Um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu uma multidão de manifestantes ao redor do instituto que leva seu nome, no Ipiranga, na capital paulista. O ato foi organizado em solidariedade ao instituto que sofreu um atentado a bomba na quinta-feira, 30.
A manifestação foi organizada pelo diretório municipal do PT e movimentos sociais e reuniu centenas de pessoas por cerca de duas horas. Houve gritos de "o Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo", "pode tremer, pode tremer, aqui é a infantaria do PT" e de "olê olê olá, Lula Lula".
Alguns ensaiaram gritos de "Dilma guerreira da Pátria brasileira", mas os coros se dedicaram ao ex-presidente.Lula não saiu para se juntar aos manifestantes, mas apareceu na janela do instituto, de onde acenou e jogou flores para os manifestantes ao lado da mulher, Marisa Leticia, e do presidente do instituto, Paulo Okamotto. Petistas fizeram fumaça vermelha com sinalizadores e acenavam com faixas e bandeiras de sindicatos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na janela enquanto partidários do PT realizam um abraço coletivo no prédio do Instituto Lula, na , zona sul da capital.
Estiveram presentes os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Secom), além do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e estadual, Emídio de Souza. Deputados e vereadores do PT em São Paulo também compareceram, bem como prefeitos de cidades vizinhas à capital, Carlos Grana (Santo André) e Luiz Marinho (São Bernardo do Campo). O prefeito da capital, Fernando Haddad, não compareceu. Quadros do Rio de Janeiro, como o senador Lindberg Farias e o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, também participaram do ato.
Manifestação. O presidente do PT municipal disse que o ato é de repudio ao "ódio e à intolerância". "O ato grave contra o presidente Lula tem que ser repudiado e apurado para que se puna os culpados", afirmou Paulo Fiorillo.
Okamotto disse aos jornalistas que se reuniu com o secretário de segurança pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para falar das investigações. "O secretário nos garantiu que a polícia de São Paulo tem todas as condições para apurar o atentado e que seguirá com a investigação", relatou.
Okamotto disse ainda que o instituto quer uma investigação paralela da PF e que espera um retorno para saber se isso será possível. "Entendemos que a PF é responsável por decreto pela segurança de ex-presidentes. Isso vai depender também da interpretação do ministro, ele me disse ver elementos para isso e que vai avaliar".O presidente do instituto disse também que Lula vem recebendo hostilidades e ameaças e que a segurança do ex-presidente foi reforçada.Na noite do dia 30, uma bomba caseira foi arremessada contra o instituto. Marcas são visíveis na calçada e no portão da casa sobrada que é sede da entidade. A polícia paulista investiga o caso.