As ativistas Elisa Quadros Pinto, a Sininho, e Karlayne Moraes, a Moa, participam de uma audiência na 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio na tarde desta quarta-feira. Em seu depoimento à Justiça, Sininho negou ser uma liderança dos ativistas acusados de promover atos de violência durante as manifestações que aconteceram em 2013, no Rio, e afirmou ser vítima de 'fofocas'. Segundo ela, destruíram sua identidade pessoal para a criaçao de uma imagem terrorista que não existe:
- Participei desde o início da (movimento) Ocupa Câmara, mas nunca liderei o movimento. Acompanhei por solidariedade - disse.
Questionada sobre os planos de queimar ônibus, ela afirmou que não existia esse plano:
- Era uma ocupaçao em barracas e conversávamos, mas não era uma reunião para queimar ônibus. Eu tentava dar o máximo possível para as ocupações, para ajudar as pessoas - disse.
Sininho e Moa são acusadas de participação em atos violentos durante protestos na cidade em 2013. A dupla e outros 21 réus respondem por formação de quadrilha. De acordo com o TJ, os outros réus já foram interrogados e o processo se encontra em fase de alegações finais. No caso delas, no entanto, como eram consideradas foragidas desde dezembro de 2014, elas ainda não haviam prestado depoimento.
As duas tiveram prisão decretada pela Justiça, mas em junho, o ministro Sebastião Reis, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, concedeu um habeas corpus a três manifestantes: Sininho, Moa e Igor Mendes da Silva, que estava preso à época. A decisão do STJ foi anunciada pouco mais de um mês depois de o desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio, ter suspendido o processo contra 23 ativistas.
Na ocasião, a medida foi tomada devido a uma acusação de corrupção de menores usada nas alegações finais pela promotoria, que citou ainda a associação criminosa e o uso de armas. Nas alegações finais, o Ministério Público também denunciou os réus pelo crime de corrupção de menores.
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