Ao longo dos oito episódios previstos, essa mulher tão descolada vai passar por experiências inéditas, como a de viver um amor virtual, reencontrar um amigo de escola, acompanhar o envolvimento do filho adolescente com uma cinquentona e disputar um homem com a amiga. A temática da morte também volta a rondar os maiores pesadelos de Mercedes:
— Ela vê uma mulher, com a mesma idade dela, morrer e se assusta, decide viver a vida ainda mais intensamente.
Com um texto leve e pontuado pelo bom humor, "Divã" pretende desmitificar o processo terapêutico junto ao grande público.
— Muita gente não assistiu ao filme, muito menos gente ainda conferiu a peça. Na TV, vamos falar para um público infinitamente maior e diverso, que ainda pensa que quem se senta no divã tem problemas psiquiátricos graves. Não é isso! Analista é alguém que estudou para ser seu amigo. Ele não é seu cúmplice. Você fala sua história e ele dá o olhar dele, não vai passar a mão na sua cabeça — insiste Lilia.
Com "Divã", Lilia Cabral ganha, oficialmente, sua primeira protagonista na TV. O seriado joga luzes sobre a atriz antes mesmo de a novela "Fina estampa" estrear — a personagem central da trama de Aguinaldo Silva, que vai substituir "Insensato coração" em meados de agosto, já foi prometida a ela.
— Quando você tem seu valor, tudo tem seu tempo — teoriza a atriz, que vem a ser "coroada" justamente no momento em que completa três décadas de trabalhos na telinha: — A verdade é que a televisão pouco reconheceu o meu trabalho no teatro. Nos palcos, comecei em 1978 e vivi algumas protagonistas. Na TV, em 1981, e tive muitas frustrações. Só quando fiz "Páginas da vida", houve um salto positivo. Logo em seguida, fui indicada ao Emmy. Aí começaram a olhar para mim de outra forma, começaram a reparar que eu já era boa lá atrás, nos primeiros trabalhos.
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