Recentemente, a modelo Shanina Shaik disse em entrevista para o jornal Daily Telegraph da Austrália, que o famoso desfile da Victoria’s Secret não vai mais acontecer. A modelo já desfilou para a marca por cinco vezes.
Todos os anos, desde 1999, a marca realiza um grande desfile, com shows de famosos, que é televisionado para parte do mundo. O pico de audiência do desfile da Victoria’s Secret foi em 2010, com 10,4 milhões de telespectadores. Desde então, a audiência foi caindo ano após ano, chegando a apenas 3.2 milhões em 2018, a menor audiência da história do evento.
Todas as supermodelos já desfilaram para a Victoria´s Secret, inclusive muitas brasileiras como Gisele Bündchen, Adriana Lima, Isabeli Fontana, Izabel Goulart, Alessandra Ambrosio. A marca registrada do desfile são as asas nas costas das modelos, chamadas de “angels”.
Houve a época em que muitas meninas sonhavam em ser uma “angel”. No entanto, de uns anos para cá, o conceito do desfile tem desagradado algumas pessoas. No ano passado, Ed Razek, diretor de marketing da L Brands, deu declarações transfóbicas, afirmando que “o desfile é uma fantasia” e que, por isso, mulheres trans não teriam espaço no show. Também disse que ninguém tinha interesse em plus sizes no desfile.
Na época, as declarações de Razek geraram muita repercussão, e a marca foi duramente criticada nas redes sociais. Então, em maio deste ano, a presidente da L Brands, empresa dona da Victoria’s Secret, anunciou em um comunicado interno que algumas coisas mudariam no desfile, mas não deu maiores explicações.
Acontece que as pessoas não querem mais ver corpos supermagros desfilando por aí e estrelando capas de revista. É preciso que apareçam corpos diversos na passarela, pessoas, de diferentes gêneros, formatos, tamanhos, raças. Por esses vários motivos, o famoso desfile da Victoria’s Secret deve acabar, ou, no mínimo, passar por grandes mudanças.
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