russomanno. A peemedebistas tentará se manter no possível segundo lugar, e o tucano já tem razões, depois da ascensão meteórica, para aspirar ao primeiro.
Se, com folgada maioria, Russomanno podia se dar ao luxo de ficar longe dos embates, agora não pode mais. E é justamente quando ele fala e tenta defender uma ideia que começa a correr mais riscos.

Todos crescem, menos Bolsonaro; Crivella bem na frente; há 5 em empate técnico em 2º lugar Considerando a margem de erro, estão tecnicamente empatados Freixo, Pedro Paulo, Jandira, Bolsonaro e Índio da Costa

No Rio, tudo pode acontecer na disputa pelo segundo lugar. Tudo indica que Marcelo Crivella (PRB) vá mesmo para a etapa final. No Datafolha de agora, ele aparece com 29%, contra 28% em agosto. Aí a coisa fica toda embolada, com margem de erro de três pontos para mais ou para menos.
Em segundo lugar, segue Marcelo Freixo, do PSOL, com 11% — logo, tem entre 8% e 14% e está empatado com Pedro Paulo (PMDB), com 8% (entre 5% e 11%). O peemedebista cresceu três pontos. Jandira Feghali (PCdoB) tem os mesmos 8%, contra 7% em agosto.
Flávio Bolsonaro (PSC) oscilou negativamente, de 9% para 6% (entre 3% e 9%). Logo, empata tecnicamente com os outros. Calma que não acabou: Índio da Costa (PSD) entrou no grupo, variando de 4% para 6%. Com 4%, o tucano Carlos Osório empata com Bolsonaro e Índio da Costa, mas não com os outros.
Nas simulações de segundo turno que foram feitas, Crivella venceria Freixo, Jandira e Bolsonaro.
A lógica
Tudo indica que todos aqueles que estão empatados com Pedro Paulo vão elegê-lo o adversário principal. Ele tem 30% do horário eleitoral e conta com o apoio do prefeito Eduardo Paes, em meio aos Jogos Olímpicos, obviamente bem-sucedidos. E também deve ter sido o candidato que mais cresceu.

Cármen Lúcia assume STF com credibilidade arranhada no pós-LewandowskiTribunal vem de duas presidências infelizes: a Barbosa, faltou a temperança; ao presidente que ora se despede, independência

Nesta segunda, a ministra Cármen Lúcia toma posse como “presidente” do Supremo Tribunal Federal. Se ela quisesse, a língua portuguesa, à diferença do que pensam muitos, a autorizaria a assumir como “presidenta”, já que esse cargo pode ser designado, em nosso idioma, como substantivo comum de dois gêneros, mas também se admitindo o feminino. Essa segunda opção embute aquele quê de demagogia afirmativa, que, no mais das vezes, nada quer dizer além da… demagogia afirmativa. Como a gente sabe, o debate de gênero não impede uma mulher de cometer crime de responsabilidade, não é mesmo? Vejam o caso de Dilma. Sigamos.
Cármen Lúcia é considerada uma pessoa austera, de hábitos simples, bastante econômica na prosa, e isso inclui os seus despachos oficiais. A Presidência do Supremo anda a precisar de um choque de credibilidade. O tribunal, infelizmente, vem de dois mandatos não muito felizes, depois de um período de comando sereno, a cargo de Ayres Britto. Joaquim Barbosa, aposentado precocemente por vontade própria, e Ricardo Lewandowski não deram o seu melhor à causa. Ou deram, vai saber…
Barbosa sempre deixou que a deusa Ira ocupasse o lugar que deveria ser da Serenidade. Não é segredo pra ninguém que é do tipo que não tolerava e não tolera divergência. Tem lá seus entendimentos, como dizer?, bastante idiossincráticos sobre direito, Justiça e política. Há alguns dias, pronunciou-se em português, inglês e francês sobre o processo de impeachment no Brasil e falou bobagem nos três idiomas, sugerindo uma espécie de conspiração. Ninguém entendeu direito o que queria dizer. E duvido que ele próprio tenha entendido.
Um de seus antípodas – e ele os tinha aos montes no tribunal – o sucedeu, segundo as regras, no comando da Casa: Ricardo Lewandowski. Ninguém, como este, deu tanta atenção às questões corporativistas. Com o ministro, reclamos dos juízes ou da OAB sempre encontraram ouvidos especialmente atentos. Não duvidem: entre os cofres públicos e os cofres dos de sua estirpe, Lewandowski escolherá sempre os interesses destes últimos.
Na condição de revisor do processo do mensalão, não custa lembrar, o doutor esticou o prazo até onde lhe foi dado chegar. Soube jogar com o calendário, mas, vá lá, ainda assim, operou nos limites das regras do jogo.
Por artes do destino, coube-lhe presidir o julgamento de Dilma Rousseff no Senado. Tudo parecia caminhar conforme o figurino até o momento da grande indignidade. Atendendo a uma articulação de peemedebistas e petistas, da qual ele próprio foi parte ativa, tomou uma decisão que ultrapassou as raias do absurdo; O HOMEM DECIDIU FATIAR UM TRECHO DA CONSTITUIÇÃO. Aceitou um destaque que separava a cassação do mandato de Dilma de sua inabilitação. Como se a Carta abrigasse tal possibilidade.
O comportamento levou o Movimento Brasil Livre a entrar com uma denúncia contra ele no Senado, defendendo o seu impeachment. Foi de pronto rejeitada por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa. Outro absurdo: Renan também fez parte da articulação.
Desde a redemocratização, deve ter sido o momento mais indigno da corte suprema do país. E, se querem saber, não me espanta que Lewandowski tenha sido o seu protagonista.
Ainda que procedam as especulações de que a própria cúpula do governo Temer tenha condescendido com o expediente ou mesmo o tenha planejado, ao presidente do Supremo cumpria zelar pela Constituição. E ponto final.
Foi uma vergonha!
Que a circunspecta Cármen Lúcia consiga pôr as coisas no seu devido lugar. O Supremo não pode mais conviver com esses rasgos de indignidade.

Ex-advogado-geral não disse como se abafaria a Lava-jato. Entendo ser isso impossível!Fábio Medina Osório traz uma contradição essencial: diz que o governo quer abafar operação, mas que nada sabe que desabone Temer. Ah, bom!

Alguns movimentos que apoiaram o impeachment de Dilma assinaram um manifesto protestando contra a demissão de Fábio Medina Osório. De saída, faça-se uma correção: o Movimento Brasil Livre não está entre os signatários, conforme se noticiou, inclusive o programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, que eu ancoro. O texto em apoio a Osório sugere que ele é um paladino do combate à impunidade e que o Palácio do Planalto, numa articulação comandada pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), estaria interessado no contrário.
Aliás, em entrevista à VEJA, Osório diz a mesma coisa: “O governo quer abafar a Lava-Jato. Tem muito receio de até onde a Lava-Jato pode chegar”. Mas também é Osório quem diz, na mesma entrevista, sobre o presidente Michel Temer: “Ele é uma pessoa que admiro muito, elegante, bem-intencionado, quer fazer o bem para o Brasil, ao contrário  do Padilha”.
Há aí uma contradição inelutável. Ou Temer é bem-intencionado e, nessa condição, o demitiu sabendo o que fazia. Ou, ao tê-lo demitido para abafar a Lava-Jato, então bem-intencionado não é. Fiquei com a impressão de que Osório quer acertar as suas contas com Padilha e, para tanto, ataca o governo, mas tentando preservar Temer, como se isso fosse possível.
Osório é chegado a frases de tom apocalítico: “Se não houver compromisso com o ataque à corrupção, esse governo vai derreter”. Certo! Mas ele mesmo afirma à VEJA:  NADA CONHECE QUE DESABONE A CONDUTA DO PRESIDENTE.
Questão conceitual
A acusação dos ex-advogado-geral é grave: diz que o governo quer abafar a Lava-jato. Mas cabe aí fazer uma pergunta: como é que ele poderia fazer tal coisa? A operação, por acaso, é tarefa do Executivo? Só um grupo conseguiria hoje trabalhar contra a dita-cuja: a própria força-tarefa. Alguém acredita que o governo tenha mesmo condições de tolher o trabalho dos procuradores, da Polícia Federal e do juiz Sergio Moro? Entendo que não.
Não gosto do  modo como o ex-advogado-geral se pôs nesse debate. Contra a orientação do governo, ele resolveu requisitar os dados dos inquéritos em curso, segundo disse, para mover ações de improbidade administrativa contra os políticos envolvidos. Antes disso, afirma ter se mobilizado para que as empreiteiras ressarcissem os cofres públicos pelos danos provocados ao erário. Ele diz que essas eram suas tarefas e que não cumpri-las seria prevaricar.
Vamos lá. De fato, o governo já havia orientado Osório a ficar longe do caso, no que, entendo eu, fazia muito bem. Imaginem a dor de cabeça que provocaria esse trânsito de informações. A suspeita de que, aí sim, o Executivo estaria atuando para se meter na Lava-Jato seria gigantesca. Mais: há um órgão do primeiro escalão que cuida das medidas a serem adotadas contra as empreiteiras e do ressarcimento aos cofres públicos: a Controladoria-Geral da União, com o devido acompanhamento do Ministério Público.
Mais: quem disse que é só a AGU que pode entrar com ações de improbidade contra os políticos? É claro que não! Se o preço de fazê-lo é o órgão mergulhar de cabeça nos inquéritos, então é melhor não, porque sempre haverá o cheiro da interferência indevida do governo.
Ok, ele diga o que quiser, e a obrigação do jornalismo é registrar a sua fala, mas tenho pra mim que o Executivo não pode ser acusado de querer abafar a Lava-Jato porquanto não haja nada a abafar no seu âmbito.
Acho que o advogado-geral alimentou mal as suas ambições e não se conformou com aquele que era o seu papel. Quando lhe foi dado atuar para impedir o governo de fazer bobagem, como no caso da demissão de Ricardo Melo, da EBC, é preciso admitir: Osório mandou muito mal e permitiu que o governo caísse numa roubada.
Também me parece despropositado que ataque a sua sucessora no cargo, como fez, tentando desqualificar Grace Mendonça, contra a opinião de pessoas sensatas, que a consideram competente.
Reitero: uma coisa é o governo querer manter o Executivo longe da Lava-Jato. Outra, distinta, é querer abafá-la. Seria, quando menos, necessário dizer como se faria isso. E, vamos convir, Osório não disse.

Cunhaaa… Tchau, querido!

O deputado do PMDB do Rio, salvo alguma manobra de última hora – e não há nenhuma possível até onde a vista alcança –, deve ter seu mandato cassado nesta segunda-feira, tornando-se inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Infelizmente para ele, aquela maracutaia, liderada por Ricardo Lewandowski, que beneficiou Dilma, não poderá ser usada em seu favor.
Ah, nem tudo foram espinhos para o Brasil na gestão de Eduardo Cunha. Ainda que o país tenha descoberto coisas do arco da velha envolvendo a sua vida; ainda que as suas aventuras nos subterrâneos da política, onde passam os canos de esgoto, fossem muito mais numerosas do que se poderia supor; ainda que sua moral heterodoxa fosse mais desassombrada do que qualquer aposta, é claro que os brasileiros lhe podem ser um tantinho gratos ao menos: ele ajudou, sim, a população a se livrar de Dilma Rousseff.
Com um presidente da Câmara alinhado com a então mandatária, é bem provável que nenhuma denúncia em favor do impeachment prosperasse. Afinal, o ato inaugural cabe mesmo ao chefe da Casa. Mas é evidente que isso não fez de Cunha o principal responsável pela deposição da petista. Vamos ser claros? A única culpada é ela própria. E não apenas porque cometeu crime de responsabilidade, mas também porque não conseguiu ter a seu favor míseros um terço da Câmara e um terço do Senado.
Ainda assim, que fique registrado o papel de Cunha. Imaginem em que pindaíba estaria agora o país com a senhora Dilma Rousseff no comando, especialmente porque ela vive um novo surto de esquerdopatia. Vai saber do que seria capaz. Mas esse bem que o peemedebista fez a Brasil não pode nos levar a condescender com seus métodos.
Que bom que ele não se foi cedo demais e deu tempo de o Brasil apear Dilma do poder. Mas agora já se faz tarde.
Tchau, querido!