Aumentou em 172% o número de candidatas e candidatos transexuais e travestis que utilizarão o nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em apenas um ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O número de inscrições subiu de 102, na edição de 2014, para 278 na edição deste ano. O Sudeste concentra mais da metade das inscrições deste tipo em 2015. São Paulo é o estado com maior número e tem 89 candidatas e candidatos travestis e transexuais que farão a prova com o nome social.
Para a coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Symmy Larrat, o uso do nome social garante a cidadania das pessoas trans durante a prova ao reconhecê-las por sua identidade de gênero, e cria um ambiente acolhedor para a população T, como são chamados os transexuais e travestis.
“As pessoas trans chegam agora mais confortáveis para fazer a prova. O Exame já uma situação estressante, é ali que você pode decidir o seu futuro. Imagina escutar piada e risadas antes do teste? É vexatório e o emocional fica abalado. Alguém assim já começa com desvantagens”, afirma.
Outro ponto importante lembrado por Symmy é quantificação dessas pessoas no Enem. Com a inscrição, será possível traçar dados sobre a população transexual e travesti de forma mais exata. Na avaliação da coordenadora, “a população trans, no geral, está fora da escola”.
“Saber quantas estão chegando a fazer o Exame ajuda o governo a trazer dados e pensar novas políticas de inclusão.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário