O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ironizou ontem o índice de rejeição do adversário tucano, José Serra, dizendo que isso em breve o impedirá de andar livremente pelas ruas da capital.
"Ele (Serra) está batendo recordes atrás de recordes de rejeição. Daqui a pouco não vai poder circular pela cidade", afirmou. Pesquisa Datafolha divulgada ontem apontou que a rejeição de Serra alcançou 46%, seu maior patamar desde o início da série.
Haddad se irritou com uma propaganda tucana levada ao ar ontem que vincula seu nome ao ex-ministro e réu do mensalão José Dirceu, ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que o apoia.
O petista se esquivou de comentar o conteúdo da peça e desferiu críticas à propaganda eleitoral do adversário.
"A baixeza de Serra é conhecida e ele está pagando por isso. A população repudia esse estilo. Ele tenta iludir, confundir, mal informar. Não é assim que se faz política, não é assim que se ganha eleição", disse o petista. "Eu quero ver ele dizer que em Londres, em Paris, isso (o Bilhete Único Mensal) prejudica o trabalhador", referindo-se à uma inserção tucana que diz que sua proposta de Bilhete Único Mensal "não tem pé nem cabeça" e "tem jeito de taxa".
Brando. Em relação ao líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB), Haddad adotou um tom brando e chegou a defendê-lo contra Serra, citando cartilha produzida para cabos eleitorais tucanos com a informação de que Russomanno teria patrimônio de R$ 2 bilhões. "O Serra tem faltado com a verdade em tantas ocasiões, por exemplo com os ataques ao Russomanno, sugerindo que ele tem uma fortuna."
Em seus discursos, Haddad estimula a militância do PT a polarizar com o tucano. "O Serra não joga limpo, todo mundo sabe disso, vocês viram o que ele fez com a Dilma. Mas nós já estamos empatados com o Serra, e vamos deixar ele comendo poeira", afirmou ontem para cerca de 50 pessoas, após ato de campanha em Heliópolis, zona sul.
Durante a caminhada, Haddad ouviu da aposentada Maria Teresina Santos da Silva, de 67 anos, críticas às propagandas negativas no horário eleitoral. "O sujeito pesa o ambiente, fica contaminado", disse Teresina.
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