A designer Amaly Olympia de Vasconcellos Tauil, de 51 anos, figurinha carimbada das colunas sociais de Niterói, foi encontrada morta na madrugada desta quarta-feira dentro do sítio onde morava, na Estrada do Frei Orlando, em Piratininga. No pátio do imóvel, a polícia achou uma pedra de 1,5 quilos com manchas de sangue, que foi usada para matá-la.
O corpo, que estava na cama, foi encontrado pela sua filha caçula. Uma perícia apontou que ela teve afundamento de crânio, fratura no maxilar e dentes quebrados. A designer foi enterrada na tarde de quarta-feira, no Cemitério Parque da Colina.
A polícia acredita que Amaly foi vítima de vingança, já que nada foi levado do local do crime. Segundo a investigação, não há sinais de arrombamento no sítio. Os três filhos da designer serão intimados para prestar depoimento nesta quinta-feira de manhã.
— O crime mostra uma ira grande do agressor — disse o delegado Adilson Palacio, titular da 81ª DP (Niterói), que investiga o caso.
Mãe de três filhos, Amaly estava desempregada e longe das colunas sociais. Ela tinha se mudado recentemente para o sítio, numa rua de chão batido afastada dos ruídos de carros e de gente. A distância dos vizinhos aumenta a dificuldade para encontrar alguém que possa ter testemunhado o crime.
— Aqui, cada um vive a sua vida. Só sei que ela morava sozinha — disse um vizinho, o agricultor Manoel dos Santos Relvas, de 40 anos, que estava sem camisa, bermuda jeans encardida e chinelos de dedo.
A casa, de dois pisos, com imponentes vidros temperados em todas as janelas, passa uma impressão errada sobre o local onde Amaly morava. A piscina no pátio tinha uma água esverdeada. Em frente à churrasqueira, uma mesa com três garrafas de cerveja vazias e uma luz acesa.
A polícia não descarta a possibilidade de que a vítima tenha bebido com o assassino antes de morrer.
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