Os erros do passado, cedo ou tarde, cobrarão o seu preço no futuro. Quem está sentindo na pele esse ditado popular é a maior fabricante de processadores do mundo, a toda poderosa Intel. E isso por causa de algo que aconteceu há quase 15 anos e hoje pode diminuir um pouco o volume nos cofres da companhia.
Chega ao fim uma ação judicial que tramita há algum tempo nas cortes norte-americanas e diz respeito à adulteração de performance do processador Pentium 4 em testes de benchmark veiculados pela companhia. O concorrente, na época, era o AMD Athlon Thunderbird e aqueles que adquiram o chip da Intel nos Estados Unidos entre o dia 20 de novembro de 2000 e 3 de junho de 2002 podem requisitar uma indenização de US$ 15 (aproximadamente R$ 37) por causa da enganação.
O aspecto mais interessante dessa história toda é que não é preciso comprovar a compra naquele período, já que dificilmente alguém terá guardado o recibo da ocasião. De qualquer forma, isso não fará muita diferença para a Intel: mesmo que todos os adultos residentes dos Estados Unidos com 32 anos ou mais requisitem os seus US$ 15, isso representará menos de 10% do lucro da Intel obtido no último trimestre. Isso tem “cheiro de impunidade”, mas infelizmente não há muito que fazer. Pelo menos as pessoas lesadas (e muitas outras que vão aproveitar a oportunidade) poderão ficar alguns dólares mais ricos.
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