RIO - O prefeito Eduardo Paes decidiu na terça-feira proibir novas construções de particulares nas favelas de Vila Canoas e Pedra Bonita, em São Conrado. Em janeiro de 2009, as duas comunidades haviam sido escolhidas pelo prefeito como projeto-piloto para conter o crescimento desordenado nas favelas. O gabarito foi limitado a até três andares e vinha sendo cumprido, mas surtiu um efeito inesperado. Como novas construções nessas favelas eram proibidas desde 1999, as comunidades se transformaram em alvo da especulação imobiliária. Imóveis que estavam ainda na primeira laje acabaram ganhando uma segunda e até a terceira, em pouco tempo.
— Nestes dois anos surgiram mais de 30 novas moradias, principalmente na Pedra Bonita. Na década de 90, tivemos obras de urbanização (Bairrinho) mas a infraestrutura implantada não suporta o crescimento contínuo. E puxadinhos quase sempre não são feitos para servir de moradias para quem vive aqui, mas para alugar. O aluguel de um dois-quartos em Vila Canoas não sai hoje por pelo menos R$ 400 — disse a presidente da Associação de Moradores de Vila Canoas, Maria Iracilda Gomes da Silva.
Consultas em classificados on-line mostram que a área está mesmo valorizada. Há seis meses, um apartamento de 41 metros quadrados de quarto e sala era oferecido na internet por R$ 41 mil (R$ 1 mil o metro quadrado).
Paes admitiu que as comunidades estavam crescendo e que atendeu ao pedido da Associação de Moradores de São Conrado (Amasco). O decreto não impede que moradores façam obras em suas residências para melhorar as condições dos imóveis. Mas eles terão que comprovar junto a Secretaria de Urbanismo que as ampliações não têm o objetivo de criar novas residências. Apenas empreendimentos de iniciativa do governo, como o plano para reassentar cerca de 130 famílias de uma área de risco da favela estão liberados
— O risco de degradação da área existia. E a pressão imobiliária vinha ocorrendo justamente na imediações da Pedra da Gávea. A posição da Iracilda mostra que isso é um consenso nas comunidades e no asfalto — disse o presidente da Amasco, José Britz.
O secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Dias, diz que, após a correção de rumos, prefere olhar para o futuro:
— Alguns espertalhões se aproveitaram. O importante é que o novo decreto aperfeiçoou os instrumentos de controle. As áreas de risco que não podem ser ocupadas foram demarcadas. Além disso, construções acima de dois andares não poderão receber habite-se a menos que os o puxadinhos sejam demolidos.
O aluguel de um dois-quartos em Vila Canoas não sai hoje por pelo menos R$ 400
Consultas em classificados on-line mostram que a área está mesmo valorizada. Há seis meses, um apartamento de 41 metros quadrados de quarto e sala era oferecido na internet por R$ 41 mil (R$ 1 mil o metro quadrado).
Paes admitiu que as comunidades estavam crescendo e que atendeu ao pedido da Associação de Moradores de São Conrado (Amasco). O decreto não impede que moradores façam obras em suas residências para melhorar as condições dos imóveis. Mas eles terão que comprovar junto a Secretaria de Urbanismo que as ampliações não têm o objetivo de criar novas residências. Apenas empreendimentos de iniciativa do governo, como o plano para reassentar cerca de 130 famílias de uma área de risco da favela estão liberados
— O risco de degradação da área existia. E a pressão imobiliária vinha ocorrendo justamente na imediações da Pedra da Gávea. A posição da Iracilda mostra que isso é um consenso nas comunidades e no asfalto — disse o presidente da Amasco, José Britz.
Construções acima de dois andares não poderão receber habite-se a menos que os o puxadinhos sejam demolidos
— Alguns espertalhões se aproveitaram. O importante é que o novo decreto aperfeiçoou os instrumentos de controle. As áreas de risco que não podem ser ocupadas foram demarcadas. Além disso, construções acima de dois andares não poderão receber habite-se a menos que os o puxadinhos sejam demolidos.