GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Entrevista (Marina Silva) - "O Brasil não pode chegar na Rio+20 com retrocessos"

Marina Silva na tribuna do Senado Federal
Porto Alegre – Marina Silva talvez seja a personagem mais emblemática do Fórum Social Temático 2012, que também serve como evento preparatório à Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU (Rio+20) que acontecerá em junho no Brasil. Como militante da causa ambiental, Marina participou na Rio-92 daquele momento histórico de articulação do movimento socioambientalista no Brasil. Como ministra do Meio Ambiente durante parte do governo Lula, ajudou a levar o país ao lugar de protagonista das negociações multilaterais que envolvem todo o planeta no combate ao aquecimento global. Como senadora, atuou em importantes discussões da política ambiental brasileira que hoje têm no debate em torno do Código Florestal seu ponto de fervura.



Todos esses temas convergem nestes dias de FST 2012 em Porto Alegre, o que torna as opiniões de Marina Silva um importante termômetro da discussão ambiental no Brasil a poucos meses da Rio+20. Em entrevista, Marina faz um balanço das duas últimas décadas e exorta o governo brasileiro a assumir o papel de propositor na Rio+20, para “criar o constrangimento ético” e fazer avançar a agenda ambiental. Sobre uma das principais polêmicas do Fórum, ela afirma preferir trabalhar o conceito de desenvolvimento sustentável a “entrar nessa discussão de economia verde ou azul ou amarela”.



Sobre política, Marina afirma não saber se será novamente candidata em 2014 e afirma não tratar os 20 milhões de votos recebidos nas últimas eleições presidenciais como “uma herança que tenha que ficar administrando”. Marina também descarta nesse momento a criação de um novo partido: “Não se faz partido por causa de eleição. Partido se faz quando se tem ideia, quando se tem projeto e visão de mundo”, diz. Confira a entrevista:



O Fórum Social Temático é um evento preparatório para a Rio+20, e a data nos convida a fazer um balanço. Na opinião da senhora - que esteve na Rio-92 e também na Rio+10 - quais foram os principais ganhos da política socioambiental durante essas duas décadas?

Marina Silva - No caso dos compromissos assumidos na Rio-92, não dá para a gente fazer um balanço fragmentado do desempenho de cada país, temos que fazer um balanço geral do que aconteceu em relação a essa agenda. E, o que aconteceu foi que nós tivemos ali grandes compromissos, que foram materializados nas convenções do Clima, da Biodiversidade e do Combate à Desertificação. Mas, infelizmente, esses grandes acordos tiveram um baixo nível de implementação no mundo inteiro.

Nós vamos chegar agora em 2015 sem ter atingido os objetivos de redução da perda de biodiversidade como estava preconizado. Hoje, a perda de biodiversidade já é mil vezes maior do que há 50 anos. Nós vamos chegar na Rio+20 após ter em Durban uma discussão sobre a questão das mudanças climáticas cujas medidas só serão implementadas daqui a dez anos. Ou seja, se faz o diagnóstico de que estamos em uma situação de emergência na qual o paciente, que é o planeta, está na UTI. Mas, a intervenção para resolver o problema da saúde do planeta só começará daqui a dez anos. As pessoas estão perdendo esse senso de urgência e ainda estão achando que é possível priorizar a crise econômica em prejuízo da crise ambiental. É preciso resolver os dois problemas, sem o que, no futuro nós estaremos colapsando não só as finanças, mas a própria possibilidade de vida no planeta.



Como o Brasil se insere nesse contexto?

Marina Silva - No caso do Brasil, hoje nós temos que fazer uma avaliação da seguinte forma: há 20 anos havia um vigoroso movimento social que aproveitou a oportunidade da Rio-92 para colocar uma agenda que foi motivo de muitos avanços. Avançamos, ao longo desses 20 anos, do ponto de vista da legislação, mas com graves déficits de implementação. E agora, nós estamos indo para a Rio+20 com o risco de retrocesso na própria legislação.

Já temos um retrocesso grave nos textos que foram aprovados no Código Florestal, que promove o desmatamento e a anistia para desmatadores, e temos outros dispositivos legais que estão sendo removidos, como, por exemplo, a retirada das competências do Ibama para fiscalizar desmatamento. Há outro dispositivo que diz que, a partir da aprovação dessa nova lei, só se criará terra indígena com aprovação do Congresso, algo que v em sendo feito por decreto do presidente da República, tanto a criação quanto a homologação. Se for aprovado este mecanismo que está no Congresso, nunca mais irá se criar uma terra indígena no Brasil.

Acabou de se fazer uma mudança, por Medida Provisória, em que as Unidades de Conservação já criadas poderão ser reduzidas por decreto do presidente da República. Ou seja, o Brasil não pode chegar na Rio+20 com retrocessos do ponto de vista das conquistas legais que já alcançou. Tem que chegar na Rio+20 mantendo as conquistas e se comprometendo em fazê-las avançar, traduzindo-as para a esfera do desenvolvimento sustentável. E daí, é preciso fazer uma avaliação muito comprometida do que foi feito de positivo nessa agenda no espaço global, com esse déficit de implementação que é muito grave.

No meu entendimento, o Brasil precisa fazer um processo de discussão e mobilização interno do ponto de vista da educação da sociedade em relação aos temas ambientais. Ver essa oportunidade [a Rio+20] como um momento de fazer o tema se tornar relevante no seio dos diferentes segmentos da sociedade brasileira. Ao mesmo tempo em que faz esse processo de debate, evita os retrocessos, mas também tem o papel de ser um bom protagonista para que a agenda possa avançar. Como anfitrião, ele pode desempenhar os dois papéis: de mediador, através do Ministério das Relações Exteriores, e o papel de propositor, daquele que vai criar o constrangimento ético para que a gente possa avançar na agenda através do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério do Meio Ambiente, sabendo que se está fazendo, digamos assim, um processo integrado para que a gente não saia da Rio+20 com as expectativas baixas em relação aos problemas que o planeta está atravessando.

O Brasil é o país que reúne as melhores condições para fazer isso. Primeiro, porque é o único país em desenvolvimento que assumiu metas de redução de CO2. Tem um programa de redução do desmatamento que vem sendo implementado desde 2004, que é um sucesso e que, se não mudarem o Código Florestal, vai continuar sendo um sucesso se implementar as diretrizes que ainda faltam ser implementadas do ordenamento territorial e fundiário e do apoio ao desenvolvimento sustentável. Além do mais, nós temos uma sociedade civil vigorosa.

Os avanços que conquistamos - tanto legais quanto do ponto de vista concreto - sempre contaram com a mobilização e o apoio dessa sociedade mobilizada. Quando o Brasil assumiu metas em Copenhague, foi graças a uma forte mobilização da sociedade, inclusive envolvendo 21 grandes empresas que tiveram um entendimento de que o Brasil d everia se comprometer com metas.
Marina foi Ministra do Meio Ambiente no Governo Lula
Uma discussão fortemente presente entre os ambientalistas aqui no Fórum em Porto Alegre diz respeito à chamada economia verde. Parte do movimento tem uma visão muito crítica a esse respeito, adotando inclusive o termo capitalismo verde para designar uma série de iniciativas que, segundo as críticas, estaria banalizando a questão ambiental. Qual a opinião da senhora sobre essa discussão?

Marina Silva - Eu trabalho com a idéia do desenvolvimento sustentável. Eu acho que essa adjetivação verde ou azul não é a questão. Nós temos que trabalhar o conceito de desenvolvimento sustentável, entendendo a sustentabilidade em todas as suas dimensões: ambiental, social, cultural, ética, econômica e, principalmente, política. Porque, é da sustentabilidade política que produzirmos para essas idéias da mudança do modelo de desenvolvimento atual para um modelo que seja capaz de gerar qualidade de vida para as pessoas e ao mesmo tempo manter o seu patrimônio natural, que nós vamos fazer as transformações que o Brasil e o mundo precisam. Eu nunca entrei nessa discussão de economia verde ou azul ou amarela. Eu sempre discuti desenvolvimento sustentável, entendendo a sustentabilidade não como uma maneira da fazer, mas como um modo de ser, como um ideal de vida, como uma quebra de paradigma que precisa ser realizada no século XXI, na era dos limites, em que os recursos naturais já são escassos, em que o planeta já está no vermelho em 30% e em que países como o Brasil - que tem 60% do território com floresta, 11% da água doce, que tem uma área agricultável de mais de cem milhões de hectares para produzir - têm todas as condições de fazer essa transição ou essa mutação de um modelo insustentável para um modelo sustentável.



Há 20 anos, a Rio-92 marcou o início de um período de efervescência da militância socioambientalista brasileira, simbolizado pela criação de redes como o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente (FBOMS), o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Rede da Mata Atlântica, entre outras. Durante um seminário realizado aqui no FST, alguns dirigentes dessas redes avaliaram que o movimento passa hoje por um momento de carência de mobilização efetiva de suas bases. Na sua opinião, como conquistar uma nova militância e trazer a juventude novamente para a luta ambiental?

Marina Silva - A juventude já está nessa militância. Eu senti agora, durante essa discussão da mudança do Código Florestal, um envolvimento muito grande das pessoas porque a gente teve um tempo relativamente curto para colher um milhão de assinaturas. E, a tendência é que haja um crescimento cada vez maior dentro das universidades e em vários locais. Só que é uma militância diferente. Nós estamos saindo daquele ativismo dirigido para um ativismo autoral porque as pessoas não querem mais ser meros expectadores do processo político dirigido pelo sindicato, pela ONG ou pelo partido político. Elas estão se colocando como sujeitos políticos, e esse novo sujeito político precisa ser mais bem entendido porque ele vive um processo quase de autoconvocação.

Quando a juventude colocou 20 mil pessoas na rua, no feriado de Sete de Setembro, contra a corrupção, foi um processo de autoconvocação. Como não tínhamos ali ONGs, partidos ou centrais sindicais, como fazíamos classicamente no nosso tempo, a tendência é a pessoa olhar e achar que são despolitizados, achar que não têm uma iniciação relevante. É melhor a gente ter um pouco de humildade e compreender que está surgindo um novo sujeito político. Um sujeito que se mobiliza muito mais pelo convencimento e pelo envolvimento e menos pelo constrangimento e pela idéia de punição. As pessoas são mais pró-ativas. Mas, uma coisa é certa: não querem ser espectadores da política.

Geralmente, no modelo antigo, e ainda mais agora com a estagnação dos partidos que viraram projeto de poder pelo poder, quanto mais o cidadão é colocado como espectador da política, melhor. As pessoas estão interessadas em saber como podem fazer para de fato contribuir para melhorar o país.

Eu só acredito em avanços se tivermos disposição para uma nova leitura da ação política. Um exemplo é a questão da corrupção: enquanto a corrupção for tratada como uma questão da Dilma, do Serra, do Lula, do Fernando Henrique ou do Collor, vai ter corrupção. Quando a corrupção virar um problema nosso, quando a sociedade fizer uma autoconvocação para acabar com a corrupção, vai conseguir acabar. A sociedade foi capaz de se mobilizar para dar sustentação política para reconquistar a democracia e reconquistou. Se tivesse tratado como um problema dos militares, estaríamos na ditadura até hoje. A sociedade brasileira se mobilizou para dar sustentação política para conseguirmos os avanços na agenda social que conseguimos nos últimos anos. Foi tirado, acho, 0,5% do Orçamento para investir em políticas sociais, o que tem feito a diferença na vida dos pobres, graças à sustentação política da sociedade. Em relação à política econômica, o mesmo aconteceu quando a sociedade se determinou a acabar com a escravidão ou quando se determinou a conquistar a República. Mas, porque passou a tratar como um problema seu, e não como um problema puramente dos políticos e dos governantes.

Eu acho que o Brasil tem que começar cada vez mais a investir na melhoria da qualidade da vida das pessoas e da sua representação política. Do contrário, nós vamos perder os ganhos econômicos e sociais que já alcançamos a duras penas em função do atraso na política. Hoje, o que há de mais atrasado é essa idéia distribuir pedaços do Estado para os partidos com o objetivo de ganhar o poder. Essa disputa fratricida polarizada entre oposição e situação. Eu sempre brinco que não me considero nem de situação nem de oposição. Sou uma pessoa que quero ter posição. O que está faltando no Brasil é posição. Para a oposição, ter uma posição justa e correta. Quando o governo faz coisas boas, temos que apoiar, as coisas erradas temos que criticar. E quem está no governo tem que ter a seguinte posição: quando acertamos, ótimo, acertamos; quan do erramos, temos que corrigir os erros e não podemos em nome dos acertos termos uma atitude de complacência com os erros. Então, o que está faltando ao Brasil não é oposição nem situação, é ter posição. Posição a favor da educação de qualidade, da saúde, do desenvolvimento sustentável e do combate à corrupção, a partir de um forte envolvimento do cidadão que dará uma nova qualidade política para as instituições brasileiras.



Qual será a posição da senhora nas eleições municipais deste ano? E para as eleições de 2014, já existe alguma previsão? Aqui no FST já propuseram seu nome até para concorrer ao Governo do Distrito Federal...

Marina Silva - Eu não sei como vai ser a minha participação em 2014. Eu não sabia se eu iria ser candidata em 2010 e continuo não sabendo se serei em 2014. A única coisa que eu sei é que eu quero que a questão da sustentabilidade e de uma política comprometida em discutir os problemas do Brasil e as soluções para o Brasil - não só no período da eleição, mas inclusive durante os intervalos entre as eleições - continue sendo relevante. Por isso que eu estou no movimento pela nova política, que é um movimento transpartidário e com pessoas que não querem partidos para que essa causa continue relevante.

Em relação a 2012, eu, juntamente com as pessoas que estão comigo nesse movimento, fizemos questão de não inventar um partido só para concorrer à eleição. Não se faz partido por causa de eleição. Partido se faz quando se tem ideia, quando se tem projeto e visão de mundo. Eu fui do PT durante 30 anos. Quando criamos o PT, discutimos muito, aprofundamos muito e, passados 30 anos, eu diria que hoje o PT vive um processo de estagnação dos ideais que professou lá atrás.

O PSDB, em que pese ser um partido com um outro ideário, também teve muita discussão, mas, mesmo assim, está completamente estagnado hoje. Então, se esses partidos que foram criados com tanta discussão viraram o que viraram, deu no que deu, imagine criar um partido de uma hora para outra só para concorrer a uma eleição em 2012. Isso, eu jamais faria. Por isso, o movimento é para que a gente possa metabolizar as ideias que estamos debatendo.
Candidata a Presidência da República, Marina cria uma uma nova alternativa fora do eixo PT  X PSDB e tem 20 milhões de votos.

 E a idéia de criação de um novo partido?
Marina Silva - Tem um grupo de pessoas que acha que deve ser criado um partido. Aqueles que quiserem um partido, se tiverem propostas, profundidade e densidade para isso, poderão até criá-lo, mas o movimento terá que ser maior do que os partidos. Não pode mais ser a velha lógica do partido canibalizando os movimentos. Tem que ser pessoas em partidos - não importa se do PT, do PCdoB, do PSDB - que sejam a favor dos ideais do movimento pela sustentabilidade, que deve ser transpartidário. Não tem como conquistar a mudança de um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil e para o mundo achando que isso vai ser feito por um partido ou por uma pessoa. Tem que ser feito por um conjunto de pessoas com uma nova visão da política. Não é mais a política de curto prazo para alongar o prazo dos políticos, mas sim políticas de longo prazo para o curto prazo dos políticos.
Eu não trato os 20 milhões de votos que alcançamos eu e Guilherme Leal nas eleições de 2010 como se isso fosse uma herança que eu tenho que ficar administrando. Eu trato como um legado que, no meu entendimento, deve estar a serviço dos partidos para que eles entendam que a questão ambiental é relevante, a serviço do governo para que entenda que se 20 milhões marcharam comigo mesmo sendo taxada de ecochata, uma boa parte dos que estavam com eles também defende o meio ambiente, é uma boa parte da sociedade brasileira.
É por isso que, quando se faz pesquisa sobre o Código Florestal, 80% da população é contra as mudanças. Então, esse legado é para que as pessoas entendam que a sustentabilidade política é para passar no teste em lugar de mudar o teste. Eu acho que a presidente Dilma está diante desse desafio, o Código Florestal que foi aprovado é muito ruim e eu espero sinceramente que possa ser corrigido no Congresso. Se não for, espero que ela vete, pois foi com isso que ela se comprometeu no segundo turno das eleições de 2010.

Arruda quer voltar para a política em 2014






Com uma casa em Brasília e outra em São Paulo, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda descansa com a família em Morro de São Paulo, no sul da Bahia. Único governador da história a ser preso enquanto estava no cargo, Arruda se prepara para voltar à política. Ele quer se candidatar a deputado federal em 2014. Só falta arranjar um partido que o receba.

ALERJ começa a aperta o cerco a SuperVia

O presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Marcelo Simão (PSB), receberá representantes da SuperVia para prestar esclarecimentos sobre os frequentes problemas nos trens da empresa. O encontro acontecerá em uma audiência pública que será realizada pelo colegiado, na Casa, em março. Nesta sexta-feira (10/02), a comissão enviou um ofício à concessionária cobrando ainda uma posição em relação à chegada dos novos trens, que, segundo a própria empresa, entrariam em circulação este ano.

“Com a série de cobranças pelos serviços prestados, a SuperVia acaba fazendo promessas que não consegue cumprir. É preciso que os novos trens prometidos entrem logo em operação”, reforçou o parlamentar. Para ele, o atendimento feito aos passageiros precisa de “melhorias imediatas”. “Episódios como os que aconteceram esta semana não podem mais se repetir. A população está submetida a um transporte precário, que precisa de muitas melhorias. Para isso, vamos nos reunir com representantes da empresa para buscar uma solução”, ressaltou.

A comissão realizará também uma audiência pública no dia 15 de março, para cobrar solução para os recorrentes problemas nos vagões do Metrô Rio. “Além dos problemas nos trens, a população fluminense ainda perde tempo e paciência ao utilizar o metrô. Iremos ouvir a empresa responsável pelo serviço para que, juntos, possamos dar um fim aos atrasos e às paralisações”, afirmou o deputado.

Romário fica indignado com lentidão na Câmara

Após o início dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional, em 2012, o deputado Romário Faria (PSB-RJ) se diz decepcionado com a lentidão da política brasileira. Essa é a terceira semana em que Romáriocomparece à Câmara dos Deputados, após o recesso de janeiro, e, segundo ele, nada de produtivo acontece. O deputado se refere, principalmente, às votações em plenário, desta quarta-feira (08), que não foram realizadas devido à falta de acordo entre os líderes partidários e a alegação de falta de tempo hábil, feita por alguns parlamentares, para estudar as propostas.
“Espero que na minha próxima vinda a Brasília tenha alguma porra pra fazer. Ou será que o ano realmente só vai começar depois do carnaval? Têm greves acontecendo, pessoas morrendo e lojas sendo saqueadas. Nós políticos somos culpados mesmo! E olha que estamos em ano de eleição. Espero que alguma coisa realmente boa seja feita pelo nosso povo.”, desabafou.
O deputado enfatiza duas importantes propostas de emendas à Constituição que, apesar de terem ido várias vezes para pauta, nunca foram votadas. A primeira é a PEC 300/08, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) que prevê um piso salarial nacional para os PMs e bombeiros do país. Romário acredita que a crise na segurança pública, decorrente da greve de policiais militares na Bahia, pode ser amenizada com a votação dessa proposta.
“Tem absurdo que só acontece na política brasileira, principalmente na minha casa, na Câmara Federal. Acredito que seja por falta de objetividade e de sensatez algumas das coisas lamentáveis que acontecem no nosso País. Claro que nada tem que ser levado para o lado da violência e muito menos da baderna, mas temos que resolver o problema dos policiais. Profissionais que tem família e dão a vida para garantir a nossa vida. Já está claro, e inclusive aceito pelo próprio sindicato, que o salário não será equiparado aos policias de Brasília, mas com todo respeito, um policial carioca não pode ganhar menos de R$ 1 mil. E os policiais de outros estados também não podem ganhar menos do que tem direito. Antecipadamente, já digo que vou votar a favor dos policias. Não me venham com conversa fiada lá na frente e nem com pedidos.”, afirmou o deputado.
Outra proposta que deveria ter sido votada hoje é a PEC 270/08, da deputada Andréa Zito (PSDB/RJ), que garante ao servidor que aposentar por invalidez permanente o direito à percepção de proventos integrais com revisão na mesma proporção e data da revisão e da remuneração dos servidores em atividade. 
“Tem coisas que só acontecem na política. E hoje, mais do que nunca, tenho certeza disso. Uma PEC que tramita na casa há quatro anos, não foi votada essa semana porque os parlamentares alegaram falta de tempo hábil para concluir se ela é positiva ou negativa para o povo. Têm quatro anos que essa PEC tramita na casa e não tiveram tempo de decidir se é boa ou ruim? Pediram para que a votação aconteça depois do carnaval. Será que o que não conseguiram resolver em quatro anos, vão conseguir resolver em duas semanas?”, indagou Romário.
Apesar das desilusões vividas por Romário nesta quarta-feira, o deputado saiu muito satisfeito da primeira reunião da bancada do PSB. Durante a reunião, entre outros assuntos, ficou definido que caso o PSB não consiga presidir a Comissão de Turismo e Desporto na Câmara Federal, os deputados da bancada do Ceará irão decidir, entre eles, quem presidirá a comissão que ficar com o partido. Esse acordo pode garantir ao deputado Romário a presidência da Comissão de Turismo e Desporto em 2013.
“Decidimos por unanimidade que deixaremos de ser capachos do governo. Vamos votar naquilo que acreditamos. Quero dar parabéns a todos os deputados que assumiram esse compromisso e quero agradecer, em especial, a líder do partido, Sandra Rosado (RN), pela postura, carinho, elegância e competência com que vem atuando no meu partido. Bem diferente de outros líderes com mais tempo de política que já passaram pelo PSB. E to tocando o “F” se alguém ficar de biquinho para mim. Não conheço os lideres dos outros partidos, mas se forem como essa senhora, os partidos estão bem servidos. Agradeço a ela por tudo que tem feito pelo partido e por mim. Sou seu fã Sandra! Te admiro muito como deputada e como mulher nobre e forte que é.”, declarou o deputado.
Ainda indignado, Romário diz não entender algumas coisas que acontecem na política. “Meu partido é 100% governo e é incrível como que na hora de empenhar suas emendas todos os deputados reclamam. E o pior é que existem partidos que são oposição e as emendas desses parlamentares sempre são aceitas. Nada contra eles, mas isso é só uma pequena lembrança. Outra coisa que gostaria muito, é que o presidente do meu partido, Eduardo Campos, atendesse às minhas ligações. Têm dois meses que tento dar uma resposta que ele me pediu e até agora nada.”, concluiu o parlamentar.

Ministério Público enquadra Prefeita Aparecida Panisset

Respondendo a vários inquéritos por supostas irregularidades em sua administração, a prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset (foto), vai responder agora por improbidade administrativa e propaganda ilegal. Foi acusada junto ao Ministério Público de utilizar dinheiro público para se promover, visando a eleição deputado estadual de 2014.
Segundo a denúncia, as vans e kombis que atuam no projeto Transporte Cidadão, criado para conduzir pacientes atendidos em clínicas de fisioterapia e reabilitação conveniadas com a Prefeitura, circulam com o nome da prefeita em baixo do brazão do município.
De acordo com os motoristas, eles são obrigados a pagar R$ 600 pela confecção do adesivo que colocam nos carros, nos locais indicados pela Prefeitura. Segundo o historiador Aloisio Reis, que encaminhou a denúncia ao Ministério Público, a prefeita tenta se promover com realizações públicas. “Eu não acredito que seja algo inocente. Não é a primeira vez que fazem isso. Ao juntar o nome e o brasão do município, a prefeita está se fundindo com o estado. É como se a realização não fosse pública, fosse pessoal da prefeita”, entende Aloisio.

Picciani bate o martelo e PMDB não muda um tin-tin em Magé

Definindo composições em vários municípios, o PMDB vai para as urnas este ano com a mesma chapa “puro sangue” que venceu a eleição suplementar do ano passado: o prefeito Nestor Vidal e o vice, Claudio Ferreira Rodrigues, o Cláudio da Pakera serão mantidos pela legenda.

Os dois são pré-candidatos a prefeito e vice, respectivamente e uma aliança deverá ser formada com pelo menos oito partidos. Embora ainda seja muito cedo para falar em candidaturas, a dupla deverá enfrentar um membro da família Cozzolino, o ex-prefeito Renato Cozzolino Sobrinho, primo de Núbia, Jane, Charles e Dinho Cozzolino.

A ex-prefeita Narriman Felicidade, ex-esposa do prefeito de Duque de Caxias, José Camilo dos Santos, o Zito, está filiada ao PDT e tem dito que pretende ser candidata. Com contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara de Vereadores, ela tentou ser candidata a deputada estadual em 2010 e foi impedida pelo TER. Se conseguir vencer esse empecilho jurídico ele deverá mesmo concorrer, mas para isso seu partido terá de formalizar o diretório municipal, que está desmontado em Magé. Uma convenção será realizada em abril.

Quem é Apolônio?

Nascido em Corumbá (MS) em 9 de fevereiro de 1912, falecido em  23 de setembro de 2005, Apolônio foi cadete da Escola Militar de Realengo onde chegou a tenente do Exército. Em 1935 criou a Aliança Nacional Libertadora (ANL), foi preso pelo governo Vargas, em 1936, perdendo a patente militar. Expulso do Exército, saiu da prisão em 1937, integrando o Partido Comunista Brasileiro e depois embarcou para a Espanha, onde se engajou nas Brigadas Internacionais, lutando ao lado dos Republicanos contra os fascistas liderados pelo general Francisco Franco. Em 1939, com a derrota dos Republicanos, Apolônio vai para um campo de refugiados na França até 1940, quando consegue fugir para Marselha e em 1942, o País sob o domínio alemão, ingressa na Resistência Francesa, tornando-se comandante de um grupo de guerrilheiros “partisans” responsável pelas atividades na região sul do país. Aí conheceu Renée, com quem viveu o restante da sua vida. Em 1944, em Nimes, organiza a fuga de 23 militantes da Resistência que estavam presos, foge novamente e vai atuar em Toulouse. Terminada a guerra, Apolônio reencontra Renée e seu filho, em Paris e é condecorado por Charles de Gaulle com a medalha da Legião de Honra da França. Apolônio foi transformado em personagem por Jorge Amado como Apolinário, no livro “Subterrâneos da Liberdade”. Com o golpe militar de 1964 ele passa a clandestinidade e vive no Rio de Janeiro, longe da família. Diverge das posições do PCB e, junto com Mário Alves e Jacob Gorender, entre outros dissidentes, cria o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Ele e Mário Alves são presos no Rio, em janeiro de 1970, onde Mário é assassinado pela ditadura. Trocado pelo embaixador alemão sequestrado no Rio de Janeiro, Apolônio vai para Argel. Seus filhos, também presos e depois trocados pelo embaixador suíço, em 1971. A família volta a se reunir em Paris. Em 1979, com a Anistia, volta ao Brasil e ajuda a construir o Partido dos Trabalhadores, sendo um dos seus fundadores. Em 1980 o PT é lançado oficialmente e Apolônio permanece na direção do partido até 1987, quando se afasta por orientação médica.

Projeto isenta de Imposto de Renda contribuintes com mais de 65 anos

Pessoas a partir de 65 anos de idade poderão ser dispensadas do pagamento de Imposto de Renda sobre rendimentos de qualquer espécie (e não apenas aposentadoria) até o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) - atualmente fixado em R$ 3.916,20. A medida consta do substitutivo do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), elaborado a partir do projeto (PLS 158/10) do senador Paulo Paim (PT-RS) em exame na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

Na condição de relator, Lindbergh também incluiu artigo estabelecendo que a aplicação da futura lei "estará condicionada à previsão e à estimativa de recursos constantes na lei de diretrizes orçamentárias e às respectivas dotações de recursos da lei orçamentária anual". A medida é exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, argumento o senador.

PSD tirou 270 prefeitos de seus partidos desde sua fundação, mostra estudo

A maioria dos grandes partidos brasileiros perdeu forças entre as eleições municipais de 2008 e 2012. O principal responsável pela redução dos quadros dos concorrentes é o PSD. A sigla fundada em 2011 saltou de nenhum para 270 prefeitos em menos de um ano. Quem sofreu as maiores baixas foi o DEM, que conquistou 500 municípios e hoje administra 395. O levantamento, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), foi apresentado nesta segunda-feira, 13, em Porto Alegre. Os dados também indicam que dos 5.563 prefeitos eleitos, 383 não estão mais no cargo.
Além do DEM, sofreram baixas o PMDB, que passou de 1.199 eleitos para os atuais 1.177 prefeitos; o PP, de 549 para 514; o PPS, de 135 para 116; o PR, de 388 para 360; o PSDB, de 789 para 736; o PTB, de 415 para 383; o PDT, de 354 para 337, e outros partidos com números menores. Ao mesmo tempo, o PSB aumentou o número de suas prefeituras, de 310 para 338, assim como o PT, de 553 para 564, e o PV, de 78 para 82.
“O PSD, com 270 prefeitos, já se aproxima de forças tradicionais”, comentou o presidente da CNM, Paulo Roberto Ziulkoski, referindo-se a siglas como o PDT (337), o PSB (338), o PTB (383) e o próprio DEM (395). O dirigente municipalista lembrou ainda que, além das transferências para o PSD, outros fatores também contribuíram para a formação do novo quadro das prefeituras. Entre eles estão 210 cassações, 29 opções por outros cargos, 21 renúncias, 18 afastamentos por doenças, 56 mortes e 38 motivos não informados.

MP da cidadania

Politicos fazem Farra no EUA com o dinheiro publico.

O Amor

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Vice concorrido

A movimentação pelas bandas do PT prossegue em ritmo acelerado para o preenchimento da vaga de pré-candidato a vice-prefeito. Um dos nomes é o de Priscila Siqueira, mas no diretório petista já se fala também em uma possível junção com o pré-candidato do PDT, o vereador PH. Será? Outros dois nomes também estariam na mira

É do Estado

A oposição dos vereadores de Ilhabela à administração promete ser acirrada este ano. Alguns parlamentares não perderam a oportunidade de destacar que a maioria dos projetos em andamento no município tem o dedo do governo do Estado, ou seja, o PSDB. Na tribuna da Câmara os tucanos fizeram questão de citar alguns exemplos como implantação da rede coletora de esgoto, recapeamento da SP-131 e por ai vai.


Já algumas pessoas chamam a atenção para que o que deveria ser levado em conta é o empenho do prefeito Toninho Colucci em correr atrás do Estado para que libere os recursos necessários, firmando parcerias e convênios. É interessante destacar um ditado no interior que diz que boi que fica parado, não vai atrás de comida, passa fome.

Recepção Sindserv

 O secretário de Administração da Prefeitura de São Sebastião, Urandy Rocha Leite, recebeu na última sexta-feira membros da diretoria do Sindicato dos Servidores (Sindserv). O que chamou a atenção foi a ausência na fotografia do presidente da entidade, Ivan Moreira Silva, eleito para o cargo.

Na pauta estavam assuntos como diálogos sobre adequação da Lei federal 11738/08, que versa sobre hora/aula do magistério, abertura de processos administrativos, além da utilização de EPIs (equipamentos de segurança de individual), pelos servidores e as portarias de afastamento dos funcionários que fazem parte da nova direção do sindicato. De acordo com o secretário Rocha, esse foi o primeiro encontro para abertura de agendamentos de reuniões periódicas, que devem ocorrer para tratar dos interesses dos servidores.

Vazamento

O pessoal da operação do Terminal Marítimo Almirante Barroso, Tebar, constatou um vazamento em um duto dentro do terminal, não chegando a atingir o mar. Seria algo localizado. Isso ocorreu na tarde de sexta-feira e desde então há uma equipe escavando para sanar o problema. Por conta deste fato, duas refinarias estão sem receber o petróleo: a Revap, em São José dos campos, e Replan, em Campinas.