GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Por que o investidor pessoa física prefere a análise gráfica?

Veja o perfil do investidor pessoa física da bolsa brasileira e por que ele prefere a análise gráfica em detrimento da fundamentalista. Como evoluiu o número de investidores desde 2002?
Os investidores pessoa física com até 45 anos chegavam a 52,6% do total em dezembro de 2011, indicando o rejuvenescimento da bolsa brasileira. O público é majoritariamente masculino, com 75% das contas e 78,5% do volume financeiro aplicado. Por ser mais jovem e do sexo masculino, apresenta maior gosto por risco. É ansioso por ganhos imediatos, tendo uma postura de mais curto prazo. A competitividade do CDI também realça essa visão curto prazista. Essas características, talvez, expliquem a preferência pela análise gráfica do investidor pessoa física em detrimento da fundamentalista. A feira Expomoney, dedicada a finanças pessoais, ratifica essa primazia. De cada palestra de análise fundamentalista, há ao menos três dedicadas à análise gráfica.
A maior parte dos investidores pessoa física da BM&FBovespa está concentrada na faixa etária entre 26 e 35 anos, com 25,1% do total. Outro contingente importante é o da faixa subsequente, entre 36 e 45 anos, com 22,3%. É de se esperar que os investidores mais jovens ao longo de sua vida produtiva aumentem seu patrimônio, o que tende a aumentar os recursos direcionados à bolsa. Por outro lado, em termos de volume financeiro, a parcela mais representativa é a dos investidores acima de 66 anos, com a significativa parcela de 36,8% dos recursos investidos em bolsa, embora eles sejam apenas 68 mil investidores, 11,7% do total. Assim, no médio prazo, o falecimento desses investidores pode provocar alguma instabilidade nos recursos alocados em bolsa, pois a manutenção desses valores em ações depende da estratégia de investimento dos herdeiros.
  
BM&FBovespa possuía 583.202 investidores pessoa física em dezembro de 2011. Esse número está superestimado, pois a bolsa utiliza o critério de CPF cadastrado em cada agente de custódia. Logo, ela pode contabilizar o mesmo investidor mais de uma vez caso ele possua conta em mais de uma corretora. Além disso, esse número não espelha os investidores habituais, aqueles que operam com frequência. O critério usado é de investidores que possuam saldo investido na data referência. Esses investidores podem ter montado sua posição há vários anos e não terem movimentado sua carteira desde então.
Em 2007, o recorde de operações de abertura de capital (IPO, sigla em inglês) impulsionou a abertura de novas contas, que apresentou crescimento de 108% em relação a 2006. Embora o recorde histórico tenha sido alcançado em 2010, com 610.915 aplicadores, as crises de 2008 e europeia de 2011 reduziram a velocidade de chegada de novos investidores, postergando o plano da bolsa de atingir 5 milhões de contas. A meta permanece, mas o prazo passou de 2014 para 2018.
  
Em 2011, a pessoa física representava 21,4% do total de investidores em bolsa, enquanto os institucionais, 33,3% e os estrangeiros, 34,7%.
Como dito no início, o mercado acionário é masculino. Entretanto, a parcela de mulheres vem aumentando nos últimos anos, com crescimento de 870,8% desde 2002.
Em termos geográficos, tanto o número de investidores quanto o volume financeiro é concentrado em São Paulo, com participações de 43,4% e 46,6% no total, respectivamente. Esse movimento segue o peso do estado no PIB brasileiro – 33,5% – e na população total – 21,6%. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, com 16,3% das contas e 26,3% dos recursos aplicados. A fatia do Rio parece superestimada quando comparada à representatividade do estado em relação ao PIB do país, de 10,9%. A importância da bolsa carioca até o início da década de 90 pode explicar esse resultado. Em seguida, temos Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com 8% e 7,2% dos investidores e 5,4% e 6,4% do montante aplicado, respectivamente. Os demais investidores estão pulverizados pelos demais estados.
Enquanto a preferência da pessoa física é pela análise técnica, a análise fundamentalista é dominante entre os investidores institucionais. Há pouco espaço para a análise gráfica. Apenas nos agentes com perfil de curto prazo como tesourarias e “hedge funds”, o uso da análise técnica é mais disseminado.

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