O que o jovem busca?
Quais as suas maiores preocupações, angústias e inseguranças?
A resposta é: 96% dos jovens afirmam que a INSEGURANÇA NA ESCOLHA PROFISSIONAL é o que mais os aflige no momento.
A pergunta feita aos alunos do Ensino Médio é típica. Você vai prestar para o que? Difícil é eles saberem a resposta.
Segundo um estudo elaborado pelo DataTeen, Centro de Pesquisas do Instituto Paulista de Adolescência (IPA), quase metade (42%) dos estudantes que vão prestar vestibular, não se sentem seguros sobre sua escolha profissional.
Este fato é assustador, pois a taxa de abandono dos cursos universitários chega a 40% , mesmo em alguns cursos das melhores faculdades do estado.
O que chama mais a nossa atenção, é que o investimento financeiro da família (escolas, cursinhos, vestibulares, material didático, etc.), é altíssimo, e eles não tem certeza do que buscam profissionalmente.
Passar numa das mais conceituadas faculdades do estado, ainda é o sonho da maior parte destes jovens, mas que curso escolher?
A explicação para o comportamento indeciso do jovem é uma combinação de vários fatores. Primeiramente, a escola tem que priorizar o conteúdo escolar, formar estes alunos não é uma tarefa fácil!
As informações que os jovens obtêm, vem na maior parte das vezes da televisão e não da família, nem da escola. Os jovens são bombardeados por informações como saturação em algumas áreas profissionais e mudanças em outras, o que os leva a uma grande confusão, deixando-os ainda mais inseguros neste processo de escolha.
O amadurecimento tardio das novas gerações, também é uma das razões que geram essa insegurança.
A adolescência se esticou nas últimas décadas. Ela não só tornou-se mais precoce, como também avançou em direção a fase adulta. Encontramos hoje, um número representativo de jovens que aos 20 anos, ainda estão imaturos para decisões importantes como a escolha da carreira profissional.
Os jovens entram nessa fase mais novos e saem dela bem mais velhos em comparação às gerações dos pais.
O interessante é que apesar de trabalhar a tantos anos com adolescentes, percebo que mesmo “os sabem o que querem” e “que tem certeza da carreira/ curso que escolheram”, não sabe responder o porque da sua escolha...
A Orientação Profissional pode ser muito útil neste momento. Ela pode ajudar o jovem, tanto no processo de autoconhecimento, no conhecimento do mercado de trabalho e das profissões, como auxiliá-lo neste processo de amadurecimento e escolha.
Para que serve a Orientação Profissional?
Ela tem o objetivo de auxiliar o indivíduo na escolha de uma profissão que responda a suas expectativas futuras. Desta forma, reduz-se o risco de frustrações no âmbito profissional, as quais representam ganho de tempo, de dinheiro, além de evitar desgaste emocional e frustração.
A orientação profissional é destinada a indivíduos que estão iniciando a busca profissional.
Ela busca, através de uma série de técnicas e testes, ajudar o indivíduo a:
1. Conhecer melhor as profissões e o mercado de trabalho;
2. Identificar as forças internas que orientam sua escolha profissional;
3. Refletir sobre sua problemática profissional e buscar a solução.
Sintetizando, percebemos que as pessoas se dividem basicamente em tipos profissionais, que se adéquam mais ou menos a uma ou outra atividade profissional.
Indivíduos Realistas são voltados para realizações observáveis e concretas e preferem trabalhar mais com máquinas, eventos e coisas do que com pessoas.
Tem como valores principais as recompensas financeiras por realizações observáveis.
Indivíduos Investigadores são voltados à exploração intelectual e preferem mais o pensar do que o agir; são mais introvertidos e menos sociais, evitando atividades persuasivas.
Os valores principais são o conhecimento e a aprendizagem.
Indivíduos Artísticos são voltados para as atividades artísticas, musicais e literárias. São menos sociáveis como o tipo Investigador, mas são muito emotivos, necessitam de atividades expressivas individuais; evitam rotinas e regras e tem por valores principais a criatividade, a estética e as emoções.
Indivíduos Sociais dão preferência às atividades de ajuda, ensino e tratamento de pessoas, preferindo portanto lidar com as pessoas a lidar com atividades mecânicas e técnicas. Apresentam também uma maior necessidade de atenção, tendem a ser oralmente dependentes e tem por valor principal o bem-estar social.
Indivíduos Empreendedores preferem atividades nas quais podem dominar, persuadir e liderar os outros; tendem a ser oralmente agressivos; evitam atividades intelectuais complicadas que requerem esforço prolongado; tem por valores principais o dinheiro e ostatus.
Indivíduos Convencionais preferem atividades estruturadas nas quais devem seguir ordens claras, evitando portanto, situações confusas. Tendem a ser conformistas; tem como valor principal o dinheiro e o poder em ocupações sociais.
Obviamente, as tendências apresentadas acima não são tão bem definidas e estruturadas, pois cada pessoa é única, e em geral apresenta mais de uma categoria definida, mas a partir dessa linha de pensamento é possível direcionar o jovem às carreiras que mais tenham a ver com as suas personalidades e expectativas de vida.
As técnicas envolvidas, bem como o tempo destinado a cada tema, variam de acordo com a dinâmica de cada paciente ou grupo de jovens.
Investir em conhecimentos rende sempre melhores juros.