O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi impedido de deixar, o ao lado dos colegas, o hotel onde ocorreu o congresso promovido pelo PMDB, na terça-feira (17), em Brasília. Segundo a Folha de S. Paulo, os integrantes da cúpula do partido se dirigiram a uma saída reservada às autoridades, nos fundos do empreendimento, mas Cunha acabou sendo impedido.
Testemunhas contaram que Cunha, depois de ser barrado, ficou parado em frente à passagem, enquanto seus seguranças esmurravam a parede. A porta foi fechada depois que o vice-presidente Michel Temer passou, ao lado de nomes como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente José Sarney.
O deputado só conseguiu sair quando os outros já haviam partido. O erro da organização do evento retrata a situação que Cunha enfrenta hoje. A cúpula do PMDB isolou o carioca, que agora depende exclusivamente da relação pessoal que tem com deputados do partido e de siglas como o PR e o PSC para sobreviver no Legislativo.
O panorama, ainda segundo a publicação, se agravou na última quinta-feira (19), quando aliados do deputado fizeram uma série de manobras para suspender a reunião do colegiado. A ação expôs a estratégia de Cunha e acabou desencadeando uma série de questionamentos formais à sua permanência na presidência da Casa.
Integrantes do PMDB avaliam que hoje Cunha é um fator de constrangimento para o partido. Mas, apesar das críticas feitas nos bastidores, quando questionados sobre a situação do deputado, dizem que esse "é um problema da Câmara" e que deve ser visto pelo viés "jurídico".
Nenhum comentário:
Postar um comentário