Com o objetivo de manter as raízes caiçaras, sem perder a essência e preservar a cultura da cidade, a Administração Municipal de São Sebastião, por meio da Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo) preparou uma programação especial para comemorar o Dia do Caiçara, celebrado no dia 15 de março.
Na próxima quinta-feira, o pátio interno da secretaria será palco para a festividade que começa a partir das 18h30. Haverá farinhada, homenagens aos caiçaras, exposição de artes visuais e a apresentação da Camerata Difusa.
De acordo com a Sectur, a programação será aberta com a tradicional farinhada, a ser feita pelo mestre farinheiro Reinaldo Joaquim de Santana, o Contrapino. Na cozinha, as mandiocas serão descascadas e raladas para depois irem direto ao forno à lenha. Assim que estiver no ponto, ela será servida para todos que estiverem no evento.
A farinha faz parte do cardápio do caiçara e acompanha quase todos os tipos de pratas, tanto os doces quanto os salgados. Ela é servida com peixe, banana, e até pura, como o típico “biju”.
Ainda na mesma noite, às 19h30, será aberta a exposição “Imagens de São Sebastião”, com obras do artista Sérgio Fernandes Cirino, o Mola. O acervo contém 11 peças que foram doadas à Sectur pelo colecionador Paulo Rogério.
O artista
Mola nasceu em São Vicente, Baixada Santista (SP), porém foi criado desde os seis anos de idade em São Sebastião. O apelido, ganhou ainda garoto, quando pulava na pedra da Praia Grande. Como demorava para decidir se caía na água ou não, ia e voltava à pedra, como uma mola, até criar coragem e mergulhar no mar. O medo passou, mas o apelido ficou.
Quando jovem, trabalhou na pesca e na área portuária até ficar desempregado e andar pelas ruas de São Sebastião. No período das ruas, pintou certa de 500 quadros. Essas obras foram espalhadas em outros países, através da bagagem de embarcados, maioria de seus clientes.
Mesmo com seus problemas alcoólicos há alguns anos, Fernandes não perdeu sua veia artística. Sensibilizado com sua vida, por iniciativa própria, o pintor decidiu se tratar. Após esta iniciativa, Mola procurou a Sectur para pedir um espaço e expor seus trabalhos, além de, diariamente, fazer suas pinturas em tela. Diante de sua história, a Prefeitura aceitou e decidiu apoiar o artista, cedendo um espaço na própria secretaria para que pintasse suas telas e as expusesse.
A maioria de seus trabalhos retrata o porto, as praias, montanhas e a região central de São Sebastião, principalmente a área do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), Transpetro e Petrobras, com seus tanques desenhados.
Curiosamente, sem nunca sobrevoar a região, os trabalhos de Mola retratam paisagens aéreas. O artista usa sua imaginação e memória de uma maneira precisa.
Obras
Com apenas o ensino primário, Mola fez sua história artística na região. Como o artista é autodidata, seus quadros não seguem regras e não estão ligados à escola ou tendência. Estas obras são conhecidas como Naif, também chamada de ingênua ou primitiva, como é mais conhecida no Brasil, que é o trabalho produzido por artistas sem preparação acadêmica na arte que executam, tendo por inspiração retratar temas populares tanto do campo como da cidade.
Apesar disso, na prática também existem “escolas” de artistas Naïf. O que caracteriza esta arte são as cores vivas, uma imaginação criativa, espontânea e informal.
Homenagens
Ainda durante o evento, às 20h, mestres da cultura caiçara de São Sebastião serão homenageados, entre eles, Jandira Peixoto de Oliveira, Sebastião Salomão de Oliveira, Álvaro Dória Orselli, Reinaldo Joaquim de Santana, Hilda dos Santos Leite, Benedito Moreira Galvão, Valdemar do Espírito Santo, Neide Palumbo, Nelson dos Santos, Luzia Marques, Lavínia Matos, Noemi Matos, Doralice França Pereira e Benedicta C. do Valle Pombo. Para finalizar a comemoração em grande estilo, às 20h30, o público poderá prestigiar a apresentação da Camerata Difusa.
Na próxima quinta-feira, o pátio interno da secretaria será palco para a festividade que começa a partir das 18h30. Haverá farinhada, homenagens aos caiçaras, exposição de artes visuais e a apresentação da Camerata Difusa.
De acordo com a Sectur, a programação será aberta com a tradicional farinhada, a ser feita pelo mestre farinheiro Reinaldo Joaquim de Santana, o Contrapino. Na cozinha, as mandiocas serão descascadas e raladas para depois irem direto ao forno à lenha. Assim que estiver no ponto, ela será servida para todos que estiverem no evento.
A farinha faz parte do cardápio do caiçara e acompanha quase todos os tipos de pratas, tanto os doces quanto os salgados. Ela é servida com peixe, banana, e até pura, como o típico “biju”.
Ainda na mesma noite, às 19h30, será aberta a exposição “Imagens de São Sebastião”, com obras do artista Sérgio Fernandes Cirino, o Mola. O acervo contém 11 peças que foram doadas à Sectur pelo colecionador Paulo Rogério.
O artista
Mola nasceu em São Vicente, Baixada Santista (SP), porém foi criado desde os seis anos de idade em São Sebastião. O apelido, ganhou ainda garoto, quando pulava na pedra da Praia Grande. Como demorava para decidir se caía na água ou não, ia e voltava à pedra, como uma mola, até criar coragem e mergulhar no mar. O medo passou, mas o apelido ficou.
Quando jovem, trabalhou na pesca e na área portuária até ficar desempregado e andar pelas ruas de São Sebastião. No período das ruas, pintou certa de 500 quadros. Essas obras foram espalhadas em outros países, através da bagagem de embarcados, maioria de seus clientes.
Mesmo com seus problemas alcoólicos há alguns anos, Fernandes não perdeu sua veia artística. Sensibilizado com sua vida, por iniciativa própria, o pintor decidiu se tratar. Após esta iniciativa, Mola procurou a Sectur para pedir um espaço e expor seus trabalhos, além de, diariamente, fazer suas pinturas em tela. Diante de sua história, a Prefeitura aceitou e decidiu apoiar o artista, cedendo um espaço na própria secretaria para que pintasse suas telas e as expusesse.
A maioria de seus trabalhos retrata o porto, as praias, montanhas e a região central de São Sebastião, principalmente a área do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), Transpetro e Petrobras, com seus tanques desenhados.
Curiosamente, sem nunca sobrevoar a região, os trabalhos de Mola retratam paisagens aéreas. O artista usa sua imaginação e memória de uma maneira precisa.
Obras
Com apenas o ensino primário, Mola fez sua história artística na região. Como o artista é autodidata, seus quadros não seguem regras e não estão ligados à escola ou tendência. Estas obras são conhecidas como Naif, também chamada de ingênua ou primitiva, como é mais conhecida no Brasil, que é o trabalho produzido por artistas sem preparação acadêmica na arte que executam, tendo por inspiração retratar temas populares tanto do campo como da cidade.
Apesar disso, na prática também existem “escolas” de artistas Naïf. O que caracteriza esta arte são as cores vivas, uma imaginação criativa, espontânea e informal.
Homenagens
Ainda durante o evento, às 20h, mestres da cultura caiçara de São Sebastião serão homenageados, entre eles, Jandira Peixoto de Oliveira, Sebastião Salomão de Oliveira, Álvaro Dória Orselli, Reinaldo Joaquim de Santana, Hilda dos Santos Leite, Benedito Moreira Galvão, Valdemar do Espírito Santo, Neide Palumbo, Nelson dos Santos, Luzia Marques, Lavínia Matos, Noemi Matos, Doralice França Pereira e Benedicta C. do Valle Pombo. Para finalizar a comemoração em grande estilo, às 20h30, o público poderá prestigiar a apresentação da Camerata Difusa.
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