A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva confirmou, nesta quarta-feira, 12, que a coligação PSB-Rede lançará candidatos próprios em São Paulo e Rio de Janeiro, mas informou que os nomes ainda não foram definidos. Questionada se havia consenso na indicação do deputado Márcio França (PSB) para a disputa, ela afirmou que o nome dele é uma opção, mas que há outras sendo estudadas.
"É um nome que está colocado, sem sombra de dúvidas. Mas outros nomes já tinham se colocado", disse a ex-ministra depois de participar de um seminário em Salto, a 115 km de São Paulo.
A possibilidade de França se candidatar não é bem recebida pelos apoiadores de Marina. Presidente estadual do PSB, ele era o principal defensor do apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Seu nome era cotado para vice na chapa. Na última terça-feira, 11, França informou ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que não abre mão de ser o candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
No fim de janeiro, o vereador Ricardo Young (PPS) lançou-se ao governo de São Paulo para desafiar a indicação do PSB e, segundo ele, não ter uma candidatura de "fachada". Young é aliado da ex-ministra e iria para a Rede, mas, como o partido não recebeu o registro da Justiça Eleitoral, permaneceu no PPS. Outro nome sugerido pela Rede é o deputado licenciado Walter Feldman. A preferida de Marina, no entanto, era a deputada Luiza Erundina (PSB), que recusou o convite.
Sem citar nomes, Marina também afirmou que no Rio a tese da candidatura própria foi vencedora. Em Minas, no entanto, o assunto ainda está em negociação, segundo ela. "A discussão está sendo feita em todos os Estados. O problema é que as pessoas têm muita pressa para que as coisas estejam extemporaneamente decididas. Nós estávamos em momentos diferentes. Eu com a Rede, o Eduardo com o PSB. Juntar essas duas trajetórias partidárias e compor uma aliança requer um processo delicado de conversa com os encaminhamentos que já vinham vendo feitos", argumentou.
No Rio, as negociações apontam para o apoio à candidatura do deputado Miro Teixeira (PROS) ao governo do Estado. Já em Minas, a coligação tende a apoiar o tucano Pimenta da Veiga, numa reciprocidade ao fato de o PSDB ter desistido de lançar candidato em Pernambuco, onde ficará ao lado de Campos.
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