O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, ambos indiciados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, disse, em entrevista à Globonews, que jovens de famílias pobres, como Caio, vêm recebendo R$ 150 para participar de cada uma das manifestações no centro da cidade. Ele não especificou quem faz os pagamentos, mas acusou partidos políticos de envolvimento.
Segundo Nunes, Souza não estava foragido e se apresentou à polícia - ele foi preso na Bahia, na madrugada desta quarta-feira, 12. Mais cedo, ele o classificou como um rapaz "idealista", porém "manipulado". "Esse menino foi convocado, aliciado para participar de manifestações. Esses jovens são remunerados para isso. Não estou eximindo ele de responsabilidade, mas esses jovens são municiados."
Prisão. Caio foi detido por volta das 3 horas desta quarta-feira, 12, em um hotel na cidade baiana de Feira de Santana (a 100 km de Salvador). Em entrevista rápida à TV Globo, ainda na delegacia de polícia na Bahia, Caio disse, em voz baixa, que acendeu o rojão que atingiu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes."Acendi sim", balbuciou ele em resposta à pergunta da jornalista. Andrade foi atingido durante um protesto contra a alta da tarifa de ônibus, no Rio, no dia 6.
Ele foi levado ao Rio em um voo convencional e chegou ao Aeroporto Internacional do Rio, às 8h40. Caio foi levado para a Cidade da Polícia, na zona norte, onde o delegado da 17.ª DP, Maurício Luciano de Almeida, responsável pela prisão na Bahia, concedeu entrevista coletiva.
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