GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 31 de outubro de 2015

Brasil é um dos líderes mundiais em pesquisa odontológica

A endodontia é uma das áreas mais pesquisadas em odontologia no país.

A revista Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO), em 2011, publicou uma projeção apontando que o Brasil seria o principal produtor de conhecimento em odontologia no mundo no ano de 2015. O autor da análise foi o então editor-chefe, Jorge Faber, que, atualmente, atua como editor do jornal americano Journal of the World Federation of Orthodontists e professor adjunto da Universidade de Brasília (UnB). Quatro anos após a publicação, o Brasil não se tornou líder mundial na produção de artigos científicos na área odontológica, mas está em segundo lugar como referência no cenário internacional. 
O Brasil chegou a ocupar, nos anos de 2012 e 2013, a primeira posição na produção de conhecimento em ortodontia no mundo, segundo a base de dados Scopus. Com a crise financeira e a recessão econômica, o país sofreu uma desaceleração na produção de artigos científicos, por causa da redução nas verbas para as pesquisas. Mesmo assim, em 2014, os brasileiros conseguiram permanecer no segundo lugar, com 980 trabalhos produzidos em odontologia. Os Estados Unidos ficaram em primeiro, com 1.458 resultados publicados. A Índia, que desde 2009 vem experimentando um crescimento exponencial na área odontológica, conquistou a terceira colocação, com 632 artigos. Para Faber, nos próximos cinco anos, o Brasil continuará mantendo a qualidade e a excelência em pesquisa. “Nós temos uma odontologia que é referência no cenário internacional e, cada vez mais, brasileiros estão sendo convidados para dar aulas em seminários no exterior”. 
De acordo com com a Coordenação do Programa de Pesquisa em Saúde (Cosau) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as áreas mais pesquisadas em odontologia, hoje, no Brasil são: materiais odontológicos, biomateriais, patologia oral, laser, endodontia, biologia celular e molecular. A base de dados Scopus, levando em consideração os artigos científicos produzidos mundialmente, aponta a cirurgia oral, seguida da periodontia e ortodontia, como protagonistas na produção de conhecimento.
Ao longo dos anos, o país contribuiu muito para a odontologia. Grande parte dos implantes dentários no mundo e dos aparelhos ortodônticos tem pequenos itens que foram desenvolvidos por brasileiros. “O Brasil é referência na área porque tem grandes clínicos e pesquisadores”, afirma Faber. 
Um parâmetro que pode ser utilizado para demonstrar a importância da ciência odontológica do país é o número de citações de artigos brasileiros na literatura mundial. “Dados apresentados recentemente pela presidência do CNPq mostram que as citações de trabalhos de brasileiros é maior que a média do mundo”, aponta Antônio Luiz Barbosa Pinheiro, membro da Cosau.
Uma das grandes dificuldades em produzir pesquisas de saúde em um país em desenvolvimento é a falta de recursos financeiros e de infraestrutura. “Sem contar a burocracia governamental”, destaca Pinheiro. Outro ponto negativo no cenário acadêmico nacional é a lentidão com a qual alguns dados chegam aos periódicos. Uma das explicações para isso é uma escolha editorial ‒ os editores dão preferência a artigos que alterem os modelos estabelecidos. “Trabalhos que mantêm as informações como estão não são atrativos para eles”, aponta Faber. O inglês também é uma adversidade enfrentada pelos pesquisadores brasileiros, já que muitos não são familiarizados com a língua e os trabalhos científicos, majoritariamente, utilizam-na para publicação. 
Projeção
A projeção de Faber, em 2011, foi feita a partir da observação do acúmulo de produção de conhecimento em odontologia no Brasil entre os anos de 1996 e 2009. A técnica utilizada foi a de regressão estatística, que se baseia em entender o quanto uma variável explica a outra. A criação de um modelo preditivo aconteceu justamente para tentar entender o futuro. Faber avaliou duas vertentes: a produção de todas as áreas e a ortodontia isoladamente. “Eu quis entender exatamente a natureza desse fenômeno e também a participação do nosso país”, explica. 
Em 1996, o Brasil ocupava a 17ª posição no ranking de número de artigos produzidos em odontologia. Nosso país chega ao 2º lugar durante os 13 anos. Analisando somente 2008 e 2009, estava em primeiro. Impressionado com o crescimento, Faber buscou o número de artigos publicados pelas principais nações ao longo de uma década, e realizou modelos de previsão para projetar o ranking delas em 2015.

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