Os bancários de São Paulo rejeitaram proposta de acordo da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aprovaram, em assembleia realizada na noite de ontem, greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 18. A decisão foi tomada por unanimidade.
Além de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Florianópolis, Pernambuco, Ceará, Bahia, Pará, Paraíba, Alagoas, Piauí, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Amapá, Sergipe, Londrina e Campinas, entre outros, encerraram as assembleias também com decisão favorável à greve.
A expectativa do Comando Nacional dos Bancários é de que todos os Estados aprovem a greve. "Os bancários estão indignados com essa provocação que os banqueiros fizeram e estão respondendo à Fenaban com a decisão pela greve", disse Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Sem acordo sobre a campanha salarial da categoria, o anúncio da greve é usado como forma de pressionar a Fenaban. Até agora, os banqueiros apresentaram proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%, o que representa um aumento real de 0,58%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores, que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.
Segundo o Comando Nacional dos Bancários, o aumento real proposto é menor que o índice da quase totalidade dos acordos salariais feitos por outras categorias no primeiro semestre, que obtiveram ganhos reais superiores a 5%.
No dia 17, a categoria realiza novas assembleias, dessa vez com o objetivo de organizar a greve. "Os bancos têm até lá para apresentar nova proposta. Estamos à disposição", afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite.
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