A Operação Porto Seguro, realizada pela Polícia Federal, na manhã da sexta-feira (23), desarticulou uma organização criminosa que estava infiltrada em diversos órgãos federais. Os envolvidos atuavam na obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados, e a ação ocorreu na capital e no interior de São Paulo e em Brasília.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do site Radar on-line, a operação não parou somente no gabinete da presidência da República em São Paulo, os agentes também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa da chefe de gabinete de Dilma Rousseff, Rosemary Novoa de Noronha, na capital paulista. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio. Rosemary é amiga de longa data de Lula e já ocupava o cargo atual durante o governo dele.
Na manhã deste sábado a presidente Dilma Rousseff decidiu afastar e/ou exonerar os envolvidos no esquema, começando pela chefe do escritório da Representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, o advogado geral da União substituto, José Weber Holanda, braço direito do ministro Luís Inácio Adams, também será demitido da função que exerce no órgão.
Os irmãos Vieira, Paulo Rodrigues Vieira que é o diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), mas segundo Lauro Jardim o Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Lula, tentou evitar que Paulo fosse diretor da ANA, mas em segunda votação do Congresso entrou. E Rubens Rodrigues Vieira, diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que segundo o colunista Lauro Jardim, Nelson Jobim, teve que engolir a indicação de Rubens para a Anac, mas que preocupava-se com a desenvoltura do indicado de Lula para o cargo. Ambos estão estão presos, mas o caso deles é diferente e mais complexo, eles serão afastados e haverá abertura de procedimentos disciplinares contra eles, pois a indicação dos irmãos Vieira, passou pelo Congresso.
E outros servidores indiciados serão afastados ou demitidos pelo governo, e os órgãos citados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal passarão por sindicâncias internas para que responsabilidades sejam apuradas, além de verificar se há envolvimento de outros funcionários nas denúncias.