O Palácio do Planalto corrigiu nesta tarde (29) declaração do presidente Michel Temer sobre a distribuição de senhas para os venezuelanos. A medida, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, “visa aprimorar o atendimento humanitário em Roraima” e não o fechamento da fronteira.
“Uma vez que o presidente determinou que se intensificasse a interiorização, impõe-se melhorar os mecanismos de controle, torná-los ainda mais eficientes no atendimento aos refugiados e, ao mesmo tempo, preservar as estruturas de atenção às famílias brasileiras”, informou a secretaria em uma nota cuidadosamente redigida.
Em entrevista nesta manhã à Rádio Jornal de Pernambuco, Temer havia mencionado a possível adoção de um sistema de senhas para limitar a entrada de venezuelanos no Brasil. Ele argumentou que entre 600 e 700 pessoas ingressam diariamente no Brasil pela fronteira de Roraima.
Com as senhas, detalhou, entrariam apenas entre 100 a 200 imigrantes por dia. De acordo com o presidente, a ideia das senhas é “organizar um pouco mais essas entradas”.
Temer também afirmou que o governo federal está aumentando o processo de interiorização dos imigrantes, como meio de diminuir a pressão sobre Roraima. O presidente, entretanto, não detalhou como será a implementação das senhas, quando elas começariam a ser usadas e também não explicou melhor sobre o processo de interiorização.
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