Patrícia Pillar é uma das grandes estrelas do cinema e da TV brasileira, com personagens icônicos, como Flora Pereira da Silva, a grande vilã da novela "A Favorita" (2008) - que lhe rendeu inúmeros prêmios -, e completa 49 anos nesta sexta-feira (11). Quase nos "cinquentinha", a atriz terminou o relacionamento de mais de 15 anos com o político Ciro Gomes em janeiro de 2012 e, desde então, está solteira, dedicando-se à carreira.
No ar novamente como uma vilã, interpretando a ex-baronesa Constância na novela das seis "Lado a Lado", Patrícia mostra que manteve a beleza de sua juventude, mesmo passando por momentos difíceis, como um câncer de mama no fim de 2001. A artista tornou a doença pública e apareceu com a cabeça raspada em vários eventos para incentivar as mulheres a fazerem o autoexame de mama e enfrentar o problema. Ela chegou a integrar a campanha "O Câncer de Mama no Alvo da Moda", do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, que conta com apoio de muitos famosos.
Patrícia nasceu em Brasília no ano de 1964, três meses antes do Golpe Militar, e por causa da profissão de seu pai, Nuno - oficial da marinha -, ela morou em diversos lugares pelo país, como Vitória, Santos, até que se fixou no Rio de Janeiro.
Seu primeiro papel na TV foi em "Roque Santeiro", em 1985, novela de grande sucesso em todo o país, que tinha como protagonistas Regina e Lima Duarte. Ela interpretava Linda Bastos, e foi chamada para o papel depois que a viram atuando em seu primeiro longa-metragem, "Para Viver um Grande Amor", no qual atuou ao lado de Djavan, em 1983.
Um de seus papéis mais marcantes na TV foi a sem-teto Luana, na novela "Rei do Gado", em 1996. Para viver a mulher, Patrícia passou vários dias ao lado de cortadores de cana, aprendendo e conhecendo seus costumes e dramas. Esse papel lhe rendeu o troféu de melhor atriz no Prêmio Contigo!.
No cinema, seus trabalhos de maior sucesso foram "O Quatrilho" (1995) e "Zuzu Angel" (2006). O primeiro chegou a ser indicado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Nessa retomada do cinema nacional, a atriz ficou por meses aprendendo o sotaque vêneto, conviveu com colonos e aprendeu mais uma habilidade, a de traçar palhas para fazer cestos. Já Zuzu Angel, segundo a própria atriz, é a personagem mais complexa de sua carreira.
Pillar também se arriscou como diretora, ao comandar um documentário sobre o cantor e compositor Waldick Soriano, de quem é fã. Chamado "Waldick, Sempre no meu Coração", o trabalho também foi premiado, mostrando que a artista é realmente multitalentosa, já que também apresentou o programa "Som Brasil", na TV Globo, por algumas temporadas.