Aos 37 anos, Nívea Stelmann conta à "Corpo a corpo" que mantém a boa forma com aulas de balé e de pilates. Marco Antônio De Biaggi, responsável pelas madeixas da foto, se emocionou ao reencontrar Nívea, que também estampou uma de suas primeiras capas como hairstylist.
RIO - Os deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e Doutor Aluizio (PV-RJ) conseguiram, na madrugada desta sexta-feira, habeas corpus para os 439 bombeiros que foram presos após invadirem o Quartel Central da Corporação, há uma semana. A decisão é do desembargador Cláudio Brandão. Os deputados estão seguindo para o quartel de Charitas, em Niterói, onde está a maioria dos presos, para comunicar a familiares dos detidos a decisão da Justiça. Há bombeiros presos ainda no hospital da corporação, no quartel do Méier e no Grupamento Especial Prisional, em São Cristóvão.
VOTE: A libertação dos bombeiros vai enfraquecer o movimento?
A informação sobre o habeas corpus movimentou o acampamento dos militares que estão desde sábado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Os bombeiros comemoraram com gritos, abraços e muitas flexões a libertação dos colegas presos. Eles também fizeram um grande abraço e uma oração em agradecimento. A categoria agora espera a anistia dos 439 presos, para que nenhum deles responda a processo administrativo ou criminal dentro da corporação.
Ainda nesta sexta, assim que os militares deixarem o quartel em Niterói, eles irão para a Alerj se juntar aos bombeiros que estão acampados para agradecer à população. Depois, todos retornarão para suas casas, pondo fim ao acampamento.
Um dos líderes do movimento dos bombeiros, o cabo Laércio Soares, disse, em frente à Alerj, que a passeata de domingo, na Praia de Copacabana, agora também será de agradecimento à população, que apoiou a classe durante todos os dias de luta pela libertação dos militares presos.
Um grupo de pescadores que foi à Urca, na manhã desta sexta, para fazer uma barqueata em apoio aos bombeiros não desistiu do protesto mesmo depois de receber a notícia de que os 439 presos serão libertados. Cerca de 15 embarcações seguirão até Jurujuba, em Niterói, onde a maioria dos bombeiros está detida. Os barcos foram enfeitados com faixas vermelhas e cartazes de apoio ao movimento.
Na quinta-feira, atendendo a reivindicações dos bombeiros, o governador Sérgio Cabral anunciou a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, tendo como titular o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões. Em nota, ele também afirma que vai antecipar de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais de 5,58% para bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários.
Apesar das medidas adotadas pelo governo, o cabo Laércio Soares, um dos representantes do movimento dos bombeiros, disse na tarde de quinta-feira que a categoria não iria recuar das escadarias da Alerj nem das manifestações enquanto os presos não fossem libertados e as punições e sanções fossem canceladas. A libertação determinada pela Justiça abre caminho para novas negociações.
— Cabe à Justiça Militar decidir sobre isso: se eles permanecem presos ou se eles não permanecem presos. Nós estamos cuidando, vamos cuidar depois do processo disciplinar. O Executivo estadual não tem o que fazer, nem libertá-los, nem mantê-los presos. Isso é uma questão da Justiça.
Policiais militares do Batalhão de Choque são repreendidos por usar vermelho
Cerca de 30 policiais militares do Batalhão de Choque tiveram a saída do plantão retardada na manhã desta sexta-feira em cerca de uma hora e meia porque usavam camisas vermelhas. O grupo, que deixaria o plantão às 8h foi chamado ao alojamento pelo comandante do batalhão, coronel Waldir Soares.
Segundo os policiais, o comandante disse que eles não poderiam usar vermelho para não associar a imagem do batalhão ao movimento dos bombeiros. Ele também os proibiu de sair em grupo da unidade.
Durante o discurso, ainda de acordo com os agentes, o coronel teria ameaçado de forma velada a transferência de quem utilizasse vermelho. O coronel teria dito que poderia conferir detalhadamente a produtividade de cada policial e ver que ela não estava condizente com o batalhão para, então, transferí-los. O grupo sairia do batalhão às 8h, após um serviço de 24h, mas só foi liberado às 9h30m, e gradualmente.