Ao caminhar pelas ruas do Centro de Caraguá, nos deparamos com maquinários pesados que trabalham dia-pós-dia numa obra de recapeamento que está sendo realizada pela Prefeitura Municipal em parceria com a Secretaria de Trânsito.
A primeira impressão para quem mora perto da região é de enxer os olhos e agradar comerciantes, mas a realidade não é bem por aí.
É importante lembrar que esta e muitas outras obras podiam ter sido feitas no decorrer de quase 4 anos, mas agora, em época de pré-ano-eleitoral, a “cúpula” precisa mostrar trabalho… e tem que ser trabalho pesado bem no meio urbano, para aparecer de verdade! Enquanto isso, vemos as ruas dos bairros, como no bairro Golfinho, totalmente abandonadas, repletas de mato, esburacadas, inundadas e eslameadas em período pós-chuva.
O descaso com os bairros é tamanho que existem ruas que nem mesmo os carros da Prefeitura conseguem entrar e precisam fazer contornos para seguir em frente.
Claro, um recapeamento de ruas urbanas é sempre bem-vindo, mas convenhamos que existem prioridades e prioridades.
O que seria melhor: recapear uma rua que já tem um asfalto ou limpar o matagal de ruas que estão na terra virgem?
Sim, claro, entra nesta época do ano o fator “Turista”. Caraguá ainda alimenta a idéia medíocre de que a cidade vive do turismo e para o turismo… Se fosse assim, a Serramar não teria inaugurado um Shopping de um porte tão grandioso e nem empresas grandes como Extra, Magazine Luíza, Marabraz, dentre outras, estariam interessadas em ter um pedaço do mercado. Convenhamos: Caraguá cresceu e não vive mais APENAS de períodos turísticos… a cidade já se sustenta por conta própria e há um bom tempo.
O fato é que tendo como base o período de férias de fim de ano e todo este “auê”, a Prefeitura precisa mostrar que é capaz de gerenciar uma cidade e fazer um bom trabalho. Daí sai fazendo serviços de última hora para agradar turistas e esquece que o turista passa 10 dias na cidade e os moradores passam uma vida toda. Votam também – é bom enfatizar.
Infelizmente essa é a realidade que vivemos.
Política… nem sempre a prioridade de poucos condiz com a necessidade de muitos.
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