O governo cabo-verdiano vai investigar as circunstâncias envolvendo uma embarcação que saiu de São Vicente, em Cabo Verde, e foi resgatada no litoral do Maranhão, informou nesta quarta-feira (23) o ministro da Segurança Nacional e dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Direitos Humanos do Maranhão confirmou à RFI que o grupo, além de dois brasileiros, era composto por 19 pessoas do Senegal, duas da Nigéria, três da Guiné e uma da Serra Leoa.
“O governo vai mandar instaurar uma investigação para saber o que terá acontecido, como é que a embarcação saiu de São Vicente, e em que condições, para podermos apurar as responsabilidades, saber como trabalharmos para que situações do gênero não venham a acontecer”, declarou Tavares a Odair Santos, correspondente da RFI em Cabo Verde.
Coiotes brasileiros
A embarcação foi resgatada no último sábado (19), às 23h30, no cais de São José de Ribamar, região metropolitana de São Luís, informou a imprensa nacional. De acordo com a Polícia Federal, os brasileiros agiram como “coiotes” e foram presos em flagrante por tráfico internacional de pessoas.
Segundo apurações da polícia brasileira feitas à Folha de S.Paulo, os brasileiros são aparentemente do Rio de Janeiro e compraram um barco em Cabo Verde para fazer o transporte. A embarcação ficou 35 dias no mar, sendo que nos últimos cinco dias estava à deriva e as pessoas a bordo afirmam que estavam passando fome. Alguns dos imigrantes contaram à Polícia Federal que pagaram aos brasileiros cerca de € 1.100 (cerca de R$ 4.800) pela viagem.
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