Atualizado às 15h10
Os protestos marcados para este domingo, 15, contra o governo da presidente Dilma Rousseff reúne manifestantes em ao menos 14 Estados e no Distrito Federal nesta manhã. Nas ruas há gritos de combate à corrupção, de "Fora PT", pedidos de reforma política e de impeachment de Dilma. Nas redes sociais, cerca de 500 mil pessoas prometem comparecer a atos previstos em 21 Estados, organizados em sua maioria pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua. Não há registros de incidentes até o momento.
Em Minas, a Polícia Militar estima que 20 mil pessoas estejam na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Em alguns pontos, há mobilizações favoráveis ao governo. Mesmo público é calculado em Brasília, onde manifestantes estão reunidos em frente ao Congresso.
No Rio, cerca de 50 pessoas já ocupavam a orla da praia do Leblon por volta das 8 horas. Muitas vestiam roupas verdes ou amarelas e seguram bandeiras do Brasil. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que protocolou na semana passada pedido de impeachment da presidente, acompanhava o ato.
"Não estou coordenando isso [protesto] aqui, sou um cidadão como os outros. Meu partido, inclusive, tem 80% envolvido na roubalheira da Petrobrás", disse, num megafone, em referência à citação de parlamentares do PP na investigação da Operação Lava Jato.
A maior concentração no Rio estava na praia de Copacabana, na zona sul, que por volta das 11 horas concentrava 5 mil pessoas, segundo a PM. Organizadores do movimento como Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre chegaram a divergir quanto a possíveis discursos de políticos durante o protesto. No começo da caminhada, representantes dos Revoltados On Line afirmaram que nenhum político iria falar ao microfone para que a manifestação mantivesse seu caráter apartidário. Na chegada a Copacabana, o professor Alan dos Santos, do MBL, chamou representantes do outro movimento e disse que Bolsonaro deveria falar.
Nos grupos, participamentes dividem-se entre apoiar ou não pedidos de impeachment. Quem é contrário, defende que o ato é para demonstrar a insatisfação com o governo federal. Entre os gritos de ordem, participantes usaram “1,2,3, Dilma no xadrez’’ e “Não adianta nos reprimir, esse governo vai cair”. Em Niterói, no Grande Rio, cerca de 150 pessoas se concentram na Praia de Icaraí.
A manifestação em Brasília também faz críticas ao tarifaço de energia elétrica promovido pelo governo no começo deste ano. Em um dos carros de som do protesto, em meio a bandeiras da Força Sindical, há uma faixa com as frases: “Dilma, não cobre pela luz do sol”. A Polícia Militar do DF estima que entre 20 mil e 22 mil estejam no ato, que ocupa áreas da Esplanada dos Ministérios e o gramado em frente ao Congresso. Há um cordão de isolamento que impede que as pessoas invadam as cúpulas do Senado e da Câmara, como ocorreu durante as manifestações em junho de 2013.
A concentração em Belém (PA) também soma cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a PM. Em Fortaleza, a Polícia Militar calcula 3 mil pessoas o público no ato contra o governo. Os manifestantes vestem verde e amarelo e muitos portam a bandeira do Brasil.
Há registros de atos também em Santa Catarina, Tocantins, Maranhão, Ceará, Amazonas, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas e Mato Grosso. Pelo interior de São Paulo, há manifestações em Campinas e Presidente Prudente. Na capital paulista, a concentração está prevista para começar às 14 horas em frente ao Masp, na Avenida Paulista. / Roberta Pennafort, Clarissa Thomé, Murilo Rodrigues Alves, Eduardo Rodrigues, Carmen Pompeu, Diego Emir, Gabriela Azevedo, Angela Lacerda, Tiago Décimo, Antônio Carlos Garcia e Diego Moura
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