A manchete foi a taxa de juros, tema escolhido como destaque pelo segundo dia consecutivo. O Banco Central é acusado de ter dado sinais confusos e nesta quarta-feira (20) manteve a taxa que antes indicava intenção de elevar. O BC justificou a decisão pela recessão e incerteza externa. A quarta também foi dia de queda nas bolsas do mundo inteiro.
O petróleo caiu novamente para US$ 27, o dólar subiu e a Petrobras despencou novamente assustando investidores. Dois diretores do BC, contudo, votaram pela alta de 0,5% na Selic. O assunto no Globo foi tratado assim: “Temor de recessão leva BC a manter juros em 14,25%”. A manchete do Estado de S. Paulo é “BC mantém juros e reforça incertezas sobre a inflação”. Em subtítulo, o jornal diz: "Decisão do Copom alimenta avaliação de falta de autonomia frente às pressões do governo e do PT”.
A Folha de S. Paulo decidiu pelo título “BC culpa crise externa e mantém juros em 14,25%”. O jornal fala em “mudança de rota”. Nos matutinos, vários analistas apontam as confusões da comunicação do Banco Central para justificar a polêmica que se formou em torno desta reunião.
Já o Valor Econômico diz que “BC vê risco externo e mantém juro”. O jornal diz no texto da manchete que “no mercado prevalece a interpretação de que o presidente do BC teve que se curvar às pressões políticas do PT, do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, embora fosse defensável a manutenção dos juros”.
Lula se reuniu no seu instituto com um grupo de blogueiros e, entre outras declarações, disse uma frase destacada nas primeiras páginas dos jornais: “Não tem alma viva que seja mais honesta do que eu”.
A Justiça Federal autorizou o depoimento da presidente Dilma Rousseff e de outros políticos como testemunhas de defesa em processo envolvendo a suposta compra de medida provisória investigada na Operação Zelotes. Indeferiu, no entanto, pedido que incluia o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) na lista.
Os cientistas da Nasa e Noaa, agências americanas, disseram que 2015 foi o ano mais quente desde 1880. O presidente da Samarco, empresa cujo barragem rompeu em Minas Gerais no final do ano passado contaminando o Rio Doce, foi afastado do cargo após ser indiciado pela Polícia Federal.
Outras notícias: Casos de microcefalia ligados a zika já chegam a 3.893 no país e crescem 19,4% no Rio; Em encontro com a presidente Dilma, o vice-presidente Michel Temer a aconselhou a ouvir mais. Chanceler iraniano disse em Davos que seu país está aberto ao Brasil; Os advogados das famílias dos pilotos do voo que matou Eduardo Campos e outras pessoas disseram que laudo da Aeronáutica ignorou as falhas da aeronave.