GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 8 de agosto de 2015

De engraxate a empreendedor: como Celso Silva construiu um império no setor ótico

Divulgação

“Muita coragem e muito trabalho” são as principais dicas do empreendedor Celso Silva, 60 anos. Nascido em São José do Rio Preto, o empresário teve de começar a trabalhar aos seis anos para ajudar a família, que passava por grandes dificuldades financeiras. Com a mãe costureira e o pai pintor de parede, Silva fazia bicos, como engraxar sapatos.
Com o tempo, o paulista passou por trabalhos diferentes, como confecções e metalúrgicas, mas foi aos 18 anos que ele entrou no ramo em que trabalha até hoje: o segmento ótico. Silva era representante comercial e viajava pelo país para apresentar um equipamento de fabricação de lentes. Anos depois, a empresa montou uma filial na capital São Paulo e Silva se mudou para assumir o cargo de gerente. Neste cargo, o ele percebeu algo que mudou sua carreira: um cliente compra apenas uma máquina e a usa por um longo período de tempo, enquanto óculos são comprados com muito mais frequência.
Ele tinha de fazer alguma coisa. O primeiro passo para a vida de empresário de Silva foi começar a vender armações de óculos. Quando ia viajar como representante comercial, o empreendedor aproveitava para oferecer seus produtos. Quando decidiu abrir sua própria fábrica, aos 29 anos, Silva se desligou da empresa na qual era representante e voltou para sua cidade. No entanto, o processo gestão não foi fácil para o empresário: “vendi meu carro e economizei muito dinheiro”. Neste momento, ele aprendeu algo que seria essencial para sua vida: fazer contatos. “Me ajuda até hoje, tenho muitos amigos daquela época”, conta.
Por ter começado a trabalhar muito cedo, Silva teve de largar os estudos no fim do ensino fundamental. “Era uma questão de sobrevivência, adquiri muita experiência, aprendi mais cedo, pois a responsabilidade veio mais cedo”, conta o empreendedor. Apesar de ser o caçula da família Silva, Celso era quem mais trabalhava. “Fiz tudo sozinho, não tinha quem me ajudasse. Meus pais e irmãos não tinham condições de me ajudar, ninguém nunca me emprestou dinheiro”, lembra.
Foi no momento de expandir seus negócios que Silva mais sentiu o peso de ter abandonado a escola. “Comecei a viajar muito para fora [do país] e não falava nem português direito. Tive de aprender a falar outras línguas, como espanhol, inglês, francês e italiano.”
Na década de 1990, Silva conseguiu uma nova oportunidade que ampliaria seus negócios: ter uma loja física em um shopping em São José do Rio Preto, a Ocularium Ótica. O foco da nova marca era o público A e B. “Por viajar muito para fora, conhecia produtos de grife que não havia na cidade e foquei nisso”, explica Silva.
Em 2013, o empresário resolveu criar um novo empreendimento com foco mais popular, o Mercadão do Óculos. A primeira loja foi construída ao lado do Mercado Municipal de sua cidade natal, que deu nome a rede. O sucesso foi tanto que, em 2014, as 40 unidades em funcionamento faturaram R$ 6 milhões em 2014. Espera-se que, em 2015, sejam 70 unidades do Mercadão e o que elas faturem R$ 20 milhões e, no ano seguinte, a meta é chegar a 150 lojas franqueadas.
Estar bem nos negócios não significa que Silva tenha diminuído o ritmo em algum momento. “Sempre gostei muito de trabalhar, até hoje eu trabalho muito.” Fica a dica.



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