'Este é um crime que reflete o pensamento autoritário que ainda povoa certos setores da sociedade brasileira', afirmou Marcus Vinicius Furtado Coêlho.
Michel Bastos
OAB quer maior rigor na apuração e punição de casos de racismo
02/11/2015, 12h09
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'Este é um crime que reflete o pensamento autoritário que ainda povoa certos setores da sociedade brasileira', afirmou Marcus Vinicius Furtado Coêlho
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, pediu neste domingo, 1, maior rigor na apuração de casos de racismo. Coelho quer também identificação e punições alternativas ao simples encarceramento, que possa educar a população. Ele afirmou que o racismo não deve ser tolerado em nossa sociedade.
“Este é um crime que reflete o pensamento autoritário que ainda povoa certos setores da sociedade brasileira, incapazes de aceitar e compreender o outro em sua integralidade e de respeitar a diversidade do ser humano”, destacou Marcus Vinicius.
Na noite de sábado, 31, a atriz Taís Araújo, de 36 anos, foi alvo de ataques racistas na internet. Usuários de uma rede social postaram comentários sobre o cabelo crespo e a cor da pele da atriz. Em resposta, Taís afirmou que não vai “se intimidar”. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Polícia Civil do Rio, onde vivem a atriz e seu marido, o ator Lázaro Ramos, informou que vai investigar as ofensas.
No domingo, 1, o jogador Michel Bastos, do São Paulo, também foi vítima de racismo nas redes sociais. Uma pessoa com o perfil “nanda_cominni” disse em uma das mensagens do atleta: “Macaco negro safado, respeita a torcida. Otário vagabundo, faz por merecer o dinheiro que recebe”. Um dia antes, Michel Bastos havia pedido silêncio para a torcida ao colocar o dedo na boca, após marcar o terceiro gol do São Paulo na vitória sobre o Sport. Ele afirmou que vai processar a autora dos comentários.
Marcus Vinicius Coelho defende que se crie uma cultura nacional ‘para afastar esta chaga que ainda mancha a sociedade’.
“Devemos combater o racismo para que possamos edificar uma nação livre, plural, democrática e verdadeiramente igualitária. Este crime deve causar indignação sempre, não apenas quando grandes ícones fossem alvos, mas também quando as vítimas forem as pessoas simples de todo o país”, sustentou o presidente.
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