Os 68 países que combatem o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria se reuniram nesta quarta-feira (22) em Washington para discutir uma estratégia contra a guerra ...
A coalizão internacional pilotada por Washington garantiu que vai erradicar a “ameaça planetária” que representa o EI. Em sua estreia como negociador, o novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Rex Tillerson, denunciou uma “força mundial do mal” e prometeu eliminar rapidamente Abu Bakr al-Baghdadi, chefe do grupo extremista, da mesma forma que os Estados Unidos abateram Oussama Ben Laden, em maio de 2011. “É apenas uma questão de tempo”, disse o representante de Washington.
Muitos participantes da reunião se questionavam sobre a posição norte-americana sobre a luta contra o jihadismo na Síria e no Iraque, já que o presidente Donald Trump foi eleito com um programa que prega cortes no orçamento da Defesa e nos recursos para a diplomacia. Mas Tillerson tentou tranquilizar os colegas e declarou que “vencer o EI é o objetivo número um dos Estados Unidos na região”.
O secretário de Estado norte-americano também disse que “os Estados Unidos vão intensificar a pressão contra o grupo Estado Islâmico e trabalhar para o estabelecimento de zonas temporárias de estabilidade, graças a um sistema de cessar-fogo, com o objetivo de permitir que os refugiados voltem para suas casas”.
Divergências entre países da coalizão
O Pentágono estima que o EI tenha perdido 65% dos territórios que tinha durante seu apogeu, em 2014. No entanto, a coalizão se mostra enfraquecida pelas divergências entre alguns países sobre a estratégia de continuar tanto em Raqqa como em Mossul.
Estados Unidos e Turquia não concordam sobre quais forças devem conduzir a ação final em Raqqa. Ancara não quer que as milícias curdas YPG, consideradas pelos turcos um grupo "terrorista", participem. Entretanto, esses grupos são importantes na coalizão árabe-curda das Forças Democráticas Sírias, que o Pentágono considera serem as melhores para retomar Raqqa rapidamente.
Uma opção seria equipar as forças curdas com armas pesadas. Outra, mais aceita pela Turquia, seria enviar reforços americanos para apoiá-las. O Pentágono tem a intenção de enviar mil soldados suplementares para a Síria, duplicando a força de 850 militares americanos neste país devastado pela guerra desde março de 2011.
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